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14/07/2005 - 11h29

Via Costeira do RN tem sotaque ibérico

MÁRCIO FREITAS
Enviado especial ao Rio Grande do Norte

A Via Costeira começou a ser erguida há 20 anos. Idealizada para ser uma concentração de atividades voltadas ao turismo, foi edificada entre o Parque das Dunas e o mar. Hoje abriga nove hotéis e mais dois em construção, todos de padrão quatro ou cinco estrelas, totalizando 1.847 apartamentos --com previsão de crescer para 2.693 apartamentos até o segundo semestre de 2006.

Há um grande crescimento de investimentos internacionais no local. Um dos hotéis que estão sendo construídos, o Grand Hotel Serhs, recebe capital espanhol. O total investido pelo grupo Serhs no empreendimento é de cerca de R$ 100 milhões. Contará com 426 apartamentos e terá um teatro. Até a decoração do hotel sofreu forte influência catalã.

A rede hoteleira portuguesa Pestana também tem investimentos no local. Seu hotel de luxo tem 189 quartos, e a maioria dos hóspedes é européia.

Em quase toda a cidade, principalmente no comércio e em restaurantes, há cartazes, panfletos e cardápios em inglês, italiano e até em línguas nórdicas. As cozinhas dos hotéis da Via Costeira servem pratos da cozinha internacional, além da culinária local.

Efetivamente está ocorrendo uma nova invasão nessa terra que já foi invadida duas vezes no período colonial, sem contar os portugueses descobridores.

Sem mão-de-obra

Na Via Costeira, há um restaurante, uma cervejaria, um posto de gasolina e uma casa de shows. Também se hospeda no local a Escola de Turismo e Hotelaria Barreira Roxa, do Senac, que forma mão-de-obra para o setor.

Há dois anos foi criado o Pólo Turístico da Via Costeira, associação dos 11 hotéis que tem por objetivo conseguir novos investimentos para o complexo, divulgar o turismo em Natal e reivindicar melhorias para a região aos governos estadual e municipal.

Questionado se havia alguma preocupação com a influência da invasão de investimentos estrangeiros sobre a cultura local, o diretor do Pólo, Murilo Felinto de Carvalho, afirmou que "capital não tem bandeira e que isso é melhor do que uma economia estagnada por falta de investimentos".

Nesses dois anos, o turismo internacional cresceu e já é responsável por 30% da ocupação dos hotéis. Mas Natal ainda não tem mão-de-obra especializada para atender a demanda, por isso a importa de outros Estados e envia pessoas para fazer especializações até em outros países.

Também está em fase de construção um campo de golfe, o primeiro no Rio Grande do Norte, no município de Ceará-Mirim, na praia de Muriú, 45 km ao norte de Natal.

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