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14/07/2005
-
11h28
Enviado especial ao Rio Grande do Norte
Quase quatro séculos depois das invasões holandesa e francesa, o Rio Grande do Norte passa por uma outra onda de tomada estrangeira. Dessa vez a ocupação é variada. Portugueses, espanhóis, suecos, noruegueses e holandeses são os "invasores" das praias do Estado. Pudera, são 399 km de litoral, que podem ser desbravados de ponta a ponta, de preferência sobre um buggy, o meio de transporte mais popular das areias potiguares.
Cinco vôos regulares da portuguesa TAP desembarcam no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, semanalmente. Em 2006, chegarão charters com ingleses. "Pronto", como dizem muitos potiguares. O Rio Grande do Norte está bombando para os estrangeiros, e quem mora na "terra brasilis" deve provar o passeio pelo Estado.
O ponto de partida é Natal. Com várias alcunhas: cidade do sol, do vento, de um dos ares mais puros das Américas e do camarão, a capital do Rio Grande do Norte é uma cidade de 800 mil habitantes que vive do turismo e da produção de camarão em cativeiro. Calcula-se que 25% da população economicamente ativa trabalhe com turismo.
A cerca de 60 km ao norte ou ao sul de Natal, além dos passeios pelas dunas de Genipabu, há piscinas naturais como em Maracajaú (a 56 km da capital) ou em Pirangi (a 25 km ao sul). O cajueiro de Pirangi, o maior do mundo, que pode soar um passeio sem muita graça, entrelaça não só os galhos mas também a curiosidade do turista. Quem puder ir mais adiante rumo ao norte deve visitar São Miguel do Gostoso. Quem tiver tempo deve seguir viagem em direção ao sul, indo para a praia de Pipa, a 80 km de Natal.
Natal
Em uma viagem pelo sul e pelo norte do Estado, Natal é o "ponto zero". Além de ser conveniente por ter a infra-estrutura de uma capital, orla, história, gastronomia e praias natalenses encantam.
A capital potiguar foi fundada em 25 de dezembro de 1599, com o nome de Cidade de Santiago, e foi posteriormente rebatizada de Natal, devido à coincidência das datas de sua fundação e da festa cristã comemorativa do nascimento de Jesus. Foi ocupada pelos holandeses entre 1633 e 1654, mas o grande desenvolvimento só aconteceu após a década de 1930.
Um bom ponto para começar a entender Natal, tendo uma visão geral do desenvolvimento da capital, é um de seus cartões-postais: o lugar que deu origem à cidade. O forte dos Reis Magos, a primeira construção de Natal, data de 1598 e fica na união do rio Potengi com o mar. Naquela época tinha o objetivo de proteger a costa brasileira de invasões. Hoje, a vista preconiza a emoção que está por vir. Dali, dá para ver as dunas de Genipabu do outro lado do rio.
Ainda no forte, encontra-se o marco de Touros, considerado o primeiro marco oficial da ocupação portuguesa no Brasil, trazido de Lisboa para a cidade de Touros, no Rio Grande do Norte, em 1501. O monumento tem 1,28 metro de altura e foi construído em pedra branca, provavelmente mármore português.
Não muito distante do forte ficam o centro histórico e o bairro da Ribeira. Vá ao teatro Alberto Maranhão, visite os casarões da rua Chile e algumas igrejas centenárias, como a do Rosário, construída por escravos em 1714.
No bairro de Petrópolis, apesar de estar um pouco decadente devido à migração dos negócios turísticos para o bairro de Ponta Negra, o Centro de Turismo de Natal fica sempre cheio de gente. De dia, é ocupado pelos visitantes em busca de artesanato nordestino. À noite, às quintas-feiras, tem um forró para turista. O prédio, que já foi residência de um coronel da cidade, orfanato e asilo e ganhou destaque quando virou cadeia pública, tem uma bela vista para o mar.
Hora do banho
As praias urbanas de Natal são freqüentadas tanto por turistas quanto pelos natalenses. Areia Preta, praia dos Artistas e praia do Forte estão a cerca de 2 km do centro de Natal e já foram a grande badalação da cidade. Hoje elas são freqüentadas por natalenses.
Entre a praia dos Artistas e a do Forte existem os arrecifes, que formam piscinas naturais quando a maré está alta.
De carro ou de bicicleta, uma das imagens mais simpáticas de Natal pode ser conferida na Via Costeira, trecho que liga a Ponta Negra ao centro. No local encontram-se os hotéis de alto padrão. Em alguns pontos não é a melhor opção para nadar, pois há trechos com muitas pedras, e o turista tem que fazer um certo desvio para poder entrar no mar.
A de Ponta Negra é uma das mais badaladas e abriga muitos restaurantes, bares e boates. Passear por sua orla reurbanizada também é um bom começo para se sentir em férias.
