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28/09/2006
-
10h05
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Corumbá (MS)
Ponto de apoio para o turismo pantaneiro, Corumbá revela-se uma rica fonte de conhecimento histórico e cultural. Palco da Guerra da Tríplice Aliança, quando o Brasil se juntou à Argentina e ao Uruguai para juntos derrotarem o Paraguai, Corumbá chegou a ser ocupada pelas tropas paraguaias durante dois anos, de 1865 a 1867. A praça da República, no centro, foi o palco da última batalha, quando o governo brasileiro reagiu e conseguiu expulsar os invasores.
A cidade foi construída por encomenda do governo português, com a intenção de evitar a invasão espanhola em terras brasileiras. Em 1778, foi inaugurado o arraial Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque. Mais tarde, passou a se chamar Corumbá --como os índios locais chamavam a região.
Com a abertura dos portos brasileiros e com o comércio junto a outros países latino-americanos, Corumbá chegou a ter o terceiro maior porto da América Latina, o que durou até cerca de 1930. Com o comércio ferroviário, iniciado na década de 1950, o fluvial começou a declinar. Hoje, as maiores fontes de renda da cidade são turismo e comércio, além de pecuária e mineração.
Hoje trata-se do segundo maior município do Brasil, com 65 mil km2. Engloba cerca de 35% da área total do Pantanal e é tão grande que há até um outro município dentro dele. De acordo com o censo de 2000, possui 95 mil habitantes.
As ruas são bastante largas, se comparadas às de outras capitais. O traçado urbano foi todo planejado, acompanhando o curso do rio Paraguai. Ficou determinado que as árvores deveriam ficam nas ruas e não nas calçadas, para não atrapalhar o movimento de pedestres. Não estranhe ao ver uma árvore para fora da calçada.
Também a expressão arquitetônica da época de fartura está espalhada por toda Corumbá, mas é o Casario do Porto, em frente ao cais, o maior conjunto preservado de prédios e casarões históricos. São cerca de 80 imóveis do século 19, com influência da arquitetura européia, tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), além de mais 700 imóveis com possibilidade de tombamento.
Apesar da importância histórica, Corumbá tem sido alvo de esquecimento por parte do poder público. Os prédios históricos estão bastante deteriorados, muitos abandonados e com risco de desabamento, mesmo os já tombados. A prefeitura local e o Ministério da Integração Nacional têm investido no fomento ao turismo na região apenas nos últimos anos. A intenção é construir balcões de informação no aeroporto e na rodoviária, construir e reformar museus, fazer placas de sinalização turística e capacitar funcionários: camareiras, guias, taxistas etc.
Outro atrativo é a fronteira com a Bolívia. É possível comprar produtos importados e artesanato boliviano nas zonas francas de Puerto Suarez e Puerto Quijarro.
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MS: Corumbá serviu de cenário para Guerra do Paraguai
LEONARDO WENEnviado especial da Folha de S.Paulo a Corumbá (MS)
Ponto de apoio para o turismo pantaneiro, Corumbá revela-se uma rica fonte de conhecimento histórico e cultural. Palco da Guerra da Tríplice Aliança, quando o Brasil se juntou à Argentina e ao Uruguai para juntos derrotarem o Paraguai, Corumbá chegou a ser ocupada pelas tropas paraguaias durante dois anos, de 1865 a 1867. A praça da República, no centro, foi o palco da última batalha, quando o governo brasileiro reagiu e conseguiu expulsar os invasores.
A cidade foi construída por encomenda do governo português, com a intenção de evitar a invasão espanhola em terras brasileiras. Em 1778, foi inaugurado o arraial Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque. Mais tarde, passou a se chamar Corumbá --como os índios locais chamavam a região.
Com a abertura dos portos brasileiros e com o comércio junto a outros países latino-americanos, Corumbá chegou a ter o terceiro maior porto da América Latina, o que durou até cerca de 1930. Com o comércio ferroviário, iniciado na década de 1950, o fluvial começou a declinar. Hoje, as maiores fontes de renda da cidade são turismo e comércio, além de pecuária e mineração.
Hoje trata-se do segundo maior município do Brasil, com 65 mil km2. Engloba cerca de 35% da área total do Pantanal e é tão grande que há até um outro município dentro dele. De acordo com o censo de 2000, possui 95 mil habitantes.
As ruas são bastante largas, se comparadas às de outras capitais. O traçado urbano foi todo planejado, acompanhando o curso do rio Paraguai. Ficou determinado que as árvores deveriam ficam nas ruas e não nas calçadas, para não atrapalhar o movimento de pedestres. Não estranhe ao ver uma árvore para fora da calçada.
Também a expressão arquitetônica da época de fartura está espalhada por toda Corumbá, mas é o Casario do Porto, em frente ao cais, o maior conjunto preservado de prédios e casarões históricos. São cerca de 80 imóveis do século 19, com influência da arquitetura européia, tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), além de mais 700 imóveis com possibilidade de tombamento.
Apesar da importância histórica, Corumbá tem sido alvo de esquecimento por parte do poder público. Os prédios históricos estão bastante deteriorados, muitos abandonados e com risco de desabamento, mesmo os já tombados. A prefeitura local e o Ministério da Integração Nacional têm investido no fomento ao turismo na região apenas nos últimos anos. A intenção é construir balcões de informação no aeroporto e na rodoviária, construir e reformar museus, fazer placas de sinalização turística e capacitar funcionários: camareiras, guias, taxistas etc.
Outro atrativo é a fronteira com a Bolívia. É possível comprar produtos importados e artesanato boliviano nas zonas francas de Puerto Suarez e Puerto Quijarro.
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