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17/01/2006
-
18h49
da Revista da Folha
Qual é a sua praia? Se matutou antes de responder, aí vai uma dica: que tal encarar um mar de cor mutante --do verde-esmeralda ao azul-celeste, dependendo da ação do vento, da lua ou do movimento da maré-, e tirar o excesso de sal do corpo num banho de rio, sombreado por palmeiras e coqueirais a perder de vista?
Tome nota do endereço: a chamada costa dourada, para ser mais preciso, na parte norte do litoral de Alagoas, uma região tranqüila que esbanja praias, oferece boas opções de hospedagem, fartura de lagosta, camarão e frutos do mar à mesa a preços baixos, tudo isso em plena altíssima temporada. São, em média, 109 dias de sol por ano (daí vem o epíteto costa dourada) e, o que é melhor, sem sinal de chuva entre janeiro e abril.
O ponto de partida é a pequenina Maragogi, com cerca de 20 mil habitantes, a 125 km ao norte de Maceió. Da frente da praia do resort Salinas saem os passeios de barco para as galés, piscinas naturais a 5 km da costa, entre as maiores do Nordeste.
Ao todo, o litoral alagoano esbanja cerca de 140 piscinas naturais. Elas só aparecem na maré baixa, quando os recifes ficam acima da superfície e funcionam como paredes de um aquário. Nas luas cheia ou nova, que fazem a maré secar, ficam ainda mais bonitas, principalmente nos meses de verão, época em que o mar está mais cristalino. Dependendo do dia, é claro: o excesso de visitantes, que pode chegar a mil pessoas, e a desorganização das agências que realizam os passeios congestionam o visual.
As piscinas naturais estão numa APA (Área de Proteção Ambiental), mas o Ibama só dispõe de dois funcionários para fiscalizar, segundo José Augusto Silva de Gusmão, 46, analista ambiental do órgão, em Alagoas. "Estamos terminando um trabalho que irá limitar o número de embarcações e as áreas de aporte", explica.
Fora da área de concentração dos barcos, é possível avistar, de snorkel, até 25 espécies de peixes e 12 de corais, conta o mergulhador Ielon Cordeiro, 38.
Bolo de goma Pés na areia, percebe-se que a região guarda outras surpresas no continente. Um passeio de bugue até Peroba, na divisa com Pernambuco, dá uma mostra generosa das praias concentradas em apenas 15 km do pequeno litoral alagoano. Só Burgalhau, Barra Grande e Ponta de Mangue (guarde bem esse nome) já valem a viagem.
Mar calminho, por conta da extensa barreira de corais, sempre a temperaturas agradáveis -leia-se morno. Faixas de areia dentro d'água criam uma "trilha" para o visitante se distanciar da praia, como se estivesse em terra firme, rodeado pelo oceano. Em alguns trechos, a maré é tão seca que a praia parece um deserto entre o verde-esmeralda ao fundo e o verde-escuro dos coqueirais às margens.
Rumo ao sul, a vila de pescadores São Bento, escondida entre palmeiras, coqueirais, o mar turvo e o rio Salgado, preserva uma tradição culinária que atravessa gerações: um sequilho famoso nas redondezas, chamado bolo de goma, à base de leite de coco, feito de forma artesanal. Marlene de Lima Santos, 50, é uma das quituteiras que herdou a receita da mãe. Vende o doce por R$ 10/kg. Uma sugestão: prove com café preto.
Seguindo pela rota ecológica, estradinha beira-mar, coberta de coqueirais, percorre-se o vilarejo de Japaratinga, lugar que teve suas praias imortalizadas no filme "Deus É Brasileiro", do alagoano Cacá Diegues.
Uma dessas belezas é a praia Barreiras do Boqueirão, também conhecida como praia das Bicas, onde há o simpático restaurante Companhia da Lagosta, bem diante do mar. Logo ao lado, à beira da estrada de terra, duas fontes de água doce vindas da mata atlântica foram aproveitadas para criar um local de banhos gratuitos.
Antes de cruzar o rio Manguaba de balsa em direção a Porto de Pedras, reduto do peixe-boi, há uma última praia: Pontal do Boqueirão, com uma bela enseada, para não pairar mais dúvidas sobre esse festival de praias impecáveis.
Serviço
Litoral norte de Alagoas
Para quem adora mergulhar, quer sossego debaixo do coqueiro, caminhar por praias paradisíacas, bem longe de muvuca
Com quem fazer os passeios de bugue, barco, a cavalo, traslados e city tour, Tropicana Turismo, tel. 0xx/82/3296-1555 (www.tropicanaturismo.com.br)
QUEM LEVA
CVC, tel. 2146-7011 (www.cvc.com.br). A partir de R$ 2.338. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com meia-pensão e bebidas servidas durante o jantar (água, refrigerante, sucos e cervejas nacionais).
TAM Viagens, tel. 0800 555 200 (www.tamviagens.com.br). A partir de R$ 2.711. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com meia-pensão.
