Publicidade
Publicidade
11/05/2006
-
09h31
Enviada Especial da Folha de S.Paulo a Búzios (RJ)
Sintonizar-se com o espírito de Búzios não precisa necessariamente de um calor de rachar. A graça despretensiosa ancorada na rua das Pedras, na estátua de Brigitte Bardot na orla batizada em sua homenagem, nos hotéis charmosos, nas árvores de flamboaiã, nos restaurantes que servem itens à base de frutos do mar, numa massagem ou em passeios de barco faz o turista facilmente se entrosar com o sol de outono.
A sofisticação da península emerge nos barquinhos estacionados em Armação de Búzios, na peixaria em Manguinhos, nos bares pé na areia e nos aqua-táxi descolados, que transportam visitantes de uma prainha para outra.
A mistura está feita, e talvez por isso tantos estrangeiros busquem essa cidade, a 190 km do Rio, para descansar ou fincar raízes. São franceses, italianos, alemães e especialmente argentinos, que se apaixonaram pela península e dão sabor a ela. A presença desses últimos é tão forte que carrinhos de milho avisam a venda de "choclo"; placas indicam "locutórios" (cabines telefônicas), empanada (tipo de pastel) e "helado" (sorvete) nas ruas.
Não é raro ouvir histórias e aventuras desses forasteiros pioneiros, que chegaram a Búzios quando tudo era primitivo.
A argentina Amalia de la Maria chegou a Búzios há 35 anos, numa parada rumo à Europa, onde iria trabalhar. Era para visitar um primo, que, na época, morava ali. Apaixonou-se: por Búzios e por um brasileiro, seu primeiro marido. O casal montou uma pousada ao lado da casa onde viviam.
"Uma vez um hóspede queria lagosta, pedi para o meu marido ir pescar. Ele demorou, foi até a praia dos Ossos nadando, e o hóspede morrendo de fome", conta a argentina, dona do hotel Casas Brancas. Era tudo meio improvisado, mas "não éramos hippies", afirma Amalia.
Num dia de sol, a vista da praia de Armação de Búzios é como um quadro. Vêem-se barcos com turistas passando em frente da ilha do Caboclo, enquanto barquinhos de pescadores pincelam sobre o mar. Quem chega pela praia do Canto em direção a Armação quase acredita ver pescadores em ação puxando uma rede. Trata-se, na verdade, da escultura "Três Pescadores", da artista plástica Christina Motta (leia à pág. F5), que deu vida à estátua de Bardot, tão clicada por visitantes.
As praias de Búzios são todas pequenas e talvez, por isso, a Azeda tenha, ao lado, a Azedinha; a João Fernandes, a João Fernandinho; além da Ferradura e da Ferradurinha. Vale tomar uma invenção dali, os mais de 20 táxis-barcos na praia dos Ossos, e seguir até a Azedinha e ver as encostas com cactos.
Os preços variam com a cara do freguês, a distância e a fidelidade ao serviço deles. Agora, como é baixa temporada, até o aqua-táxi sai mais em conta. E eles deixam o número do celular para o turista chamá-lo na volta.
Também dá para escolher um passeio pelas praias tomando outras embarcações, como a lancha de Jonas dos Reis (0/xx/22/9909-7598), que faz um roteiro por até 12 praias e quatro ilhas, ou um barco inflável, o Buziosnauta (www.buziosnauta.com.br; 0/ xx/22/2623-9005), que tem itinerário pela enseada e pelo costão.
Se de dia o jeito é zanzar entre uma das 23 praias na península, à noite, o programão é circular pela rua das Pedras, dar uma espiada nas lojas da travessa dos Arcos e se preparar para jantar num dos ótimos restaurantes de Búzios.
