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31/08/2006
-
12h54
Enviada especial da Folha de S.Paulo à Espanha
O caminho de Santiago de Compostela não é um, mas vários, e seus amantes costumam dizer que ele começa na porta da casa de cada um.
Das rotas de peregrinos formadas ao longo da Idade Média, foram formalizados seis caminhos: o Real Francês, o Aragonês, o do Oriente, o Inglês, o Português e o da Costa.
O caminho com maior tráfego de todos os que levam a Santiago de Compostela, e também o mais conhecido e o que está atualmente em melhores condições, é o Francês, de 800 km.
São dois pontos de partida --St. Jean-Pied-de-Port ou Urdos, ambos na França--, que levam à entrada em território espanhol por Somport ou Orreaga-Roncesvalles, nos Pireneus.
Os dois trajetos acabam se fundindo em Puente la Reina, 24 km depois de Pamplona (cidade escolhida por muitos para dar início à caminhada).
A partir daí, a rota francesa corta as comunidades autônomas de Navarra, Rioja, Castela-Léon e Galícia.
Motivação
As motivações que levam os peregrinos a percorrer o caminho são as mais variadas.
Entre os brasileiros, porém, nenhum admite ter sido influenciado pelo best-seller de Paulo Coelho: "O Diário de um Mago", de 1987.
Aliás, o boato que corre pela região é que o escritor fez o caminho de táxi -o que nunca chegou a ser confirmado.
O bancário gaúcho Marco Guimarães, 40, há dez anos organiza o que chama de viagens de "autoconhecimento" pelo caminho. Em junho, estava com um grupo de 29 peregrinos, dos quais 22 eram brasileiros, que começaram o trajeto em Burgos (Castela-Léon).
"O caminho tem várias dimensões, você dá a sua", conta Guimarães, que neste ano fez a peregrinação pela terceira vez. "Todo mundo que faz o caminho busca transformação, seja pessoal, seja profissional, Mas também não dá para separar totalmente a parte turística."
Outro gaúcho, Henrique Dias, 32, diz ter feito o caminho "pela experiência de vida". "Todo mundo fala que muda a vida da gente", conta o engenheiro. "Mas a impressão é que tem muito turista e que [a viagem] perdeu muito o espírito de peregrinação. Muitos pegam ônibus nas etapas mais difíceis", criticou Dias.
O andarilho gaúcho passou por um aperto: teve sua câmera fotográfica roubada em um dos albergues de peregrinos em Burgos. Também ouviu histórias de pessoas que foram expulsas dessas hospedarias por estarem bêbadas.
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CAROLINA VILA-NOVAEnviada especial da Folha de S.Paulo à Espanha
O caminho de Santiago de Compostela não é um, mas vários, e seus amantes costumam dizer que ele começa na porta da casa de cada um.
Das rotas de peregrinos formadas ao longo da Idade Média, foram formalizados seis caminhos: o Real Francês, o Aragonês, o do Oriente, o Inglês, o Português e o da Costa.
O caminho com maior tráfego de todos os que levam a Santiago de Compostela, e também o mais conhecido e o que está atualmente em melhores condições, é o Francês, de 800 km.
São dois pontos de partida --St. Jean-Pied-de-Port ou Urdos, ambos na França--, que levam à entrada em território espanhol por Somport ou Orreaga-Roncesvalles, nos Pireneus.
Os dois trajetos acabam se fundindo em Puente la Reina, 24 km depois de Pamplona (cidade escolhida por muitos para dar início à caminhada).
A partir daí, a rota francesa corta as comunidades autônomas de Navarra, Rioja, Castela-Léon e Galícia.
Motivação
As motivações que levam os peregrinos a percorrer o caminho são as mais variadas.
Entre os brasileiros, porém, nenhum admite ter sido influenciado pelo best-seller de Paulo Coelho: "O Diário de um Mago", de 1987.
Aliás, o boato que corre pela região é que o escritor fez o caminho de táxi -o que nunca chegou a ser confirmado.
O bancário gaúcho Marco Guimarães, 40, há dez anos organiza o que chama de viagens de "autoconhecimento" pelo caminho. Em junho, estava com um grupo de 29 peregrinos, dos quais 22 eram brasileiros, que começaram o trajeto em Burgos (Castela-Léon).
"O caminho tem várias dimensões, você dá a sua", conta Guimarães, que neste ano fez a peregrinação pela terceira vez. "Todo mundo que faz o caminho busca transformação, seja pessoal, seja profissional, Mas também não dá para separar totalmente a parte turística."
Outro gaúcho, Henrique Dias, 32, diz ter feito o caminho "pela experiência de vida". "Todo mundo fala que muda a vida da gente", conta o engenheiro. "Mas a impressão é que tem muito turista e que [a viagem] perdeu muito o espírito de peregrinação. Muitos pegam ônibus nas etapas mais difíceis", criticou Dias.
O andarilho gaúcho passou por um aperto: teve sua câmera fotográfica roubada em um dos albergues de peregrinos em Burgos. Também ouviu histórias de pessoas que foram expulsas dessas hospedarias por estarem bêbadas.
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