Visual Turismo, tel. 3235-2000 (www.visualturismo.com.br). A partir de R$ 2.288. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com meia-pensão.
Roberto de Oliveira viajou a Alagoas a convite de Secretaria de Turismo de Maceió e do Salinas do Maragogi Resort
Alagoas tem praias desertas apesar da alta temporada
ROBERTO DE OLIVEIRAda Revista da Folha
Qual é a sua praia? Se matutou antes de responder, aí vai uma dica: que tal encarar um mar de cor mutante --do verde-esmeralda ao azul-celeste, dependendo da ação do vento, da lua ou do movimento da maré-, e tirar o excesso de sal do corpo num banho de rio, sombreado por palmeiras e coqueirais a perder de vista?
Roberto de Oliveira/FI |
Maragogi (litoral norte de AL) abriga piscinas naturais |
O ponto de partida é a pequenina Maragogi, com cerca de 20 mil habitantes, a 125 km ao norte de Maceió. Da frente da praia do resort Salinas saem os passeios de barco para as galés, piscinas naturais a 5 km da costa, entre as maiores do Nordeste.
Ao todo, o litoral alagoano esbanja cerca de 140 piscinas naturais. Elas só aparecem na maré baixa, quando os recifes ficam acima da superfície e funcionam como paredes de um aquário. Nas luas cheia ou nova, que fazem a maré secar, ficam ainda mais bonitas, principalmente nos meses de verão, época em que o mar está mais cristalino. Dependendo do dia, é claro: o excesso de visitantes, que pode chegar a mil pessoas, e a desorganização das agências que realizam os passeios congestionam o visual.
As piscinas naturais estão numa APA (Área de Proteção Ambiental), mas o Ibama só dispõe de dois funcionários para fiscalizar, segundo José Augusto Silva de Gusmão, 46, analista ambiental do órgão, em Alagoas. "Estamos terminando um trabalho que irá limitar o número de embarcações e as áreas de aporte", explica.
Fora da área de concentração dos barcos, é possível avistar, de snorkel, até 25 espécies de peixes e 12 de corais, conta o mergulhador Ielon Cordeiro, 38.
Roberto de Oliveira/Folha Imagem |
Litoral de Alagoas é indicado para quem adora mergulhar |
Mar calminho, por conta da extensa barreira de corais, sempre a temperaturas agradáveis -leia-se morno. Faixas de areia dentro d'água criam uma "trilha" para o visitante se distanciar da praia, como se estivesse em terra firme, rodeado pelo oceano. Em alguns trechos, a maré é tão seca que a praia parece um deserto entre o verde-esmeralda ao fundo e o verde-escuro dos coqueirais às margens.
Rumo ao sul, a vila de pescadores São Bento, escondida entre palmeiras, coqueirais, o mar turvo e o rio Salgado, preserva uma tradição culinária que atravessa gerações: um sequilho famoso nas redondezas, chamado bolo de goma, à base de leite de coco, feito de forma artesanal. Marlene de Lima Santos, 50, é uma das quituteiras que herdou a receita da mãe. Vende o doce por R$ 10/kg. Uma sugestão: prove com café preto.
Seguindo pela rota ecológica, estradinha beira-mar, coberta de coqueirais, percorre-se o vilarejo de Japaratinga, lugar que teve suas praias imortalizadas no filme "Deus É Brasileiro", do alagoano Cacá Diegues.
Uma dessas belezas é a praia Barreiras do Boqueirão, também conhecida como praia das Bicas, onde há o simpático restaurante Companhia da Lagosta, bem diante do mar. Logo ao lado, à beira da estrada de terra, duas fontes de água doce vindas da mata atlântica foram aproveitadas para criar um local de banhos gratuitos.
Antes de cruzar o rio Manguaba de balsa em direção a Porto de Pedras, reduto do peixe-boi, há uma última praia: Pontal do Boqueirão, com uma bela enseada, para não pairar mais dúvidas sobre esse festival de praias impecáveis.
Serviço
Litoral norte de Alagoas
Para quem adora mergulhar, quer sossego debaixo do coqueiro, caminhar por praias paradisíacas, bem longe de muvuca
Com quem fazer os passeios de bugue, barco, a cavalo, traslados e city tour, Tropicana Turismo, tel. 0xx/82/3296-1555 (www.tropicanaturismo.com.br)
QUEM LEVA
CVC, tel. 2146-7011 (www.cvc.com.br). A partir de R$ 2.338. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com meia-pensão e bebidas servidas durante o jantar (água, refrigerante, sucos e cervejas nacionais).
TAM Viagens, tel. 0800 555 200 (www.tamviagens.com.br). A partir de R$ 2.711. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com meia-pensão.
Visual Turismo, tel. 3235-2000 (www.visualturismo.com.br). A partir de R$ 2.288. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com meia-pensão.
Roberto de Oliveira viajou a Alagoas a convite de Secretaria de Turismo de Maceió e do Salinas do Maragogi Resort
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