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08/06/2006
-
11h50
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Nova York
O mundo tornou-se instável, tudo muda com impaciente rapidez, Nova York é uma cidade que anda correndo? Nada melhor do que um museu para encontrar um pouco de sossego. Lá, as peças resistem ao tempo, subtraídas à corrosão das modas, entregues ao diálogo silencioso entre si. O espírito retorna às luzes originárias e à água primitiva.
Nova York não é uma cidade de arte, como as cidades européias, mas produz arte e sabe muito bem como valorizá-la. Sem contar que muitas lojas apresentam as mercadorias como obras-primas, na atmosfera de um museu instantâneo.
Naturalmente, a forma mais ágil e econômica de contemplar uma obra de arte é abrir um livro ou rodar um documentário comodamente sentado numa poltrona. Ver as obras ao vivo impõe sempre um certo constrangimento físico. O tamanho (que nos livros se perde por falta de referências, pois um anel pode ser reproduzido maior do que um afresco), as cores verdadeiras, a materialidade, a presença física de uma obra são algo que nenhum meio de reprodução pode substituir.
Os mais indicados para o descanso são museus pequenos, porque podem ser visitados em um tempo razoável e sem a ansiedade de perder algo importante. Tem a espiral do Guggenheim, a Frick Collection, o Museu e Biblioteca Morgan, além de uma série de museus temáticos. Porém gigantes como MoMA e o Metropolitan são imperdíveis e podem ser enfrentados sem cansar inutilmente corpo e alma. Eis algumas dicas.
- É bom chegar descansado, indo de táxi, por exemplo, para reservar as energias à visita.
- Aproveite os assentos para relaxar. Contemplar, além das obras, os outros visitantes.
- Apesar de todos os cuidados, acaba-se a visita com pés inchados e uma fome de lobisomem. Planeje onde irá descansar e comer, para deixar decantar as obras na memória. Reserve um lugar no restaurante do MoMA com antecedência. No Metropolitan são servidos sanduíches no terraço, com vista para o Central Park.
- Se uma ostra é gostosa, ninguém agüenta comer mil ostras: a ambição de visitar o Metropolitan inteiro em um dia é admirável, mas é um convite à indigestão. Melhor reservar dois ou três dias. Ou então renunciar. Em outros termos: entre não entrar e entrar para ver tudo se estende a multiforme possibilidade da visita rápida.
O que se entende por visita rápida? Depende da pessoa, mas para os não iniciados é um passeio que dura entre duas e três horas e pode ter vários objetivos.
PROGRAME-SE PARA VISITAR MUSEUS
METROPOLITAN
www.metmuseum.org
Exposições: AngloMania - Tradição e Transgressão na Moda Britânica (até 4/9) e Girodet (até 27/8)
Aberto de ter. a qui., das 9h30 às 17h30; às sex. e sáb., das 9h30 às 21h; e, aos dom., das 9h30 às 17h30
Ingresso: US$ 15
Endereço: 1.000, Quinta Avenida, na altura da 82nd Street
GUGGENHEIM
www.guggenheim.org
Exposições: Jackson Pollock (até 29/9) e Zaha Hadid (até 25/10)
Aberto de sáb. a quar., das 10h às 17h45; e, às sex., das 10h às 19h45
Ingresso: US$ 18
Endereço: 1.071, Quinta Avenida; na esquina com a 89th Street
FRICK COLLECTION
www.frick.org
Exposição: Veronese (até 16/7)
Aberto de ter. a sex., das 10h às 18h; e, aos dom., das 11h às 17h
Ingresso: US$ 15
Endereço: 1, East 70th Street
MOMA
www.moma.org
Exposições: Against the Grain - Arte Contemporânea da Coleção Edward R. Broida (até 10/7); Since 2000: Printmaking Now (até 18/9) e Transforming Chronologies: um Atlas de Desenhos (até 2/10)
Aberto de seg., quar. e qui., das 10h30 às 17h30; às sex., das 10h30 às 20h; e, aos sáb. e dom., das 10h30 às 17h30.
