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20/07/2006 - 11h38

Peru: Machu Picchu impressiona por estar dependurada

HELOISA LUPINACCI
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Peru

São milhares de pessoas que entram e saem de um trem em Aguas Calientes; depois, de microônibus, rumam, hipnotizadas, para a entrada do sítio arqueológico. Lá, se separam em grupos liderados por guias.

Não chega a ser um caos, apesar de por vezes ser necessário esperar para se mover, dada a densidade de visitantes.

Ainda assim, mesmo com tudo aquilo de gente, Machu Picchu é chocante --e é possível evitar as multidões.

A cidadela impressiona acima de tudo por estar dependurada em um terreno muito escarpado, a 2.350 m de altitude, com dois vales, um de cada lado. Em um deles, serpenteia o esverdeado Urubamba, 600 m abaixo, que dá nome à região. Do outro lado, impõe-se o monte Waynapicchu.

Para quem chega de trem, o ideal seria subir vendado à casinha de observação, que fica acima dos degraus de cultivo, logo à esquerda da entrada. Como isso não é possível, vale guardar a ansiedade e subir sem espiar para o lado direito, onde se vê a cidadela. Uma vez lá em cima, se avista todo o sítio. E é nessa hora que fica difícil imaginar como os incas trabalharam para erguer essas edificações.

Sem apelar para ajudas extraterrenas, os guias explicam que a construção foi feita pelos incas mesmo. Usando pedras ali da região. De fato, mostram até de onde foram extraídas --uma engenhosidade só. Os incas espetavam, nas frestas das rachaduras das pedras, pedaços de pau e iam molhando tudo. A madeira expandia e causava a separação da rocha.

A construção de Machu Picchu começou em 1438, sob o comando do inca Pachacutec. Acredita-se que ali era uma universidade, onde as pessoas estudavam, ou uma cidade para a nobreza inca, com acomodação suficiente para todo o estafe necessário para manter a coisa funcionando. A área total do sítio soma 326 quilômetros quadrados. O sítio foi abandonado; em 1532, quando os espanhóis chegaram ali, estava totalmente desabitado.

A explicação mais comum dos guias é que, devido a uma epidemia de febre amarela que acometeu os moradores da cidadela, eles rumaram para dentro da floresta para fazer uma espécie de quarentena. Quando decidiram voltar, os espanhóis já estavam muito próximos dali. Para evitar que eles descobrissem o lugar --que deveria ser protegido de qualquer forma de profanação--, os incas fecharam as portas com pedras e, depois, partiram.

A cidadela é dividida em três partes. Imagina-se que a agrícola, que fica logo à esquerda de quem entra, é formada por grandes terraços para plantação e encimada por uma casinha, era usada para garantir a segurança do sítio. Quem vem pela trilha inca chega por um ponto acima dessa casinha. A parte dos nobres e dos sacerdotes fica mais adiante. Ali há palácios, observatórios, templos e casas. Embora os guias contem histórias e dêem mil explicações, muitas vezes nada substitui andar com calma para poder observar os detalhes sem ser imediatamente informado de que aquilo era supostamente uma cama, um altar ou um relógio de sol.

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