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19/06/2006 - 17h45

Ecoturismo e chimarrão levam turistas ao ponto mais alto do RS

CAIO VILELA
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Chocolate quente, pinhão cozido, paisagens bucólicas e um cobertorzinho em frente à lareira. Se sua pedida para este inverno baseia-se em prioridades como aconchego, romantismo e privacidade, seja bem-vindo à pacata São José dos Ausentes.

Localizada a 250 km de Porto Alegre, esta pequena cidade de ares rurais parece ter parado no tempo e esconde um dos maiores tesouros naturais do país.

Ausentes abriga alguns dos mais impressionantes cenários naturais do Rio Grande do Sul e representa o lado B da região dos famosos cânions de Itaimbezinho e Fortaleza: os parques nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral.

Caio Vilela/Folha Imagem
Uma das principais atrações da região, o "desnível" dos rios Silveira e Divisa; acima, a cachoeira do Perau Branco
Uma das principais atrações da região, o "desnível" dos rios Silveira e Divisa; acima, a cachoeira do Perau Branco
São dezenas de cânions profundos, com suas gargantas verdes, repletos de trilhas planas para caminhadas leves, além de campos de araucárias e cachoeiras de tirar o fôlego.

O município mais alto e frio do Rio Grande do Sul é palco de eventuais precipitações de neve nos meses de inverno. Muitos dos atrativos turísticos se localizam em propriedades particulares, cujas sedes os donos adaptaram para receber o pequeno, porém crescente, movimento de turistas.

A infra-estrutura das pousadas é simples e rústica, mas aconchegante. A maioria delas fica fora da cidade e cobra cerca de R$ 90 por pessoa, com pensão completa (três refeições).

Um das atrações mais impressionantes, o pico do Monte Negro tem 1.403 m de altitude e é ponto mais alto do Estado. De carro, chega-se a 300 m do cânion. Para subir ao topo, contudo, é preciso contar com a ajuda de um guia local, além de um certo perfil aventureiro. Não há uma trilha marcada, sobe-se "farejando" o caminho em meio aos arbustos e pequenas árvores retorcidas. A caminhada leva apenas 20 minutos e, se o dia estiver limpo, é possível enxergar do alto partes do litoral que marca a divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Visite o cânion do Monte Negro bem cedo, de preferência antes das oito horas da manhã. Depois desse horário, o fenômeno conhecido como viração --diferença de pressão entre o litoral e o alto da serra-- faz com que uma grande umidade acumule nuvens que provocam uma cerração densa e impedem a visão de seus mirantes.

Não muito longe dali, e demandando apenas uma caminhada curta, chega-se ao "desnível dos rios", uma curiosa formação geográfica em que dois cursos d'água, os rios Silveira e Divisa, correm paralelamente, mas com um leito 18 m mais alto que o outro.

Outras belezas naturais, criadas pelas várias quedas d'água, atraem visitantes tanto quanto as coxilhas e cânions. A trilha das Cachoeiras, feita nas proximidades do sítio Vale das Trutas, conduz a uma queda atrás da outra. Duas delas, as cachoeiras do Bandeira e do Juvenal, tiveram seus dias de fama quando serviram de cenário para a minissérie global "A Casa das Sete Mulheres".

Terras esquecidas

A história da cidade é tão intrigante quanto seu próprio nome. Diz a lenda que a fazenda dos Ausentes foi o maior latifúndio do Rio Grande do Sul. Seus primeiros donos, ainda no século 18, não assumiram as terras, que acabaram leiloadas duas vezes pela ausência de proprietários ou de sucessores.

A partir da construção de uma capela em honra de São José, em 1940 nasceu o povoado situado a 1.162 m acima do nível do mar. Não por acaso, esse pedaço da serra foi batizado com o nome de São José dos Ausentes. Hoje, o município de 4.000 habitantes vive da pecuária extensiva, do cultivo de batata e maçã, e do turismo rural.

Como chegar: só há acesso por terra, a partir de Cambará do Sul (RS). Chega-se a Cambará por Praia Grande, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, ou a partir de Gramado e Canela. As estradas são asfaltadas e estão em boas condições até Cambará do Sul. Depois, enfrenta-se 52 km de terra
Para quem: gosta de curtir caminhadas em meio a cânions, apreciar vistas deslumbrantes e aproveitar as baixas temperaturas do Sul
Quando ir: o inverno é a melhor época, quando o céu está mais limpo e sem chuvas; a temperatura varia de 6ºC a 17ºC, mas pode cair abaixo de zero durante a madrugada
Quem leva:
Adventure Club, tel. 5573-4142 (www.adventureclub.com.br). A partir de R$ 2.350. Inclui aéreo, traslados, cinco noites em apto. duplo com café da manhã, cinco refeições, lanches de trilha e passeios pelo parque Aparados da Serra e seguro-viagem.
Ecoturismo Brasil, tel. 3903-0277 (www.ecoturismobrasil.com.br). A partir de R$ 1.792. Inclui aéreo, traslados, três noites em apto. duplo com café da manhã, lanches de trilha e passeios pelo parque e seguro-viagem.
Venturas e Aventuras, tel. 3872-0362 (www.venturas.com.br). A partir de R$ 1.412. Inclui aéreo, traslados, três noites em apto. duplo com café da manhã, três refeições, lanches de trilha, passeios pelo parque Aparados da Serra e seguro-viagem.

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