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23/06/2006
-
17h21
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Até um tempo atrás, a pousada Tiatiaim, em Maromba, não tinha luz elétrica. À noite, o brilho da lua e das estrelas, mais uns lampiões e velas estrategicamente espalhados, garantiam mobilidade para que os hóspedes perambulassem entre a sauna, os chalés e a casa-sede, onde o proprietário Antonio Diniz, o Tonho, invariavelmente os recebia com uma sopa fumegante e pães feitos na hora. E ninguém sentia falta da eletricidade. O dia era para ser curtido desde os primeiros raios da manhã, em banhos de cachoeira, caminhadas e passeios nas montanhas. E a noite? Ah, a noite era para ser admirada no seu esplendor, do alto da serra da Mantiqueira, em conversas no alpendre ou ao pé da lareira.
Hoje ainda existe tudo isso, com mais conforto e praticidade. O banho de sauna noturno continua sendo um clássico de Maromba. Impossível evitar os gritos ao sair da sauna seca finlandesa e se colocar debaixo do jato torrencial que vem da própria cachoeira. Gritos primais, de liberdade ou de alegria, não importa. A sensação é ótima!
Assim, com sauna e banho de água geladíssima à noite, sopas de legumes frescos e trilhas para serem desbravadas o dia todo, não há outro remédio senão ser saudável, na mais pura acepção da palavra. Claro, há lugar para um bom vinhozinho, até porque o frio chama por isso. Mas uma temporada em Maromba tem o poder de revigorar até o mais desvitalizado visitante urbano.
Trutas e cachoeiras
O ar puro entra em lufadas pelas narinas e convida a se mexer desde cedo. Uma boa opção de passeio é a cachoeira de Santa Clara, exuberante no meio da mata nativa. Ela fica perto de Maringá (uma vila próxima), mas pode ser visitada a pé, a partir de Maromba. Quem prefere aquecer gradualmente as articulações pode ir à famosa Cachoeira do Escorrega, a poucos minutos da pousada, que atrai por seu fantástico tobogã de 30 m. Apenas um lembrete: nem sempre o volume das águas do Escorrega está equilibrado e, em muitos casos, a queda provoca um rodamoinho do qual fica difícil se livrar. Nesse caso, é melhor refrescar os pezinhos e se banhar em outros pontos do rio Preto, que nasce na base do pico das Agulhas Negras e serpenteia por toda a região, até Visconde de Mauá, o maior dos três vilarejos, a 33 km de Penedo. Aliás, a caminhada ao pico de Agulhas Negras é um passeio e tanto, só que indicado apenas para andarilhos experientes.
Essa movimentação toda abre um apetite daqueles. Opções de restaurantes não faltam. No Truta Rosa, onde também é possível pescar e comer na hora a truta escolhida, os pratos são ótimos. O Rosmarino Officinalis é uma boa pedida para quem busca criações requintadas, como o risoto de truta grelhada ou o pato com molho de amoras frescas. Já a imbatível (e um pouco calórica, é verdade) cozinha mineira bate ponto em várias casas espalhadas pela região. O que irá determinar se é o caso de entrar ou não é o cheiro de feijão e franguinho caipira que costuma sair pela porta. Em Maromba, com os cinco sentidos em alerta, esse é o melhor jeito de fazer as suas escolhas de viagem.
Para quem: gosta de caminhar, descansar e contemplar a natureza
Quando ir: o ano inteiro, mas julho, quando a incidência de chuvas é menor, é o período ideal para fazer caminhadas. A temperatura varia de -2ºC a 13ºC
Quem leva:
- Chão Nosso Viagens Culturais, tel. 3862-0210 (www.chaonosso.com.br). A partir de R$ 360. Inclui transporte em ônibus executivo, duas noites em apto. duplo com meia-pensão, passeios e Festa Junina.
- Cia. Nacional de Ecoturismo, tel. 5571-2525 (www.ciaecoturismo.com.br). A partir de R$ 690. Inclui transporte rodoviário, duas noites em apto. duplo com café da manhã, almoço no domingo, passeios com guias e seguro-viagem.
