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28/07/2005 - 11h38

Irã: Casa de chá faz as vezes de bar

ANA LUCIA BUSCH
Diretora-executiva da Folha Online
CAIO VILELA
Colaboração para a Folha de S.Paulo, no Irã

Em um país em que o álcool é banido, o chá ocupa a posição de bebida oficial. Servido em pequenos bules de cerâmica decorada, para ser tomado em diminutos copos de vidro, é acompanhamento perfeito para as baforadas de fumo aromatizado nas famosas "chaykunés". Decoradas no mais puro estilo bricabraque, com ambiente à meia-luz, essas casas de chá persas reúnem gente de todo tipo e idade, sempre disposta a discutir poesia, história ou internet.

Caio Vilela
Casa de chá em Chiraz
Casa de chá em Chiraz
A bebida chega quente à mesa, acompanhada por cristais de açúcar, que devem ser postos à boca para que sejam derretidos pelo chá ("chay" em farsi), em uma manobra difícil para o aprendiz. Atarefados garçons preparam os narguilés, ou "ghalians" no Irã, com um fumo suave, com sabor de maçã, menta ou laranja --os mais comuns.

Embora existam em todo o país, ficam em Isfahan as casas mais pitorescas. Poucas experiências de viagem superam a de jogar conversa fora, tomar chá e fumar um narguilé, embalado pelo som da água do rio Zayandé, nas "chaikunés" instaladas sob pontes de pedra.

Não sem motivo, os lugares próximos às cinco janelinhas forradas de tapetes sejam disputados ferozmente pelos casais apaixonados na casa de chá da ponte Chubi. No labirinto de corredores que ligam os 33 arcos da ponte Si o Sé, há espaços só para homens e outros para famílias, todos igualmente cênicos.

De segunda a segunda, de uma improvisada happy hour até o último cliente, geralmente antes da 1h, essas instituições iranianas são um centro de vida social, local para fofocar, saber das notícias e ver gente --um pouco como os bares ocidentais. Só que mais românticos.

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