Margarete Magalhães hospedou-se a convite do Casas Brancas Hotel & Spa
Leia mais
Pequenas, praias em Búzios ainda têm filhotes
Conceição monopoliza atenções em Floripa
Passado toma o lugar do mar nos dias mais frios
Em Búzios, artista esculpiu Bardot do verão de 1964 (exclusivo para assinantes)
Sair para jantar é programa de buziano (exclusivo para assinantes)
Confira os pacotes para Búzios (exclusivo para assinantes)
Em Florianópolis, recanto guarda ar português e gosto de ostra (exclusivo para assinantes)
Confira os pacotes para Florianópolis (exclusivo para assinantes)
Especial
Veja outras opções de destinos em Santa Catarina
Veja outras opções de destinos no Rio de Janeiro
Outono: Até sem sol Búzios entrosa turista
MARGARETE MAGALHÃESEnviada Especial da Folha de S.Paulo a Búzios (RJ)
Sintonizar-se com o espírito de Búzios não precisa necessariamente de um calor de rachar. A graça despretensiosa ancorada na rua das Pedras, na estátua de Brigitte Bardot na orla batizada em sua homenagem, nos hotéis charmosos, nas árvores de flamboaiã, nos restaurantes que servem itens à base de frutos do mar, numa massagem ou em passeios de barco faz o turista facilmente se entrosar com o sol de outono.
M.Magalhães/Folha Imagem |
Barcos ancorados em Armação em Búzios |
A mistura está feita, e talvez por isso tantos estrangeiros busquem essa cidade, a 190 km do Rio, para descansar ou fincar raízes. São franceses, italianos, alemães e especialmente argentinos, que se apaixonaram pela península e dão sabor a ela. A presença desses últimos é tão forte que carrinhos de milho avisam a venda de "choclo"; placas indicam "locutórios" (cabines telefônicas), empanada (tipo de pastel) e "helado" (sorvete) nas ruas.
Não é raro ouvir histórias e aventuras desses forasteiros pioneiros, que chegaram a Búzios quando tudo era primitivo.
A argentina Amalia de la Maria chegou a Búzios há 35 anos, numa parada rumo à Europa, onde iria trabalhar. Era para visitar um primo, que, na época, morava ali. Apaixonou-se: por Búzios e por um brasileiro, seu primeiro marido. O casal montou uma pousada ao lado da casa onde viviam.
"Uma vez um hóspede queria lagosta, pedi para o meu marido ir pescar. Ele demorou, foi até a praia dos Ossos nadando, e o hóspede morrendo de fome", conta a argentina, dona do hotel Casas Brancas. Era tudo meio improvisado, mas "não éramos hippies", afirma Amalia.
Num dia de sol, a vista da praia de Armação de Búzios é como um quadro. Vêem-se barcos com turistas passando em frente da ilha do Caboclo, enquanto barquinhos de pescadores pincelam sobre o mar. Quem chega pela praia do Canto em direção a Armação quase acredita ver pescadores em ação puxando uma rede. Trata-se, na verdade, da escultura "Três Pescadores", da artista plástica Christina Motta (leia à pág. F5), que deu vida à estátua de Bardot, tão clicada por visitantes.
As praias de Búzios são todas pequenas e talvez, por isso, a Azeda tenha, ao lado, a Azedinha; a João Fernandes, a João Fernandinho; além da Ferradura e da Ferradurinha. Vale tomar uma invenção dali, os mais de 20 táxis-barcos na praia dos Ossos, e seguir até a Azedinha e ver as encostas com cactos.
Os preços variam com a cara do freguês, a distância e a fidelidade ao serviço deles. Agora, como é baixa temporada, até o aqua-táxi sai mais em conta. E eles deixam o número do celular para o turista chamá-lo na volta.
Também dá para escolher um passeio pelas praias tomando outras embarcações, como a lancha de Jonas dos Reis (0/xx/22/9909-7598), que faz um roteiro por até 12 praias e quatro ilhas, ou um barco inflável, o Buziosnauta (www.buziosnauta.com.br; 0/ xx/22/2623-9005), que tem itinerário pela enseada e pelo costão.
Se de dia o jeito é zanzar entre uma das 23 praias na península, à noite, o programão é circular pela rua das Pedras, dar uma espiada nas lojas da travessa dos Arcos e se preparar para jantar num dos ótimos restaurantes de Búzios.
Margarete Magalhães hospedou-se a convite do Casas Brancas Hotel & Spa
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.