No canto da praia fica um outro cartão-postal da cidade, o morro do Careca. Trata-se de uma área de preservação ambiental, uma duna que é a mais alta da cidade, com 90 metros. Já chegou a ter 120 metros, quando era aberto ao público, que não soube aproveitá-lo. O lugar foi degradando, e o perigo de roubos contribuiu para que ele fosse fechado para visitas. (MF)
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MÁRCIO FREITASEnviado especial ao Rio Grande do Norte
Quase quatro séculos depois das invasões holandesa e francesa, o Rio Grande do Norte passa por uma outra onda de tomada estrangeira. Dessa vez a ocupação é variada. Portugueses, espanhóis, suecos, noruegueses e holandeses são os "invasores" das praias do Estado. Pudera, são 399 km de litoral, que podem ser desbravados de ponta a ponta, de preferência sobre um buggy, o meio de transporte mais popular das areias potiguares.
Márcio Frreitas/Folha Imagem |
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O ponto de partida é Natal. Com várias alcunhas: cidade do sol, do vento, de um dos ares mais puros das Américas e do camarão, a capital do Rio Grande do Norte é uma cidade de 800 mil habitantes que vive do turismo e da produção de camarão em cativeiro. Calcula-se que 25% da população economicamente ativa trabalhe com turismo.
A cerca de 60 km ao norte ou ao sul de Natal, além dos passeios pelas dunas de Genipabu, há piscinas naturais como em Maracajaú (a 56 km da capital) ou em Pirangi (a 25 km ao sul). O cajueiro de Pirangi, o maior do mundo, que pode soar um passeio sem muita graça, entrelaça não só os galhos mas também a curiosidade do turista. Quem puder ir mais adiante rumo ao norte deve visitar São Miguel do Gostoso. Quem tiver tempo deve seguir viagem em direção ao sul, indo para a praia de Pipa, a 80 km de Natal.
Natal
Em uma viagem pelo sul e pelo norte do Estado, Natal é o "ponto zero". Além de ser conveniente por ter a infra-estrutura de uma capital, orla, história, gastronomia e praias natalenses encantam.
A capital potiguar foi fundada em 25 de dezembro de 1599, com o nome de Cidade de Santiago, e foi posteriormente rebatizada de Natal, devido à coincidência das datas de sua fundação e da festa cristã comemorativa do nascimento de Jesus. Foi ocupada pelos holandeses entre 1633 e 1654, mas o grande desenvolvimento só aconteceu após a década de 1930.
Um bom ponto para começar a entender Natal, tendo uma visão geral do desenvolvimento da capital, é um de seus cartões-postais: o lugar que deu origem à cidade. O forte dos Reis Magos, a primeira construção de Natal, data de 1598 e fica na união do rio Potengi com o mar. Naquela época tinha o objetivo de proteger a costa brasileira de invasões. Hoje, a vista preconiza a emoção que está por vir. Dali, dá para ver as dunas de Genipabu do outro lado do rio.
Ainda no forte, encontra-se o marco de Touros, considerado o primeiro marco oficial da ocupação portuguesa no Brasil, trazido de Lisboa para a cidade de Touros, no Rio Grande do Norte, em 1501. O monumento tem 1,28 metro de altura e foi construído em pedra branca, provavelmente mármore português.
Não muito distante do forte ficam o centro histórico e o bairro da Ribeira. Vá ao teatro Alberto Maranhão, visite os casarões da rua Chile e algumas igrejas centenárias, como a do Rosário, construída por escravos em 1714.
No bairro de Petrópolis, apesar de estar um pouco decadente devido à migração dos negócios turísticos para o bairro de Ponta Negra, o Centro de Turismo de Natal fica sempre cheio de gente. De dia, é ocupado pelos visitantes em busca de artesanato nordestino. À noite, às quintas-feiras, tem um forró para turista. O prédio, que já foi residência de um coronel da cidade, orfanato e asilo e ganhou destaque quando virou cadeia pública, tem uma bela vista para o mar.
Hora do banho
As praias urbanas de Natal são freqüentadas tanto por turistas quanto pelos natalenses. Areia Preta, praia dos Artistas e praia do Forte estão a cerca de 2 km do centro de Natal e já foram a grande badalação da cidade. Hoje elas são freqüentadas por natalenses.
Entre a praia dos Artistas e a do Forte existem os arrecifes, que formam piscinas naturais quando a maré está alta.
De carro ou de bicicleta, uma das imagens mais simpáticas de Natal pode ser conferida na Via Costeira, trecho que liga a Ponta Negra ao centro. No local encontram-se os hotéis de alto padrão. Em alguns pontos não é a melhor opção para nadar, pois há trechos com muitas pedras, e o turista tem que fazer um certo desvio para poder entrar no mar.
A de Ponta Negra é uma das mais badaladas e abriga muitos restaurantes, bares e boates. Passear por sua orla reurbanizada também é um bom começo para se sentir em férias.
No canto da praia fica um outro cartão-postal da cidade, o morro do Careca. Trata-se de uma área de preservação ambiental, uma duna que é a mais alta da cidade, com 90 metros. Já chegou a ter 120 metros, quando era aberto ao público, que não soube aproveitá-lo. O lugar foi degradando, e o perigo de roubos contribuiu para que ele fosse fechado para visitas. (MF)
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