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21/07/2005 - 10h35

À noite, painéis de Neonópolis revivem passado luminoso

HELOISA LUPINACCI
Enviada da Folha de S.Paulo a Las Vegas

Cheio de histórias de máfia e de preconceito racial, o passado é muitas vezes relegado a último plano em Las Vegas. Ele é relembrado confusamente pelos moradores e, salvo alguns poucos lugares, todos os pontos históricos dessa jovem que neste ano completa seu centenário foram postos abaixo, sem dó nem piedade, quando saíram da crista da onda.

Dessa forma, uma visita a Neonópolis é duplamente emocionante. Por ser um dos poucos lugares em que a história se conserva e porque essa história está contada na forma de néons.

Ocupando a esquina da Fremont Street com a Fourth Street, Neonópolis (neonopolis.com) foi aberta em 2002 como parte do processo de revitalização da região. Ali funciona um shopping, com lanchonetes e cinemas.

Para quem não quer ver um filme ou fazer compras, a atração principal é o totem que ocupa o salão central. Ali estão dependurados néons que quebraram. Em vez de serem jogados fora, foram restaurados e pendurados. É, portanto, um museu de néons.

De madrugada, quando o "Fremont Experience" (www.vegasexperience.com; show de luzes e sons que toma conta dessa rua) já acabou, e a rua fica mais tranqüila, Neonópolis expande seus limites, já que os cassinos dessa região ostentam seus letreiros antigos, ainda vigorosos. Nessa hora, a visita à Neonópolis ganha solenidade. No silêncio do prédio com as lojas fechadas, somente os néons iluminam o local, com cadeiras empilhadas após um dia de trabalho. Flutuando na escuridão, eles parecem ser a voz da cidade: decifra-me logo para a gente poder se divertir.

Assim, após prestar homenagem a essa espécie de oráculo, o jeito é perambular por essas ruas, visitando algumas peças do quebra-cabeça dessa história de cem anos de diversão.

Marcos

Ponto de partida: The Golden Gate (www.goldengatecasino.net), no encontro da Fremont com a One Main. Nessa esquina, onde funciona o hotel-cassino mais antigo de Las Vegas, observe o prédio do Plaza Hotel and Casino e tente imaginar como era esse lugar há pouco mais de cem anos: ali, em algum ponto do terreno, um imigrante italiano recebia viajantes cansados em sua modesta hospedaria. Eram os primeiros leitos de hotel de Las Vegas. A cidade surgiu no meio do deserto porque era uma parada da viagem de trem rumo a Los Angeles.

Ganhou o nome devido à vegetação, gramínea e rasteira, chamada em inglês de "meadows" e, em espanhol, de "vegas" .

Volte-se para o Golden Gate e guarde um segundo de silêncio solene: esse é o primeiro hotel-cassino da cidade. O terreno foi comprado em um leilão que se deu no ano em que a cidade nasceu aos olhos oficiais. O valor: US$ 1.750. Alguns quartos do Golden Gate ocupam o espaço dos apartamentos originais, embora tenham sido modernizados.

Siga para The Golden Nugget (www.goldennugget.com), outro medalhão, que guarda em seu cassino a maior pepita de ouro do mundo. Vá ao Binions (www.binions.com), um clássico. No Las Vegas Club, siga para os fundos, onde uma sala guarda memorabilia relacionada ao baseball.

Nesses cassinos antigos, não deixe de observar a Roda da Fortuna, que, neles, ainda funciona. Nos novos, a roda existe apenas nas telas de máquinas eletrônicas.

Pode acontecer de bater um arrependimento por ter se hospedado na Las Vegas Strip. Nesse momento, preste homenagem a uma figura importante dessa história: Benjamin "Bugsy" Siegel. Foi ele que deu o pontapé na Las Vegas Strip, construindo em 1946 o Flamingo (www.caesars.com/Flamingo/LasVegas). A história é contada no filme "Bugsy", que deve ser visto antes da viagem. Assim, curioso para visitar mais esse ponto histórico --totalmente modificado--, pegue um táxi para a Strip e pare no cassino fundado por esse mafioso amalucado. E, se for o caso, para completar o tour histórico, passe a noite em algum dos clubes noturnos do The Wynn's, o mais novo hotel-cassino da cidade.

Heloisa Lupinacci viajou a convite do Las Vegas Convention and Visitors Authority e da companhia aérea American Airlines.

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