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20/07/2006
-
11h36
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Peru
Muita gente que viaja para o Peru não passa por Lima. Segue, em geral, da Bolívia para Puno --para ver o Titicaca-- e, de lá, para Cusco --para ver Machu Picchu. Mas a capital não deve passar batida.
Simpática, com orla marítima que lembra as grandes cidades do litoral paulista, Lima concentra um terço da população peruana, um centro colonial cheio de curiosidades, algumas ruínas pré-colombianas e ao menos dois belos museus.
O centro colonial apresenta ao visitante a face europeizada da cidade, com igrejas barrocas do século 16. Ali fica a catedral, suntuosa, vizinha da sede do arcebispado, que tem uma impressionante varanda entalhada em cedro da Nicarágua, uma madeira fina, que permite entalhes minuciosos. Próximo da catedral fica a igreja e mosteiro de São Francisco, de 1540. Dentro do mosteiro está o museu das Catacumbas, passeio bem curioso. Tudo começa no pátio interno do mosteiro, adornado com azulejos sevilhanos. O lugar guarda silêncio: é que junto dos turistas caminham os monges --o mosteiro, em atividade, abriga 50 deles.
Então entra-se no tal museu das Catacumbas. São corredores escavados que serviram como cemitério público. Os ossos foram separados, de forma que hoje há seções de fêmures, crânios, tíbias e afins. O grande final é um tanque redondo com diversos ossos organizados de maneira concêntrica formando um desenho mórbido.
Deixando as catacumbas de lado, de volta à luz nublada das ruas, nos arredores da igreja, lojas vendem churros fresquinhos. Há de dois tipos. Um que é igual ao que há no Brasil e outro que tem uma massa mais consistente, entre a do churros e a do rolinho primavera. Nesse churro vêem-se as dobras da massa para formar o envelope recheado com doce de leite.
Bairro
No centro de Miraflores fica Huaca Pucllana (http://pucllana.perucultural.org.pe), um sítio arqueológico que deve ser visitado por quem passa pela cidade. Da cultura lima, povo que habitou a capital entre 200 e 700, o sítio hoje abriga um restaurante, que serve de desculpa para que o turista possa conhecer o lugar à noite. Uma guia apresenta a construção feita com tijolos colocados lado a lado, como se fossem livros em uma estante.
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Peru: Lima tem apelo para estar na rota da viagem
HELOISA LUPINACCIEnviada especial da Folha de S.Paulo ao Peru
Muita gente que viaja para o Peru não passa por Lima. Segue, em geral, da Bolívia para Puno --para ver o Titicaca-- e, de lá, para Cusco --para ver Machu Picchu. Mas a capital não deve passar batida.
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O centro colonial apresenta ao visitante a face europeizada da cidade, com igrejas barrocas do século 16. Ali fica a catedral, suntuosa, vizinha da sede do arcebispado, que tem uma impressionante varanda entalhada em cedro da Nicarágua, uma madeira fina, que permite entalhes minuciosos. Próximo da catedral fica a igreja e mosteiro de São Francisco, de 1540. Dentro do mosteiro está o museu das Catacumbas, passeio bem curioso. Tudo começa no pátio interno do mosteiro, adornado com azulejos sevilhanos. O lugar guarda silêncio: é que junto dos turistas caminham os monges --o mosteiro, em atividade, abriga 50 deles.
Então entra-se no tal museu das Catacumbas. São corredores escavados que serviram como cemitério público. Os ossos foram separados, de forma que hoje há seções de fêmures, crânios, tíbias e afins. O grande final é um tanque redondo com diversos ossos organizados de maneira concêntrica formando um desenho mórbido.
Deixando as catacumbas de lado, de volta à luz nublada das ruas, nos arredores da igreja, lojas vendem churros fresquinhos. Há de dois tipos. Um que é igual ao que há no Brasil e outro que tem uma massa mais consistente, entre a do churros e a do rolinho primavera. Nesse churro vêem-se as dobras da massa para formar o envelope recheado com doce de leite.
Bairro
No centro de Miraflores fica Huaca Pucllana (http://pucllana.perucultural.org.pe), um sítio arqueológico que deve ser visitado por quem passa pela cidade. Da cultura lima, povo que habitou a capital entre 200 e 700, o sítio hoje abriga um restaurante, que serve de desculpa para que o turista possa conhecer o lugar à noite. Uma guia apresenta a construção feita com tijolos colocados lado a lado, como se fossem livros em uma estante.
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