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04/08/2005 - 10h53

Se clima ajudar, esquiar no Chile em agosto faz bem para o bolso

JULIANA DORETTO
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Sim, o buraco na camada de ozônio, os desmatamentos e a poluição do ar podem interferir nas suas férias em estações de esqui no Chile. "As condições meteorológicas não são mais estáveis como antigamente. A cada ano há mais instabilidade. Não se sabe se vai nevar, quando vai nevar, se vai continuar nevando durante a temporada", diz Silvia Sacchi, campeã brasileira de esqui e diretora da agência NS Tour.

Traduzindo em miúdos práticos: vale arriscar e pagar menos para esquiar fora da alta temporada, já que nem sempre há menos neve depois de julho. Com base em pacotes das operadoras Interpoint, Snowtime, RCA, Chamonix, NS Tour e Ski Brasil, os descontos são, em média, de 12% em Valle Nevado e 17% em Portillo --ainda que esquiar no primeiro seja sempre mais barato do que no segundo.

Neste ano, a alta temporada em Valle Nevado, para os brasileiros, terminou em 28/7, a média vai até 25/8, e a baixa segue até meados de outubro. Em Portillo, a alta acabou em 30/7, enquanto a média temporada termina em 17/9, e a baixa, em 8/10.

Se o tempo se comportasse como o esperado, julho seria época de mais frio e neve. Em agosto, as temperaturas começariam a se elevar, mas a neve continuaria caindo (com possibilidade de nevascas). Entretanto, cada estação tem revelado novas surpresas aos esquiadores. "Nesta temporada tem nevado muito, e as estações até abriram mais cedo. Ou seja, a previsão é de que em agosto as condições continuem boas. Mas, no ano passado, a temporada foi toda ruim", afirma Clarissa Soneghet, da Ski Brasil.

Ou seja, com esse tempo maluco, quem quiser economizar, mas sem correr o risco de ficar só olhando para o esqui, deve esperar o início da temporada e avaliar a neve. Muitos centímetros de gelo em junho podem ser indício de que será possível esquiar até mesmo em setembro e outubro. Uma prova é que Valle Nevado, em setembro, é anfitrião de um campeonato anual de esqui.

Aliás a vantagem para o bolso nesses meses é considerável: devido ao maior risco de a neve não colaborar, um pacote de US$ 2.150 para Portillo, em julho (para uma semana, com pensão completa, pela NS Tour), cai para US$ 1.100 em setembro.

As máquinas de neve artificial jogam a favor do esquiador na baixa temporada, mas não fazem milagre. Para que elas possam funcionar e corrigir falhas na pista, é preciso que a temperatura seja de no máximo 0ºC.

Entretanto, ainda que o tempo traia o turista e não seja possível praticar o esporte nessa época, não há prejuízo: a estação reembolsa o pacote ou concede créditos para a próxima temporada.

Menos patrícios

Além de oferecem preços mais baixos, as estações estão menos livres de brasileiros a partir de agosto. E, como os tupiniquins são maioria nas montanhas geladas (em Valle Nevado, por exemplo, respondem por cerca de 50% da ocupação durante a temporada), a taxa de turista por metro quadrado também diminui --o que não quer dizer que os hotéis sempre se esvaziem.

"A época de agosto é baixa temporada para os brasileiros, mas alta para europeus e argentinos, que estão em férias. Neste ano, não conseguimos mais lugares nas estações até 15/9", diz Andrea Carvalho, da agência Chamonix.

Menos visitantes também se traduzem em mais promoções nas estações, que estão de olho sobretudo na semana de folga dos brasileiros, em 7/9.

Em Valle Nevado, de 26/8 a 2/9, não é cobrada uma cama extra em quarto duplo e, de 9 a 16/9, uma criança tem hospedagem grátis no apartamento dos pais.

Em Portillo, de 20 a 27/8, há 50% de desconto para uma mulher que divida o quarto com outra por sete diárias; de 3 a 10/9, quem se hospeda por sete noites paga o equivalente a seis.

Com segurança

A queda de cadeiras em um teleférico na estação argentina Cerro Bayo, em Villa La Angostura, ao sul da província de Neuquén --ferindo seis brasileiros, entre eles um menino de sete anos, que teve traumatismo na face--, relembra aos aventureiros inexperientes o risco inerente de um esporte como o esqui.

A maioria dos pacotes já inclui o seguro, mas não vale a pena abrir mão dele apenas para economizar. "Podem ocorrer pequenas quedas, luxações, torções. E o seguro é muito menor do que o custo de qualquer tratamento ou serviço hospitalar das estações", diz Silvia Sacchi, da NS Tour.

Na Interpoint, para um seguro que garanta até US$ 6.000 em despesas, cobra-se US$ 20 por semana. Para uma cobertura de US$ 100 mil, são US$ 150 semanais --em qualquer mês.

Colaborou Luiz Gustavo Rollo

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