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23/02/2006
-
12h08
Colaboração para a Folha de S.Paulo, em Budapeste (Hungria)
A culinária de Budapeste é rica e leva bastante carne e um tanto de páprica, do tipo doce ou picante. Portanto prepare-se para comer muito, apesar de a comida ser um pouco pesada. Ainda bem que a cidade convida a caminhadas, para ajudar a queimar as calorias extras.
Um dos pratos mais tradicionais é o gulyás, uma sopa que leva carne, cebola e batata. Também há comida parecida com o goulash, um cozido chamado de pörkölt. Os restaurantes do tipo étterem têm cardápio variado.
Para uma refeição rápida e (bem) barata no distrito do Castelo, experimente o Fortuna Önkiszolgáló (I Hess András tér 4). Lembra um bandejão, com as pessoas em fila em frente a um balcão com as comidas (depois, cada um leva o prato vazio até um balcão na cozinha). A refeição é boa e variada, e uma vantagem é que você vê o que vai comer antes de pedir, já que os nomes dos pratos do dia, escritos em um quadro, não ajudam.
Já os cafés são desde longa data parte do cenário de Budapeste. Começou com a chegada dos turcos, que introduziram a bebida. No século 19, os cafés eram locais para relaxar, trabalhar e debater idéias. Muitos dos mais tradicionais fecharam com a depressão dos anos 1930 e a guerra.
Assim, torna-se mais importante ainda visitar, em Peste, um café muito freqüentado pelo seu valor histórico, o Gerbeaud (V Vörösmarty tér 7), de 1858. Sempre atraiu a elite da cidade. O balcão de vidro exibe iguarias bastante atrativas e estimula a tomar pelo menos um cafezinho nas mesas iluminadas por belos lustres.
De lembrança gastronômica, você pode trazer potes de páprica ou um bom vinho húngaro. Existem 22 áreas de vinícolas na Hungria, sendo que as de Tokaj e as de Eger estão entre as mais conhecidas. De Eger vem, por exemplo, o Egri Bikavér (sangue de boi de Éger): dizem que em 1552 a cidade foi cercada pelos turcos durante um mês. Os inimigos se assustaram com a força dos húngaros e diziam que estes provavelmente bebiam sangue de boi.
Budapeste também oferece muito artesanato. Há lojas e feirinha no distrito do Castelo, que vendem trabalhos em renda, bonecos e "caixinhas secretas", que exigem truques para serem abertas. Muito atraentes são os jogos de xadrez em madeira. As peças lembram ora bonecos Lego, ora guerreiros medievais.
Nos finais de semana, em um dos portões de acesso ao Palácio Real, artistas e artesãos vendem gravuras e peças de vidro e tecido, que fogem um pouco do estilo de suvenires típicos de locais turísticos.
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CHIAKI KAREN TADAColaboração para a Folha de S.Paulo, em Budapeste (Hungria)
A culinária de Budapeste é rica e leva bastante carne e um tanto de páprica, do tipo doce ou picante. Portanto prepare-se para comer muito, apesar de a comida ser um pouco pesada. Ainda bem que a cidade convida a caminhadas, para ajudar a queimar as calorias extras.
Um dos pratos mais tradicionais é o gulyás, uma sopa que leva carne, cebola e batata. Também há comida parecida com o goulash, um cozido chamado de pörkölt. Os restaurantes do tipo étterem têm cardápio variado.
Para uma refeição rápida e (bem) barata no distrito do Castelo, experimente o Fortuna Önkiszolgáló (I Hess András tér 4). Lembra um bandejão, com as pessoas em fila em frente a um balcão com as comidas (depois, cada um leva o prato vazio até um balcão na cozinha). A refeição é boa e variada, e uma vantagem é que você vê o que vai comer antes de pedir, já que os nomes dos pratos do dia, escritos em um quadro, não ajudam.
Já os cafés são desde longa data parte do cenário de Budapeste. Começou com a chegada dos turcos, que introduziram a bebida. No século 19, os cafés eram locais para relaxar, trabalhar e debater idéias. Muitos dos mais tradicionais fecharam com a depressão dos anos 1930 e a guerra.
Assim, torna-se mais importante ainda visitar, em Peste, um café muito freqüentado pelo seu valor histórico, o Gerbeaud (V Vörösmarty tér 7), de 1858. Sempre atraiu a elite da cidade. O balcão de vidro exibe iguarias bastante atrativas e estimula a tomar pelo menos um cafezinho nas mesas iluminadas por belos lustres.
De lembrança gastronômica, você pode trazer potes de páprica ou um bom vinho húngaro. Existem 22 áreas de vinícolas na Hungria, sendo que as de Tokaj e as de Eger estão entre as mais conhecidas. De Eger vem, por exemplo, o Egri Bikavér (sangue de boi de Éger): dizem que em 1552 a cidade foi cercada pelos turcos durante um mês. Os inimigos se assustaram com a força dos húngaros e diziam que estes provavelmente bebiam sangue de boi.
Budapeste também oferece muito artesanato. Há lojas e feirinha no distrito do Castelo, que vendem trabalhos em renda, bonecos e "caixinhas secretas", que exigem truques para serem abertas. Muito atraentes são os jogos de xadrez em madeira. As peças lembram ora bonecos Lego, ora guerreiros medievais.
Nos finais de semana, em um dos portões de acesso ao Palácio Real, artistas e artesãos vendem gravuras e peças de vidro e tecido, que fogem um pouco do estilo de suvenires típicos de locais turísticos.
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