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23/02/2006
-
12h07
Colaboração para a Folha de S.Paulo, em Budapeste (Hungria)
A paisagem mais majestosa de Budapeste é a do conjunto formado pelo Danúbio e pelas construções às suas margens tanto em Buda quanto em Peste. O entorno do rio, mais a avenida Andrássy, em Peste, é considerado um patrimônio da humanidade pela Unesco. Para facilitar o seu passeio, porém, convém pensar em Buda e Peste separadamente, por questões práticas.
O Danúbio corre aos pés de Várhegy, o distrito do Castelo, em Buda. Fica a 170 metros de altura e é uma área cercada por antigas muralhas, que abriga um bairro medieval com museus, hotéis, lojas, restaurantes e uma atmosfera romântica. As grandes portas de madeira nas fachadas escondem pátios particulares. O acesso principal é pelo portão Viena. Além de aparecer nos mapas turísticos da cidade, essa entrada também é citada em frases populares, como: "A boca dele é tão grande quanto o portão de Viena".
Outro jeito de chegar ao distrito é pegando o funicular em frente à ponte Széchenyi, de 1849, um dos símbolos da cidade e parte importante da paisagem do Danúbio.
Em meio a essas casas fica a praça Szentháromság Tér, cheia de turistas. Aqui está a igreja Matias, um belo monumento gótico que leva o nome do rei Matias Corvinus, que trouxe grande desenvolvimento para Buda, no século 15, apesar da ameaça dos turcos otomanos, que depois ocupariam o país. Boa parte da igreja que se vê hoje foi erguida em 1896. Tem belos vitrais e um pequeno museu em seu interior, além do colorido telhado, marcante na cidade toda.
Ao lado, a estátua eqüestre do santo e rei Estevão, que fundou o reino da Hungria no ano 1000, observa os que se aproximam do Bastião dos Pescadores, uma construção branca da qual se descortina uma das melhores vistas da cidade, com o rio, as pontes, a ilha Margaret --um grande parque-- ao longe e o Parlamento na outra margem.
As ruas terminam no Palácio Real, construído após a invasão mongol, no século 13, e expandido na época de Matias. Foi destruído durante batalhas contra os turcos em 1686 e também na Segunda Guerra Mundial. Hoje o local abriga a Galeria Nacional, o Museu Histórico de Budapeste, o Museu Ludwig de Arte Contemporânea e a Biblioteca Nacional Széchenyi. Vale visitar a Galeria Nacional (www.mng.hu), em especial pelos quadros que retratam cenas das inúmeras batalhas que os húngaros já travaram em sua história, pela sua dramaticidade. Em uma das fachadas do palácio há uma fonte que, novamente, faz homenagem a Matias, em trajes de caçador.
Para ficar na memória, do Palácio Real tem-se a vista de toda a Budapeste, tanto de Buda quanto de Peste. É do alto de Buda que dá para compreender porque essa dupla é indissociável e forma uma cidade de paisagem inspiradora.
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Hungria: De Buda, bairro descortina cidade inspiradora
CHIAKI KAREN TADAColaboração para a Folha de S.Paulo, em Budapeste (Hungria)
A paisagem mais majestosa de Budapeste é a do conjunto formado pelo Danúbio e pelas construções às suas margens tanto em Buda quanto em Peste. O entorno do rio, mais a avenida Andrássy, em Peste, é considerado um patrimônio da humanidade pela Unesco. Para facilitar o seu passeio, porém, convém pensar em Buda e Peste separadamente, por questões práticas.
O Danúbio corre aos pés de Várhegy, o distrito do Castelo, em Buda. Fica a 170 metros de altura e é uma área cercada por antigas muralhas, que abriga um bairro medieval com museus, hotéis, lojas, restaurantes e uma atmosfera romântica. As grandes portas de madeira nas fachadas escondem pátios particulares. O acesso principal é pelo portão Viena. Além de aparecer nos mapas turísticos da cidade, essa entrada também é citada em frases populares, como: "A boca dele é tão grande quanto o portão de Viena".
Outro jeito de chegar ao distrito é pegando o funicular em frente à ponte Széchenyi, de 1849, um dos símbolos da cidade e parte importante da paisagem do Danúbio.
Em meio a essas casas fica a praça Szentháromság Tér, cheia de turistas. Aqui está a igreja Matias, um belo monumento gótico que leva o nome do rei Matias Corvinus, que trouxe grande desenvolvimento para Buda, no século 15, apesar da ameaça dos turcos otomanos, que depois ocupariam o país. Boa parte da igreja que se vê hoje foi erguida em 1896. Tem belos vitrais e um pequeno museu em seu interior, além do colorido telhado, marcante na cidade toda.
Ao lado, a estátua eqüestre do santo e rei Estevão, que fundou o reino da Hungria no ano 1000, observa os que se aproximam do Bastião dos Pescadores, uma construção branca da qual se descortina uma das melhores vistas da cidade, com o rio, as pontes, a ilha Margaret --um grande parque-- ao longe e o Parlamento na outra margem.
As ruas terminam no Palácio Real, construído após a invasão mongol, no século 13, e expandido na época de Matias. Foi destruído durante batalhas contra os turcos em 1686 e também na Segunda Guerra Mundial. Hoje o local abriga a Galeria Nacional, o Museu Histórico de Budapeste, o Museu Ludwig de Arte Contemporânea e a Biblioteca Nacional Széchenyi. Vale visitar a Galeria Nacional (www.mng.hu), em especial pelos quadros que retratam cenas das inúmeras batalhas que os húngaros já travaram em sua história, pela sua dramaticidade. Em uma das fachadas do palácio há uma fonte que, novamente, faz homenagem a Matias, em trajes de caçador.
Para ficar na memória, do Palácio Real tem-se a vista de toda a Budapeste, tanto de Buda quanto de Peste. É do alto de Buda que dá para compreender porque essa dupla é indissociável e forma uma cidade de paisagem inspiradora.
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