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26/01/2006
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11h40
Colaboração para a Folha de S.Paulo, no Egito
Está tudo lá --as pirâmides, os hieróglifos, os retratos de faraós, o lendário Nilo. Também está lá uma moderna nação árabe e muçulmana, de ruas caóticas e com mesquitas que há muito substituíram templos de deuses como local de culto. Ir ao Egito é conhecer um lugar e seu povo, que caminha sobre a linha do tempo há mais de 5.000 anos. Essa empreitada carrega um quê de exótico e distante, mas não exige esforço "faraônico", e alguns cuidados ajudam o viajante. A aura de mistério do Egito não deve atrapalhar a realização da viagem.
Não é um país caro, mesmo para os padrões brasileiros. Um passeio de charrete ou de camelo pode custar entre 5 e 10 libras egípcias (R$ 2 e R$ 4). O prato principal em um restaurante mediano, com carne, arroz, salada e pães, custa cerca de 20 libras egípcias (R$ 8). A carteira de estudante internacional (tem que ser a Isic) é aceita nas atrações.
A passagem aérea para esta época custa a partir de US$ 960, via Munique, e algumas companhias aéreas permitem uma parada na cidade de conexão, como Paris.
O calor influi sobre quando viajar para lá. Assuã e Luxor, destinos tradicionais, ficam muito quentes no verão, com temperaturas acima de 40C. Melhor é ir conhecê-los entre dezembro e fevereiro, nos meses de inverno, quando o calor não é tão forte. No geral, os meses de meia-estação --entre março e maio e de setembro a novembro-- são agradáveis para todo o país.
Usar protetor solar, além de carregar pelo menos uma garrafa de água, dessas de litro e meio, é obrigatório. Templos e tumbas ficam em locais áridos e sem sombra. Justamente por isso, esse tipo de atração abre cedo, por volta das seis da manhã, e os visitantes podem aproveitar a hora mais fresca do dia.
Depois das 10h o calor já é intenso, e o melhor é voltar para o hotel para descansar e tirar uma soneca e sair só mais no final da tarde para explorar os coloridos mercados, os souqs. Absorver o aroma e observar cores de especiarias, frutas e tecidos, além de pechinchar suvenires, é um grande programa para as noites. Sem se esquecer, é claro, de descobrir o prazer de tomar chá preto ou de hibisco enquanto se fuma narguilé.
Não é regra, mas é recomendado vestir-se de maneira discreta, sem abusar de shorts ou regatas justas, embora os egípcios, com a exceção de algumas regiões mais conservadoras, estejam acostumados com a maneira de vestir dos estrangeiros. Algumas mesquitas pedem às mulheres que cubram a cabeça. Roupas leves de algodão, inclusive de mangas largas, para se proteger do sol, são bastante indicadas.
Comida não é problema, pois em cidades mais turísticas há ampla oferta de restaurantes. A culinária local, saborosa, é muito similar à árabe em geral, com iguarias como kebabs e koftas, tahine, doces com mel e pistache e muitos sucos de fruta. Pombos recheados também são oferecidos em muitos cardápios.
Mesmo no mês sagrado do Ramadã, quando os muçulmanos jejuam do nascer ao pôr-do-sol, é possível fazer uma boa refeição na hora do almoço nas regiões mais turísticas. Deve-se apenas ser discreto e não comer ou beber na rua, por questão de respeito.
Nas áreas mais turísticas e no Cairo, é fácil pedir informações em inglês.
Quanto à segurança, desde os anos 90 turistas têm sido ocasionalmente alvo de ataques de extremistas, como o ocorrido no templo de Hatshesput, em Luxor, em 1997, e, no ano passado, no balneário de Sharm el-Sheikh, no Sinai. Mas o governo tem adotado medidas de proteção aos turistas. O resultado é um índice de criminalidade baixo, e é possível passear com tranqüilidade. Já o assédio de taxistas e vendedores pode ser grande, o que exige muita paciência (leia mais na pág. F4).
