Publicidade
Publicidade
02/03/2006
-
15h52
da Folha Online, em Corumbá (MS)
O Pantanal sul-mato-grossense é a maior planície inundável do mundo, o que o transforma na maior área úmida do planeta. A região agrega um ecossistema dos mais ricos, onde Corumbá, conhecida como capital do Pantanal, desponta como rota cobiçada para ecoturistas.
A fauna corumbaense é composta principalmente por aves aquáticas (tuiuius, biguás, garças, gaviões e patos) e bichos pantaneiros (cervos do pantanal, veados campeiros, veados mateiros, queixadas, lobinhos, tamanduás e tatus).
O animal mais popular --e mais visto-- é o jacaré. Achar e identificar os bichos, porém, não é tarefa das mais fáceis, sobretudo para quem está acostumado à selva de pedra das metrópoles. Ao turista, é indicada a estadia mínima de um dia e uma noite em propriedades próximas aos pântanos.
Realizar investidas rápidas nas matas pode gerar frustração caso o visitante queira topar com figuras mais raras --como a onça pintada--, já que os animais possuem horários e épocas propícias para aparecer.
Os meses de estiagem são mais recomendados para a observação --quando as espécies se agrupam nos poucos lugares onde há água. De janeiro a junho é época de cheia, de julho a setembro acontece a seca, e de outubro a dezembro é o momento das chuvas no Pantanal.
Pontos obrigatórios
O turismo ecológico costuma gerar alguns pontos obrigatórios de visitação. Em Corumbá não é diferente. A Estrada Park, passeio de 120 km e 87 pontes de madeiras, e o rio Paraguai, navegável e utilizado para pesca esportiva e safáris fotográficos, são os mais requisitados. Ambos necessitam de guias para o auxílio na identificação da fauna e da flora --tarefa árdua para quem está acostumado à selva de pedra das metrópoles.
Picadas de insetos e calor excessivo --a temperatura média anual é de 32º C-- fazem da viagem um programa não muito atraente a quem se indispõe no ambiente da mata. Seja no centro de Corumbá, seja no meio da vegetação, repelente de insetos e bloqueador solar devem estar sempre à mão.
"Aqui o mosquito voa só com uma asa, com a outra ele se abana", brinca o guia turístico Florêncio Vargas, também conhecido como "Alemão".
Visitas culturais
A guerra do Paraguai (1864-1870) deixou marcas profundas nos hábitos corumbaenses. Uma delas é das mais saborosa e se chama sopa paraguaia. Apesar do nome, é sólida e tem formato de torta salgada. Na época da guerra, os soldados brasileiros copiaram o hábito paraguaio de tomar sopa com queijo, cebola e sal. Para ajudar no transporte durante as batalhas, começaram a produzir a tal sopa sólida.
Há ainda outros pratos que chamam a atenção, como o caldo de piranha, o vitelo pantaneiro e uma sobre-mesa típica da região, o sorvete de bocaiúva.
Saindo da arte palatar e indo para a visual, chega-se na casa das Artes Izulina Xavier, onde estão expostos artesanatos confeccionados em pó de pedra, cerâmica e entalhes de madeira, e que retratam figuras sacras, animais do Pantanal e passagens históricas de Corumbá.
A própria escultura, Dona Izulina, 81, recebe os visitantes para um passeio em seu espaço de trabalho.
O trajeto
Apesar de seu nome significar "lugar distante", a cidade não fica tão longe assim de uma capital. Campo Grande (MS) está a apenas 426 km de distância e cerca de 6h de viagem de automóvel.
Corumbá é servida por rodovia asfaltada (BR 262), hidrovia (rio Paraguai) e linhas aéreas (um vôo por dia de segunda a sexta-feira). Além dos buracos típicos e tamanduás atropelados, a viagem de automóvel é acompanhada por casais de borboletas amarelas e verde-limão que inundam as margens da BR 262, de Campo Grande até a "cidade branca" --como é chamada por conta do chão rico em calcário.
