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04/10/2005 - 17h13

Brasil ganha 1ª operadora de câmbio voltada para gays

SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online

O Brasil vai ganhar sua primeira operadora de câmbio especializada no atendimento do público GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros).

Divulgação
Operadora de câmbio usa drag em campanha
Operadora de câmbio usa drag em campanha
Sediada em São Paulo, a Action DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários) decidiu abrir uma filial voltada para esse segmento.

O projeto-piloto começou a ser colocado em prática na filial da rua Augusta, um point tradicional dos gays.

"O público GLBT compra bastante moeda estrangeira para curtir as férias no exterior", diz o diretor comercial da Action, Danilo Trellesse.

Em breve, uma nova loja deve ser aberta na região do Shopping Frei Caneca, bastante freqüentada pelo público GLBT na capital paulista.

Travestis

Segundo o executivo, o objetivo da Action foi evitar uma ação de marketing considerada "agressiva e oportunista".

"Buscamos orientação com associações e agências de viagem que trabalham com esse segmento. Queremos criar um ambiente em que todos se sintam à vontade, sem medo de discriminação."

Para divulgar o espírito "gay-friendly" da empresa, já foram produzidos 10 mil cartões-postais ilustrados pela imagem de uma drag queen pisando cédulas de dólar com um sapato plataforma.

O símbolo da bandeira do arco-íris (a "rainbow flag", em inglês) acompanha a logomarca da empresa. Esse material está sendo distribuído em bares e restaurantes, onde o nome "Action" impresso no cartão publicitário confundiu alguns gays, que pensaram se tratar de algum anúncio de academia de ginástica.

"Muitos travestis se sentem constrangidos de fazer operações de câmbio, pois têm de mostrar documentos. Em nossa filial, ninguém vai rir nem fazer comentários preconceituosos. O atendimento é natural."

Sexo

Mas a busca de moeda para viagens internacionais não é o único caso detectado na filial da Action na rua Augusta.

Segundo Trellesse, garotos de programa e prostitutas que trabalham na região recebem o pagamento em moeda estrangeira e buscam a loja para trocar o dinheiro por reais.

"Há casos em que travestis pedem para outras pessoas trocaram o dinheiro ou vão vestidos com roupas masculinas. Ninguém precisa ter vergonha. Temos de tratar todo o cliente de forma tranqüila, sem distinção."

O diretor da Action diz que essa orientação no atendimento do público GLBT é adotada em todas as filiais --25 unidades em São Paulo (23 na capital, uma em Sorocaba e em Campinas), outra no Rio e em Curitiba.

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