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01/09/2005 - 11h26

Vancouver ostenta natureza por ar e mar

MARGARETE MAGALHÃES
da Folha de S.Paulo em Vancouver (Canadá)

Existem certos lugares abençoados pela geografia. Vancouver, na Costa Oeste do Canadá, é um deles, e quem se regala com essa bênção é o turista. No verão, a uma temperatura de 20ºC a 26ºC, moradores e turistas se espicham nas praias e dividem ciclovias ao longo da English Bay, se esbarram patinando no Stanley Park, fazem canoagem em False Creek, encontram-se em mercadões de Granville Island e Lonsdale Quay, que expõem lagostas, caranguejos e comidas variadas. O dia parece não ter fim --o sol dá as caras às 7h e se despede quase às 22h.

A ilha de Vancouver está numa esquina. Até a bordo do metrô deles, que na verdade não tem trilhos debaixo da terra, mas sim no ar, e se chama skytrain, a visão na altura das árvores alcança os limites geográficos da cidade.

Vêem-se claramente o skyline do centro de Vancouver e um dos cartões-postais da cidade, o Canada Place, um dos prédios mais chamativos dali, que parece um barco com velas atracado, entre as águas de Burrard Inlet e de Coal Harbour, e que funciona como centro de convenções e hotel.

Naquelas redondezas, na estação Waterfront do skytrain, o turista pode pegar um SeaBus, atravessar as águas de Burrard Inlet e chegar a North Vancouver. A primeira parada é o mercado público Lonsdale Quay, freqüentado por turistas e moradores nos finais de semana. Alguns quarteirões acima, encontram-se mercados étnicos, vários iranianos.

Ponto de partida para cruzeiros rumo ao Alasca, Vancouver pode levar o viajante para passear por ali mesmo, em embarcações que navegam pelas águas da English Bay e oferecem jantar dançante de três ou quatro horas.

A saída é da marina no Plaza of Nations (750 Pacific Boulevard) e custa por pessoa entre CA$ 35 (R$ 70) e CA$ 85 (R$ 170).

Difícil mesmo em Vancouver é não ter ao alcance dos olhos as águas do Pacífico, montanhas e até uma tripinha careca da pistas de esqui em Grouse Mountain, em North Vancouver, a mais à mão para quem mora ali, embora a estação de Whistler, uma das melhores pistas de esqui do país, esteja a uma hora e meia de carro de Vancouver. Poder esquiar no inverno é motivo de orgulho, e os moradores gostam de se exibir, dizendo que ali tem tudo -praia no verão e esqui no inverno.

Bem, mas estamos no verão de temperatura média de 23ºC da "Melhor Cidade das Américas" de 2004, eleita pela revista "Condé Nast Traveller". A escolha não é sem razão. Segurança, facilidade de locomoção e gastronomia variada são alguns desses quesitos avaliados. Entra aí também a cordialidade. Aliás, imbatíveis são o jeito "friendly" dos moradores de Vancouver e a facilidade para ir de um lado a outro.

A multiculturalidade dessa cidade de 2,1 milhões de habitantes pode ser uma das razões para tanta simpatia. Há muitos indianos, vietnamitas, filipinos, franceses, alemães, espanhóis, iranianos e gregos, além dos chineses, sem dúvida, a maior população de imigrantes de Vancouver.

Há áreas como Metrotown, em South Burnaby, tomadas pelos chineses. A quantidade de produtos e de restaurantes orientais ali bate a da própria Chinatown da cidade, a terceira maior da América do Norte. Há restaurantes com cardápios só em cantonês ou mandarim e lojas que vendem bala de peixe, palitinhos de peixe com pasta de gergelim e guloseimas só achadas na China.

A diversidade faz Vancouver despontar como um destino bem-visto por estudantes do Brasil para aprender inglês e por pais, que ficam tranqüilos com relação à segurança.

Convive-se com um "código de honra". Não há catracas no skytrain, os bilhetes são comprados em caixas automáticos. Poucas vezes um funcionário lhe pedirá para mostrar o passe de um dia. Se perder o tíquete do estacionamento no aeroporto, não pense que terá de pagar uma fortuna. O atendente dirá: "Pague as horas que você ficou". Nada mal saber que há lugares onde normas de conduta funcionam.

Parques

Nessa época em que os dias são longos, o melhor que se tem a fazer é aproveitar as atividades do lado de fora. Como caminhar por Granville St., Robson St. e Burrard St., no centro da cidade, rumo a Gastown, o distrito histórico onde Vancouver foi fundada, em 1867. Ali, há lojas de suvenires para turista entrar e espiar e um relógio a vapor, projetado em 1875 e criado em 1977, que expele fumaça nas horas cheias e toca música.

Gastown é para esquentar as canelas, mas os melhores passeios em Vancouver são os parques. Há 180 deles. O maior é o Stanley Park. No Queen Elizabeth Park, de 52 hectares, há jardins que parecem um tapete. Se visitá-lo no fim de semana, verá noivos usando os jardins como cenário para as fotos de casamento e chineses praticando tai chi chuan. Uma boa pedida é almoçar no bistrô Seasons que fica no parque, cuja janela descortina as montanhas de North Vancouver.

Também não dá para deixar de ir ao parque Capilano Suspension Bridge, que tem um arvorismo contemplativo, o primeiro da América do Norte, onde o turista caminha por pontes que ligam árvores a 25 metros de altura.

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