- Ecoturismo Brasil, tel. 3903-0277 (www.ecoturismobrasil.com.br). A partir de R$ 378. Inclui transporte rodoviário, duas noites em pousada com café da manhã, passeios com guias e seguro-viagem. Dica de hospedagem: pousada Tiatiaim, tel. 0/xx/24/3387-1345. Diárias (com café e jantar), a partir de R$ 100. www.portalviscondedemaua.com/pousadatiatiaim
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Maromba, no Rio de Janeiro, é garantia de sossego e saúde
CHANTAL BRISSACColaboração para a Folha de S.Paulo
Até um tempo atrás, a pousada Tiatiaim, em Maromba, não tinha luz elétrica. À noite, o brilho da lua e das estrelas, mais uns lampiões e velas estrategicamente espalhados, garantiam mobilidade para que os hóspedes perambulassem entre a sauna, os chalés e a casa-sede, onde o proprietário Antonio Diniz, o Tonho, invariavelmente os recebia com uma sopa fumegante e pães feitos na hora. E ninguém sentia falta da eletricidade. O dia era para ser curtido desde os primeiros raios da manhã, em banhos de cachoeira, caminhadas e passeios nas montanhas. E a noite? Ah, a noite era para ser admirada no seu esplendor, do alto da serra da Mantiqueira, em conversas no alpendre ou ao pé da lareira.
Sergio Luiz Pereira |
Pico das Agulhas Negras, a 2.787 m de altitude |
Assim, com sauna e banho de água geladíssima à noite, sopas de legumes frescos e trilhas para serem desbravadas o dia todo, não há outro remédio senão ser saudável, na mais pura acepção da palavra. Claro, há lugar para um bom vinhozinho, até porque o frio chama por isso. Mas uma temporada em Maromba tem o poder de revigorar até o mais desvitalizado visitante urbano.
Trutas e cachoeiras
O ar puro entra em lufadas pelas narinas e convida a se mexer desde cedo. Uma boa opção de passeio é a cachoeira de Santa Clara, exuberante no meio da mata nativa. Ela fica perto de Maringá (uma vila próxima), mas pode ser visitada a pé, a partir de Maromba. Quem prefere aquecer gradualmente as articulações pode ir à famosa Cachoeira do Escorrega, a poucos minutos da pousada, que atrai por seu fantástico tobogã de 30 m. Apenas um lembrete: nem sempre o volume das águas do Escorrega está equilibrado e, em muitos casos, a queda provoca um rodamoinho do qual fica difícil se livrar. Nesse caso, é melhor refrescar os pezinhos e se banhar em outros pontos do rio Preto, que nasce na base do pico das Agulhas Negras e serpenteia por toda a região, até Visconde de Mauá, o maior dos três vilarejos, a 33 km de Penedo. Aliás, a caminhada ao pico de Agulhas Negras é um passeio e tanto, só que indicado apenas para andarilhos experientes.
Essa movimentação toda abre um apetite daqueles. Opções de restaurantes não faltam. No Truta Rosa, onde também é possível pescar e comer na hora a truta escolhida, os pratos são ótimos. O Rosmarino Officinalis é uma boa pedida para quem busca criações requintadas, como o risoto de truta grelhada ou o pato com molho de amoras frescas. Já a imbatível (e um pouco calórica, é verdade) cozinha mineira bate ponto em várias casas espalhadas pela região. O que irá determinar se é o caso de entrar ou não é o cheiro de feijão e franguinho caipira que costuma sair pela porta. Em Maromba, com os cinco sentidos em alerta, esse é o melhor jeito de fazer as suas escolhas de viagem.
Para quem: gosta de caminhar, descansar e contemplar a natureza
Quando ir: o ano inteiro, mas julho, quando a incidência de chuvas é menor, é o período ideal para fazer caminhadas. A temperatura varia de -2ºC a 13ºC
Quem leva:
- Chão Nosso Viagens Culturais, tel. 3862-0210 (www.chaonosso.com.br). A partir de R$ 360. Inclui transporte em ônibus executivo, duas noites em apto. duplo com meia-pensão, passeios e Festa Junina.
- Cia. Nacional de Ecoturismo, tel. 5571-2525 (www.ciaecoturismo.com.br). A partir de R$ 690. Inclui transporte rodoviário, duas noites em apto. duplo com café da manhã, almoço no domingo, passeios com guias e seguro-viagem.
- Ecoturismo Brasil, tel. 3903-0277 (www.ecoturismobrasil.com.br). A partir de R$ 378. Inclui transporte rodoviário, duas noites em pousada com café da manhã, passeios com guias e seguro-viagem. Dica de hospedagem: pousada Tiatiaim, tel. 0/xx/24/3387-1345. Diárias (com café e jantar), a partir de R$ 100. www.portalviscondedemaua.com/pousadatiatiaim
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