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23/03/2006
-
09h50
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Canadá
Montréal é uma cidade em que as pessoas "funcionam" em dois planos sobrepostos. Há, como em qualquer lugar do mundo, uma cidade das ruas, para os automóveis e o comércio mais luxuoso.
Mas há uma cidade subterrânea, com 32 km de amplos corredores --aquecidos no inverno, refrigerados no verão--, com praças de alimentação e lojas mais populares. Uma espécie de imenso shopping pelo qual as pessoas circulam para tomar o metrô, ir ao trabalho ou à faculdade.
Os corredores chegam a ter três andares. E não há motivos para claustrofobia. Em muitos dos cruzamentos há espaços com um pé-direito avantajado, encimados por cúpulas transparentes --que deixam entrar a luz do dia.
Essa "outra" cidade não estava nas pranchetas dos urbanistas oficiais. Ela nasceu por iniciativa das empreiteiras, que pipocaram Montréal de novos prédios a partir de 1962, quando da renovação do bairro Internacional.
As construtoras passaram a comercializar esses novos espaços e, sem querer, criaram um jeito original e confortável de se locomover a pé. Foram ajudadas pela construção do metrô e pela necessidade de acesso às estações.
A cidade subterrânea é fundamental no inverno, sobretudo em janeiro, quando a temperatura média é de -9 ºC.
Um morador de um prédio residencial no centro pode, em tese, passar semanas inteiras sem se expor ao frio. Basta circular pelos corredores da cidade subterrânea.
Ela também dá acesso aos seis principais edifícios em que funciona a Universidade de Québec, uma das quatro da cidade e uma das duas em que as aulas são dadas em francês.
É também subterrânea a Place des Arts, com seis salas de espetáculo, entre elas a da Ópera de Montreal e a sede da orquestra sinfônica da cidade --uma das duas grandes formações sinfônicas do Canadá, ao lado da de Toronto--, que tem como diretor artístico e regente o americano Kent Nagano, ex-maestro da Ópera de Lyon, na França.
Os turistas se perdem com facilidade. A sinalização privilegia o nome o nome dos prédios, que não estão nos mapas. Mas vale a pena conhecer.
João Batista Natali viajou a convite do Ministério Canadense das Relações Exteriores
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Canadá: Cidade tem andar subterrâneo com 32 km de corredores
JOÃO BATISTA NATALIEnviada especial da Folha de S.Paulo ao Canadá
Montréal é uma cidade em que as pessoas "funcionam" em dois planos sobrepostos. Há, como em qualquer lugar do mundo, uma cidade das ruas, para os automóveis e o comércio mais luxuoso.
Mas há uma cidade subterrânea, com 32 km de amplos corredores --aquecidos no inverno, refrigerados no verão--, com praças de alimentação e lojas mais populares. Uma espécie de imenso shopping pelo qual as pessoas circulam para tomar o metrô, ir ao trabalho ou à faculdade.
Os corredores chegam a ter três andares. E não há motivos para claustrofobia. Em muitos dos cruzamentos há espaços com um pé-direito avantajado, encimados por cúpulas transparentes --que deixam entrar a luz do dia.
Essa "outra" cidade não estava nas pranchetas dos urbanistas oficiais. Ela nasceu por iniciativa das empreiteiras, que pipocaram Montréal de novos prédios a partir de 1962, quando da renovação do bairro Internacional.
As construtoras passaram a comercializar esses novos espaços e, sem querer, criaram um jeito original e confortável de se locomover a pé. Foram ajudadas pela construção do metrô e pela necessidade de acesso às estações.
A cidade subterrânea é fundamental no inverno, sobretudo em janeiro, quando a temperatura média é de -9 ºC.
Um morador de um prédio residencial no centro pode, em tese, passar semanas inteiras sem se expor ao frio. Basta circular pelos corredores da cidade subterrânea.
Ela também dá acesso aos seis principais edifícios em que funciona a Universidade de Québec, uma das quatro da cidade e uma das duas em que as aulas são dadas em francês.
É também subterrânea a Place des Arts, com seis salas de espetáculo, entre elas a da Ópera de Montreal e a sede da orquestra sinfônica da cidade --uma das duas grandes formações sinfônicas do Canadá, ao lado da de Toronto--, que tem como diretor artístico e regente o americano Kent Nagano, ex-maestro da Ópera de Lyon, na França.
Os turistas se perdem com facilidade. A sinalização privilegia o nome o nome dos prédios, que não estão nos mapas. Mas vale a pena conhecer.
João Batista Natali viajou a convite do Ministério Canadense das Relações Exteriores
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