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25/08/2005 - 10h57

Seara da cachaça se revela a meia hora da capital

FLAVIO FLORIDO
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Fortaleza (CE)

Um casarão construído em 1846 abriga, desde agosto de 2000, o Museu da Cachaça. Localizado em Maranguape, a 25 km da capital cearense, o museu conta um pouco a história da aguardente no Brasil de uma forma divertida.

Antes de chegar lá, o visitante passa por uma estrada de terra, na qual uma placa já lhe avisa: 'Você está entrando no mundo da cachaça'. É aí que começa a fazenda Ypióca, que, em tupi-guarani, quer dizer terra roxa.

Na entrada, um guia acompanha os visitantes e, a cada parada, dá detalhes sobre os apetrechos da época, que muitas vezes chegam a ser curiosos, como a medida para a venda da cachaça.

Aprende-se que, antigamente, a dose era muito maior do que a que conhecemos. Também há mapas, documentos, fotos, filmes, máquinas, garrafas, equipamentos agrícolas e tonéis de bálsamo mostrando as diversas formas utilizadas para a fabricação da cachaça até os dias de hoje.

Ali, com esse acervo utilitário, dá para conhecer muito sobre a cachaça, a começar pelo nome.

Batismo

Ele pode ter duas explicações. A primeira diz que cachaça vem do castelhano cachaza, nome dado a um tipo de vinho feito de borra de uva. A segunda diz que a origem vem do nome arcaico cachaço, sinônimo de porco. Como a carne era dura, tinha-se como hábito amolecê-la com aguardente. Daí o nome cachaça. Também são apresentados às visitas, em um painel, os diversos apelidos que a bebida tem, como escalda-pé, engordadeira, cutuvelada, chupinha, esperta idéia, caduca etc.

Em seguida, o visitante passa por um canavial que possui caixas acústicas. Elas reproduzem o som de agricultores cortando a cana e cantando. A sensação é a de estar vivenciando aquilo. A proposta do museu é aproximar os visitantes do passado. O passeio continua pela casa-grande, erguida em estilo colonial em 1846. A cozinha foi preservada com todos os utensílios originais. Nada foi alterado e, ao parar diante janela que dá vista para a cozinha, o fogo e a fumaça começam a aparecer.

No museu são utilizados vários mecanismos que acionam as luzes, o fogo, o som, no momento em que os visitantes estão no local. O turista atravessa diversas salas com tonéis de cachaça envelhecida em diferentes tipos de madeira e sente o cheiro da bebida no ar. Finalmente chegará a um tonel de cinco metros e passará por dentro dele --impossível não parar ali e se imaginar imerso na bebida.

O tonel leva até um bar temático onde acontece a degustação dos vários produtos que são fabricados pela marca. Claro, no fim do tour, é hora de parar numa loja de suvenires.

Recordista

Saindo da loja, o turista vê o maior tonel de madeira do mundo, com capacidade para 374 mil litros. O segundo maior está na Alemanha e tem 234 mil litros. Para terminar o passeio você pode conhecer o restaurante que oferece pratos típicos da culinária cearense, provar o lanche famoso de caldo de cana e pastel, ou então, o bufê que serve salada de feijão verde, purê de macaxeira, peixes, carnes e doces regionais.

Museu da Cachaça - De terça a domingo, das 8h às 17h. Ingresso: R$ 5 (estudantes, maiores de 60 anos e menores de dez pagam meia-entrada), com direito a um copo de caldo de cana e a uma dose de cachaça (para maiores de 18). Informações: 0/xx/85/3341-0407; www.ypioca.com.br/port/museu/museu.htm.

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