O repórter viajou a convite da Secretaria de Turismo da Prefeitura de Corumbá
Leia mais
Estação das águas devolve o verde ao Pantanal
No Pantanal, um latido rouco reverbera nas águas
Pacotes para o Pantanal custam a partir de R$ 1.818
Especial
Escolha o destino de sua próxima aventura no especial de ecoturismo
Corumbá é rota cobiçada por ecoturistas
DIÓGENES MUNIZda Folha Online, em Corumbá (MS)
O Pantanal sul-mato-grossense é a maior planície inundável do mundo, o que o transforma na maior área úmida do planeta. A região agrega um ecossistema dos mais ricos, onde Corumbá, conhecida como capital do Pantanal, desponta como rota cobiçada para ecoturistas.
A fauna corumbaense é composta principalmente por aves aquáticas (tuiuius, biguás, garças, gaviões e patos) e bichos pantaneiros (cervos do pantanal, veados campeiros, veados mateiros, queixadas, lobinhos, tamanduás e tatus).
Divulgação |
Pôr-do-sol no Pantanal |
Realizar investidas rápidas nas matas pode gerar frustração caso o visitante queira topar com figuras mais raras --como a onça pintada--, já que os animais possuem horários e épocas propícias para aparecer.
Os meses de estiagem são mais recomendados para a observação --quando as espécies se agrupam nos poucos lugares onde há água. De janeiro a junho é época de cheia, de julho a setembro acontece a seca, e de outubro a dezembro é o momento das chuvas no Pantanal.
Divulgação |
Barco-hotel que circula na época das cheias |
O turismo ecológico costuma gerar alguns pontos obrigatórios de visitação. Em Corumbá não é diferente. A Estrada Park, passeio de 120 km e 87 pontes de madeiras, e o rio Paraguai, navegável e utilizado para pesca esportiva e safáris fotográficos, são os mais requisitados. Ambos necessitam de guias para o auxílio na identificação da fauna e da flora --tarefa árdua para quem está acostumado à selva de pedra das metrópoles.
Divulgação |
Casal de tuiuius, animais nativos do Pantanal |
"Aqui o mosquito voa só com uma asa, com a outra ele se abana", brinca o guia turístico Florêncio Vargas, também conhecido como "Alemão".
Visitas culturais
A guerra do Paraguai (1864-1870) deixou marcas profundas nos hábitos corumbaenses. Uma delas é das mais saborosa e se chama sopa paraguaia. Apesar do nome, é sólida e tem formato de torta salgada. Na época da guerra, os soldados brasileiros copiaram o hábito paraguaio de tomar sopa com queijo, cebola e sal. Para ajudar no transporte durante as batalhas, começaram a produzir a tal sopa sólida.
Há ainda outros pratos que chamam a atenção, como o caldo de piranha, o vitelo pantaneiro e uma sobre-mesa típica da região, o sorvete de bocaiúva.
Saindo da arte palatar e indo para a visual, chega-se na casa das Artes Izulina Xavier, onde estão expostos artesanatos confeccionados em pó de pedra, cerâmica e entalhes de madeira, e que retratam figuras sacras, animais do Pantanal e passagens históricas de Corumbá.
A própria escultura, Dona Izulina, 81, recebe os visitantes para um passeio em seu espaço de trabalho.
Divulgação |
Vista de Corumbá |
Apesar de seu nome significar "lugar distante", a cidade não fica tão longe assim de uma capital. Campo Grande (MS) está a apenas 426 km de distância e cerca de 6h de viagem de automóvel.
Corumbá é servida por rodovia asfaltada (BR 262), hidrovia (rio Paraguai) e linhas aéreas (um vôo por dia de segunda a sexta-feira). Além dos buracos típicos e tamanduás atropelados, a viagem de automóvel é acompanhada por casais de borboletas amarelas e verde-limão que inundam as margens da BR 262, de Campo Grande até a "cidade branca" --como é chamada por conta do chão rico em calcário.
O repórter viajou a convite da Secretaria de Turismo da Prefeitura de Corumbá
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.