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13/07/2006 - 11h53

Tailândia: Rei e Buda "disputam" a atenção de turistas

MARISTELA DO VALLE
Colaboração para a Folha de S.Paulo, na Tailândia

Na Tailândia, além de real, a festa é oficial. Neste ano, o país comemora o 60º aniversário da coroação do rei Bhumibol Adulyadej. As cidades estão salpicadas de bandeiras amarelas (a cor do rei, porque ele nasceu numa segunda-feira), placas comemorativas e fotos do monarca em várias fases da sua vida, principalmente as mais jovens, dando a impressão de que ele ainda não envelheceu, apesar dos seus 78 anos.

Toda essa homenagem tem um motivo simples: os tailandeses adoram o seu rei, que mantém o mais longo reinado do mundo --a rainha Elizabeth 2ª chegou ao trono em 1952.

Dos taxistas aos vendedores, dos funcionários dos hotéis aos guias turísticos, todos dizem que seu soberano é um homem bom, que só fez o bem para os seus súditos. E sempre se referem a ele com respeito, sem fazer fofocas sobre sua vida pessoal, a qual, aliás, muitos desconhecem. Até os jornais diários tratam o soberano apenas como "Sua Majestade", sem citar o seu nome. Moedas, selos e cartões comemorativos, exposições especiais e espetáculos de teatro e dança são outras maneiras de celebrar a data (mais informações no www.60thcelebrations.com).

Além da imagem do rei, a imagem de Buda também é onipresente no Reino da Tailândia. Há altares que a ele aludem nas entradas, nos arranha-céus, nos jardins dos parques, nas casas construídas à beira dos rios e mesmo nos aposentos das residências tailandesas, nas quais, inclusive, "Sua Majestade" aparece.

Cerca de 95% da população é budista, e o país todo tem 32 mil templos dedicados à religião. Destes, 400 ficam na caótica Bancoc e 320 estão em Chiang Mai, a segunda cidade do país, a 700 km da capital. Além do budismo e da paixão pelo rei, outros aspectos tornam tão diferente para os brasileiros esse país asiático, a mais de 20 horas de vôo (mais o tempo de espera em aeroportos) e com o fuso horário dez horas à frente do Brasil.

Os tailandeses têm língua e alfabeto próprios, ambos totalmente incompreensíveis para os falantes da língua portuguesa, e vivem atualmente o ano de 2049, número que é grafado em algumas das notas fiscais.

Um hábito que faz parte do cotidiano da população é a massagem. Não faltam casas de massagem em cidades como Bancoc e Chiang Mai. Elas são muito fáceis de identificar, com letreiros em inglês e às vezes também os preços de cada terapia (cerca de 700 bahts, ou R$ 40). Muitas têm ainda funcionários nas portas distribuindo folhetos. A oferta é tão grande que confunde o turista. "Os tailandeses fazem massagem pelo menos uma vez por semana", conta a guia Krittanan Thonguipawon, para quem cada sessão tem de durar pelo menos duas horas.

Na dúvida, peça indicações para um guia ou para o concierge do hotel. Ou então confie na tradição e experimente os serviços dos alunos da escola de massagem existente do lado do templo do Buda Deitado.

E não se trata de uma massagem leve qualquer. Pelo contrário. Além das mãos, a massagista usa, por exemplo, os joelhos e as pernas para apalpar e dobrar o corpo do cliente. No começo dá até para dormir. Mas o freguês já está bem acordado quando ouve e sente um craque no pescoço, causado por um movimento brusco. Ou quando a massagista puxa a pele do seu antebraço repetidas vezes, proporcionando uma sensação de choque esquisita. Por fim, uma relaxante massagem facial o faz esquecer todos os tremores de minutos antes.

A presença da massagem tailandesa em muitos spas brasileiros é um dos sinais de que o país asiático começa a se aproximar do Ocidente. Outro é a construção de um novo aeroporto em Bancoc, que deve ser inaugurado neste ano. O Suvarnabhumi será cinco vezes maior do que o atual e terá capacidade para 45 milhões de passageiros por ano, que deve crescer para 100 milhões quando estiver totalmente pronto.

Maristela do Valle viajou a convite da operadora Raidho, da South African Airways (SAA) e da Thai Airways.

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