De olho nesses detalhes, viajantes em excursões ou independentes têm a chance de desfrutar melhor de uma viagem que os faz se deslocar por espaços e pelo tempo, do deserto ao rio, das tumbas milenares aos souqs de hoje, ao longo de milênios de história.
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CHIAKI KAREN TADAColaboração para a Folha de S.Paulo, no Egito
Está tudo lá --as pirâmides, os hieróglifos, os retratos de faraós, o lendário Nilo. Também está lá uma moderna nação árabe e muçulmana, de ruas caóticas e com mesquitas que há muito substituíram templos de deuses como local de culto. Ir ao Egito é conhecer um lugar e seu povo, que caminha sobre a linha do tempo há mais de 5.000 anos. Essa empreitada carrega um quê de exótico e distante, mas não exige esforço "faraônico", e alguns cuidados ajudam o viajante. A aura de mistério do Egito não deve atrapalhar a realização da viagem.
Chiaki Karen Tada |
Estátuas do faraó Ramsés 2º no templo em Abu Simbel |
A passagem aérea para esta época custa a partir de US$ 960, via Munique, e algumas companhias aéreas permitem uma parada na cidade de conexão, como Paris.
O calor influi sobre quando viajar para lá. Assuã e Luxor, destinos tradicionais, ficam muito quentes no verão, com temperaturas acima de 40C. Melhor é ir conhecê-los entre dezembro e fevereiro, nos meses de inverno, quando o calor não é tão forte. No geral, os meses de meia-estação --entre março e maio e de setembro a novembro-- são agradáveis para todo o país.
Usar protetor solar, além de carregar pelo menos uma garrafa de água, dessas de litro e meio, é obrigatório. Templos e tumbas ficam em locais áridos e sem sombra. Justamente por isso, esse tipo de atração abre cedo, por volta das seis da manhã, e os visitantes podem aproveitar a hora mais fresca do dia.
Chiaki Karen Tada |
Entrada do templo de Ramsés 2º; estátuas quase intactas |
Não é regra, mas é recomendado vestir-se de maneira discreta, sem abusar de shorts ou regatas justas, embora os egípcios, com a exceção de algumas regiões mais conservadoras, estejam acostumados com a maneira de vestir dos estrangeiros. Algumas mesquitas pedem às mulheres que cubram a cabeça. Roupas leves de algodão, inclusive de mangas largas, para se proteger do sol, são bastante indicadas.
Comida não é problema, pois em cidades mais turísticas há ampla oferta de restaurantes. A culinária local, saborosa, é muito similar à árabe em geral, com iguarias como kebabs e koftas, tahine, doces com mel e pistache e muitos sucos de fruta. Pombos recheados também são oferecidos em muitos cardápios.
Mesmo no mês sagrado do Ramadã, quando os muçulmanos jejuam do nascer ao pôr-do-sol, é possível fazer uma boa refeição na hora do almoço nas regiões mais turísticas. Deve-se apenas ser discreto e não comer ou beber na rua, por questão de respeito.
Nas áreas mais turísticas e no Cairo, é fácil pedir informações em inglês.
Quanto à segurança, desde os anos 90 turistas têm sido ocasionalmente alvo de ataques de extremistas, como o ocorrido no templo de Hatshesput, em Luxor, em 1997, e, no ano passado, no balneário de Sharm el-Sheikh, no Sinai. Mas o governo tem adotado medidas de proteção aos turistas. O resultado é um índice de criminalidade baixo, e é possível passear com tranqüilidade. Já o assédio de taxistas e vendedores pode ser grande, o que exige muita paciência (leia mais na pág. F4).
De olho nesses detalhes, viajantes em excursões ou independentes têm a chance de desfrutar melhor de uma viagem que os faz se deslocar por espaços e pelo tempo, do deserto ao rio, das tumbas milenares aos souqs de hoje, ao longo de milênios de história.
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