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14/09/2006 - 11h57

Lençóis Maranhenses: Estrela de filme, Santo Amaro tem acesso difícil

FABIO SCHIVARTCHE
ANA CLÁUDIA MARTONI
Colaboração para a Folha de S.Paulo

É curioso que um dos maiores segredos dos Lençóis Maranhenses seja uma cidade com quase 20 mil habitantes que já apareceu até no cinema. Santo Amaro, estrela do filme "Casa de Areia", com paisagens deslumbrantes, fica no coração do deserto de dunas e lagoas.

A dificuldade para chegar lá só aumenta a expectativa do turista, mas é também um fator de desestímulo para muitos. Partindo de São Luís, é necessário pegar um ônibus comum ou um microônibus "turístico" (tão ruim quanto o outro) até o povoado de Sangue, no meio do caminho para Barreirinhas. Até aí, são quatro horas de viagem. Mas a aventura está no começo.

De Sangue para Santo Amaro só é possível chegar de carro com tração nas quatro rodas e suspensão elevada, pois mesmo fora da época de chuvas, não existe estrada propriamente dita. A cada semana ou mês o roteiro muda, de acordo com os novos pontos alagados no caminho. Esse trecho leva de três a seis horas, dependendo de quantas vezes o jipe atolar.

Mas a chegada, principalmente no entardecer, é tão espetacular quanto as lagoas que o esperam nos dias seguintes. Assim que o jipe passa pelo portal de buritis, vêem-se pessoas se banhando no rio Alegre ou jogando bola em ilhotas de areia. É um típico fim de dia em Santo Amaro.

Uma das melhores opções para se hospedar é a pousada Lagoa da Gaivota, mesmo local onde dormia o elenco do filme "Casa de Areia".

A cidade pode ser usada como ponto de apoio para explorar as lagoas e dunas da região, as mais espetaculares --e vazias-- do Maranhão.

De água cristalina, a lagoa da Gaivota, a duas horas de caminhada de Santo Amaro, é uma das maiores dos Lençóis. Foi lá que o diretor Andrucha Waddington montou a cenografia de seu filme. Passe o dia nessa lagoa e descubra por que o jornalista e crítico de cinema José Geraldo Couto, ao analisar "Casa de Areia", disse que "o espaço é protagonista, agindo diretamente sobre o destino e o espírito dos personagens".

Há outras lagoas tão belas quanto a da Gaivota, como a do Cajueiro e a da Sonda. Algumas não têm nem nome. Outras, como a do Murici, são conhecidas pelo nome de quem é dono de terras na região. É tanta beleza concentrada que mesmo as péssimas condições de acesso parecem pouco para explicar como Santo Amaro não entrou ainda na rota turística de massa.

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