Ingresso: US$ 20
Endereço: 11, West 53 Street
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Nova York: Tempo passa mais devagar nos museus da metrópole
VINCENZO SCARPELLINIEnviado especial da Folha de S.Paulo a Nova York
O mundo tornou-se instável, tudo muda com impaciente rapidez, Nova York é uma cidade que anda correndo? Nada melhor do que um museu para encontrar um pouco de sossego. Lá, as peças resistem ao tempo, subtraídas à corrosão das modas, entregues ao diálogo silencioso entre si. O espírito retorna às luzes originárias e à água primitiva.
Nova York não é uma cidade de arte, como as cidades européias, mas produz arte e sabe muito bem como valorizá-la. Sem contar que muitas lojas apresentam as mercadorias como obras-primas, na atmosfera de um museu instantâneo.
Naturalmente, a forma mais ágil e econômica de contemplar uma obra de arte é abrir um livro ou rodar um documentário comodamente sentado numa poltrona. Ver as obras ao vivo impõe sempre um certo constrangimento físico. O tamanho (que nos livros se perde por falta de referências, pois um anel pode ser reproduzido maior do que um afresco), as cores verdadeiras, a materialidade, a presença física de uma obra são algo que nenhum meio de reprodução pode substituir.
Os mais indicados para o descanso são museus pequenos, porque podem ser visitados em um tempo razoável e sem a ansiedade de perder algo importante. Tem a espiral do Guggenheim, a Frick Collection, o Museu e Biblioteca Morgan, além de uma série de museus temáticos. Porém gigantes como MoMA e o Metropolitan são imperdíveis e podem ser enfrentados sem cansar inutilmente corpo e alma. Eis algumas dicas.
- É bom chegar descansado, indo de táxi, por exemplo, para reservar as energias à visita.
- Aproveite os assentos para relaxar. Contemplar, além das obras, os outros visitantes.
- Apesar de todos os cuidados, acaba-se a visita com pés inchados e uma fome de lobisomem. Planeje onde irá descansar e comer, para deixar decantar as obras na memória. Reserve um lugar no restaurante do MoMA com antecedência. No Metropolitan são servidos sanduíches no terraço, com vista para o Central Park.
- Se uma ostra é gostosa, ninguém agüenta comer mil ostras: a ambição de visitar o Metropolitan inteiro em um dia é admirável, mas é um convite à indigestão. Melhor reservar dois ou três dias. Ou então renunciar. Em outros termos: entre não entrar e entrar para ver tudo se estende a multiforme possibilidade da visita rápida.
O que se entende por visita rápida? Depende da pessoa, mas para os não iniciados é um passeio que dura entre duas e três horas e pode ter vários objetivos.
PROGRAME-SE PARA VISITAR MUSEUS
METROPOLITAN
www.metmuseum.org
Exposições: AngloMania - Tradição e Transgressão na Moda Britânica (até 4/9) e Girodet (até 27/8)
Aberto de ter. a qui., das 9h30 às 17h30; às sex. e sáb., das 9h30 às 21h; e, aos dom., das 9h30 às 17h30
Ingresso: US$ 15
Endereço: 1.000, Quinta Avenida, na altura da 82nd Street
GUGGENHEIM
www.guggenheim.org
Exposições: Jackson Pollock (até 29/9) e Zaha Hadid (até 25/10)
Aberto de sáb. a quar., das 10h às 17h45; e, às sex., das 10h às 19h45
Ingresso: US$ 18
Endereço: 1.071, Quinta Avenida; na esquina com a 89th Street
FRICK COLLECTION
www.frick.org
Exposição: Veronese (até 16/7)
Aberto de ter. a sex., das 10h às 18h; e, aos dom., das 11h às 17h
Ingresso: US$ 15
Endereço: 1, East 70th Street
MOMA
www.moma.org
Exposições: Against the Grain - Arte Contemporânea da Coleção Edward R. Broida (até 10/7); Since 2000: Printmaking Now (até 18/9) e Transforming Chronologies: um Atlas de Desenhos (até 2/10)
Aberto de seg., quar. e qui., das 10h30 às 17h30; às sex., das 10h30 às 20h; e, aos sáb. e dom., das 10h30 às 17h30.
Ingresso: US$ 20
Endereço: 11, West 53 Street
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