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05/08/2005 - 17h17

Aventura em Bonito inclui cachoeiras, cavernas e trilhas

FERNANDO DONASCI
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Bonito

Considerada a "menina dos olhos" de Mato Grosso do Sul, a serra da Bodoquena, no sul do Estado, guarda belezas naturais encantadoras que atraem 70 mil turistas durante o ano, em busca de diversão e paz. Há 15 anos no caminho dos aficionados, Bonito é o grande responsável pelo fluxo de amantes da natureza.

De Campo Grande, capital sul-mato-grossense, são 330 km para chegar aos municípios de Bonito, Jardim, Miranda, Porto Murtinho e Bodoquena, cidades que servem de apoio às regiões do Pantanal e do Nabileque e que são o portal de acesso às fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.

Três horas e meia de viagem de carro conduzem o visitante de Campo Grande a Bonito, que, em uma primeira impressão, parece ser apenas um pequeno e pacato município. No centro da cidade, a sensação é de um lugar cheio de vida, mas de pouco contato humano, havendo apenas bonitenses (moradores da região). Isso porque os visitantes do local certamente estão ocupados com a enorme diversidade de atrativos naturais para todas as idades.

Fernando Donasci/Folha Imagem
Visitante flutua nas águas cristalinas do aquário, antigo viveiro de sucuris
A riqueza da fauna e a beleza da vegetação, de diversos tipos e tamanhos, podem ser vistas por toda parte. Muitas espécies são raras e estão em extinção. A preservação do local é uma conquista da organização e da preocupação dos próprios moradores, que fazem do município um dos maiores pólos turísticos do país, atraindo pessoas do mundo inteiro.

Quase todos os lugares abertos para visitação são de propriedade particular e estão dentro de fazendas. Algumas desenvolvem apenas as atividades turística e de preservação natural. Outras procuram harmonizar a pecuária com o ecoturismo. A fragilidade ambiental da região motivou o controle do número de visitantes.

Em Bonito existem mais de 40 atrativos turísticos. Nos passeios de cachoeiras, o número de visitantes por guia varia entre 12 a 15 pessoas, com intervalo de 30 minutos para a saída de cada grupo. Nos de flutuação, o número diminui, variando entre oito a dez pessoas por guia, também com intervalo de 30 minutos entre cada grupo. Segundo Jussara Coinete Veron, presidente do Bonito Convention & Visitors Bureau, inaugurado nesta semana, cada passeio recebe de 150 a 350 visitantes por dia.

"Os mais sensíveis são as cavernas e as flutuações em nascentes." A limitação tem um motivo: "Bonito é um modelo e tem um projeto inovador de ecoturismo. Existem critérios de mínimo impacto, de sustentabilidade dos passeios", explica José Zuquim, da operadora Ambiental, uma das pioneiras no destino sul-mato-grossense.

Assim, quando o turista chega a Bonito, deve obrigatoriamente passar por uma agência local para agendar seus passeios, pegar os respectivos "vouchers" e seguir para o atrativo acompanhado de um guia de turismo. A reserva antecipada é fundamental.

Os passeios podem ser mais ou menos radicais e mais ou menos familiares, mas, em todos, o turistas estará cercado de fauna e flora, tanto nas grutas do Lago Azul e de São Miguel quanto na praia da Figueira ou nas cavernas.

Entrar em um buraco ou em uma caverna pode parecer claustrofóbico, mas, de fato, é deslumbrante. As cavernas e grutas dessa região são obras de arte da natureza. Numa delas, estalactites brilham. São mil reflexos coloridos espelhando-se no lago.

Comece pela gruta do Lago Azul. Após percorrer uma trilha, onde avistam-se espeleotemas --formações minerais nas cavernas--, visualiza-se o lago de águas muito azuis e com mais de 80 m de profundidade. Pela beleza e fragilidade, a área da gruta foi transformada em monumento natural, garantindo sua preservação. Depois, siga para a gruta de São Miguel, sem água, mas encantadora, a 16 km do centro.

Apesar de ser conhecido como um lugar de esportes radicais e de ecoturismo, Bonito tem opções para agradar a famílias. A praia da Figueira, a 14 km do centro, é um exemplo. Há pouco mais de um ano, o mirante foi erguido em torno de uma figueira centenária. Depois do almoço, é o lugar predileto de preguiçosos. As águas cristalinas ficam cercada de piraputangas e de curimbas.

Fernando Donasci viajou a convite do Zagaia Eco-Resort e do Bonito Convention & Visitors Bureau.

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