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16/02/2006 - 15h28

Cruzeiro GLS toma águas sul-americanas

MARGARETE MAGALHÃES
da Folha de S.Paulo

Zarpará amanhã de Buenos Aires o primeiro cruzeiro exclusivamente gay a singrar mares sul-americanos. A embarcação Oceania Insignia tomará as águas portenhas com destino ao Rio de Janeiro, onde ficará por três dias --auge do Carnaval--, de 26 de fevereiro a 1º de março.

A idéia é capitaneada pela Atlantis Events, a maior empresa norte-americana direcionada ao público GLS. Organizadora de cruzeiros por Caribe, Mediterrâneo, EUA e Canadá e de viagens específicas a resorts, a Atlantis estima levar 16 mil clientes para viajar em 2006, ano em que completa 15 anos de atividade.

A maioria das cidades em que o navio irá aportar tem atmosfera considerada "gay-friendly" (amigável para os gays). Listam-se Buenos Aires, Montevidéu, Punta del Este (Uruguai), Porto Belo, Santos, Paraty e, finalmente, o Rio, para a apoteose. "A gente sabe que esses lugares são bons", disse à Folha em português o porta-voz da Atlantis, o norte-americano Stephan Roth, que já esteve no Brasil uma dezena de vezes.

O navio chega ao Rio em pleno domingo de Carnaval e só deixa o porto na Quarta-Feira de Cinzas.

"Basicamente [o Insignia] será o nosso hotel flutuante no Rio. As pessoas podem sair para a cidade e aproveitar; o hotel é o navio." Atracar durante três dias no Rio de Janeiro durante o Carnaval não é nada "usual" nas viagens de cruzeiro. As embarcações normalmente ficam no porto por uma noite, mas o período longo na cidade foi algo especial acordado entre a Atlantis e a companhia de cruzeiro. E a decisão ajudou a lotar o navio tão rápido. "Esse cruzeiro foi vendido em tempo recorde", completa Roth.

Os preços começavam em US$ 2.499 e chegavam a US$ 6.599. O pacote começou a ser comercializado em março de 2005 e, em junho, sete meses antes de zarpar, todas as cabines, para 684 passageiros, estavam completas. Bom sinal para quem não sabia da existência desse tipo de viagem, pois mais um cruzeiro gay deve acontecer por aqui em 2007.

Antes de embarcar em terras sul-americanas, a Atlantis fez uma pesquisa com seus clientes para saber o que eles queriam, e o fato de, segundo Roth, os viajantes gays serem mais aventurosos ajudou a decisão de fazer um cruzeiro pela América do Sul.

Os clientes da Atlantis vêm de 47 países, embora a maioria seja formada por norte-americanos e canadenses. São pessoas de idades variadas, com média entre 30 e 40 anos, 50% viajam sós e 50% acompanhados; cerca de 90% são homens, uns mais e outros menos musculosos. O número de mulheres é bem menor --entre 5% e 10%--, e mesmo os heterossexuais são bem-vindos (normalmente acompanhando algum amigo ou irmãos).

A tripulação da embarcação é a mesma que trabalha para atender clientes em cruzeiros regulares. A diferença do cruzeiro com a "bandeira" Atlantis é que os atrativos são customizados e a empresa traz a "equipe Atlantis" a bordo --pessoas para interagir com os passageiros e para criar uma programação que agrada ao público gay. "Temos festas com DJs conhecidos na comunidade gay", disse Roth, na Califórnia, antes de embarcar para Buenos Aires na segunda-feira.

Atlantis - www.atlantisevents.com

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