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17/08/2006 - 13h13

Grécia: ilhas não são exclusividade de deuses da fortuna

FABIO MARRA
da Folha de S.Paulo, na Grécia

Qual é a graça de ir ao Rio de Janeiro e não visitar o Cristo Redentor ou o Pão de Açúcar? É mais ou menos como ir a Atenas e não conhecer as ilhas gregas. Se o problema é tempo ou dinheiro, agências tentam remediar oferecendo pacotes para viagens de uma dia pelas ilhas Argo-Sarônicas, conjunto que reúne as ilhas Salamina, Póros, Egina, Hidra, Spétses e Citera. Com um pouco mais de disponibilidade, é possível ir a uma das mais belas ilhas da Grécia: Santorini.

Viagem exclusiva para milionário? Embora pareça, não é preciso ser o deus da fortuna para conhecer esse lugar.

O traslado até Santorini custa ?26 euros --não é na primeira classe--, e a hospedagem em uma pousada bacana sai por cerca de ?30 euros.

Folha Imagem
Em Santorini, casario é repleto de terraços
Em Santorini, casario é repleto de terraços
Depois de 11 horas de viagem, o navio finalmente começa a atracar no pequeno porto da ilha. As casinhas brancas contrastam com os tons marrom e laranja do penhasco, onde parecem estar penduradas. Há que se incluir no cenário o mar profundamente azul.

Santorini é fonte de reflexão e de inspiração para estudiosos e escritores --até Platão fez referência a Santorini, identificando o lugar como "a ilha do reino perdido de Atlântida", o continente que, por castigo divino, desapareceu sob as águas, levando a civilização e o egoísmo de seus habitantes.

Os primeiros habitantes chegaram à ilha em 3000 a.C. e desenvolveram, com a ajuda de povos originários da Ásia Menor, uma civilização com fortes atividades políticas e culturais, reveladas nas escavações arqueológicas feitas em vários pontos da região. Em 1450 a.C., a ilha vulcânica entrou em erupção. A população foi devastada, e a geografia, alterada. A mudança deu à ilha um formato de lua crescente, amenizando a tragédia ao menos aos olhos dos poetas.

Por 250 anos, ficou totalmente desabitada. Em 1200 a.C., os fenícios --povo marinheiro do Mediterrâneo oriental-- passaram por lá, mas não ficaram. Em 1000 a.C. foi a vez dos gregos dórios. A ilha foi batizada de Thira, e os gregos deram início à reconstrução das vilas. O trabalho cessou em 1956, quando Santorini foi novamente destruída por um terremoto --capricho da natureza.

É possível chegar lá também de avião. A partir de Atenas, o vôo demora apenas 40 minutos, mas a maioria dos turistas prefere chegar de navio e, aos poucos, entrar no clima para se sentir quase um deus afortunado por alguns dias.

Egina, Salamina e Hidra

"Ferryboats" partem várias vezes ao dia do porto de Pireu e, apesar do grande número de turistas, não é difícil achar passagens para qualquer horário.

Apesar da proximidade com a capital, o conjunto de ilhas ainda preserva a cultura local, que foi próspera no século 7º a.C. A beleza natural encanta. As praias são limpas e banhadas por águas calmas e claras, que contrastam com o verde e as rochas das montanhas. As ilhas são os lugares preferidos da classe alta ateniense para o descanso do final de semana.

A mais procurada é a ilha de Egina, que fica a 20 km de Pireu. Habitada desde o ano 2000 a.C., se tornou célebre pela atividade marítima. A ilha figura na história como o primeiro lugar da Europa a ter cunhado sua própria moeda, aceita em toda a região. A principal atração é o templo dórico de Afaia, de 490 a.C. Em 1828, Egina foi declarada a primeira capital da Grécia moderna.

A ilha de Salamina também fica muito próxima de Pireu. Famosa pela batalha de Salamina, quando os gregos derrotaram os persas, é hoje procurada pela beleza das praias e pela diversidade de bares na orla.

Com menor conteúdo histórico, Hidra pode ser visitada em um passeio de um dia. Colonizada por albaneses no século 16, a ilha mantém o charme do estilo arquitetônico.

A locomoção entre as ilhas é bastante fácil. Todas possuem um amplo serviço de transporte público e uma boa oferta de táxis. Pequenas motocicletas também podem ser alugadas e são ótima opção para conhecer as maravilhas que cercam o mar Egeu.

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