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05/10/2006
-
11h00
Colaboração para a Folha
O vôo até Buenos Aires hoje custa em torno de R$ 600 (ida e volta) e dura duas horas. De carro, a viagem de 2.500 km é menos segura, mais demorada, levando três dias para chegar até lá sem muita pressa, e pode ser mais cara. Um automóvel 1.0 faz todo o percurso gastando cerca de R$ 900 em gasolina, aos quais se somam cerca de R$ 200 de pedágio, mais gastos de hospedagem e comida.
Só que tem um detalhe: ao viajar de avião, atravessando os Pampas por sobre as nuvens, perde-se a paisagem, a rotina e as peculiaridades que acontecem em terra firme.
Você não verá coelhos pulando de lá para cá nas estradas do Uruguai, por exemplo. Ou ainda um píer em ruínas na ponta de uma cidade histórica. Ou as plantações de mate sacudindo ao sabor do vento, como no norte da Argentina; ou a frase "Las Islas Malvinas son argentinas!", escrita em placas, e as imagens de santos, pontuando as marginais das rodovias.
Lá do alto, não é preciso fazer cara de bonzinho para um policial da fronteira, parar várias vezes para encher o tanque, pedir informações para um milhão de pessoas, olhar o mapa, voltar do caminho errado para o certo, ficar cansado.
Mas de carro, há ganhos incontáveis. É possível ver o pôr-do-sol à beira de um precipício da serra Gaúcha, se embrenhar pelas ruínas das missões jesuíticas no norte da Argentina depois de comer um bife de chorizo à beira da estrada, assistir à brisa que vem do Atlântico soprar contra um cassino decadente em uma praia de Montevidéu, fazer uma parada rápida, só para registrar em foto bois, ovelhas e cavalos passando lentamente rente ao caminho.
Em outras palavras, viajar para Buenos Aires de carro, embora tenha como objetivo final chegar à capital argentina propriamente dita, significa curtir uma pequena aventura que vai revelar a cultura do Sul do Brasil e como ela se funde às culturas uruguaia e argentina, em passeios pincelados pela história das colonizações espanhola e portuguesa, das pequenas batalhas travadas no campo entre os colonos dos dois reinos, dos índios catequizados, dos imigrantes, das repúblicas reduzidas aos cacos reunidos pelos museus e cemitérios das capitais.
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GUSTAVO FIORATTIColaboração para a Folha
O vôo até Buenos Aires hoje custa em torno de R$ 600 (ida e volta) e dura duas horas. De carro, a viagem de 2.500 km é menos segura, mais demorada, levando três dias para chegar até lá sem muita pressa, e pode ser mais cara. Um automóvel 1.0 faz todo o percurso gastando cerca de R$ 900 em gasolina, aos quais se somam cerca de R$ 200 de pedágio, mais gastos de hospedagem e comida.
Só que tem um detalhe: ao viajar de avião, atravessando os Pampas por sobre as nuvens, perde-se a paisagem, a rotina e as peculiaridades que acontecem em terra firme.
Você não verá coelhos pulando de lá para cá nas estradas do Uruguai, por exemplo. Ou ainda um píer em ruínas na ponta de uma cidade histórica. Ou as plantações de mate sacudindo ao sabor do vento, como no norte da Argentina; ou a frase "Las Islas Malvinas son argentinas!", escrita em placas, e as imagens de santos, pontuando as marginais das rodovias.
Lá do alto, não é preciso fazer cara de bonzinho para um policial da fronteira, parar várias vezes para encher o tanque, pedir informações para um milhão de pessoas, olhar o mapa, voltar do caminho errado para o certo, ficar cansado.
Mas de carro, há ganhos incontáveis. É possível ver o pôr-do-sol à beira de um precipício da serra Gaúcha, se embrenhar pelas ruínas das missões jesuíticas no norte da Argentina depois de comer um bife de chorizo à beira da estrada, assistir à brisa que vem do Atlântico soprar contra um cassino decadente em uma praia de Montevidéu, fazer uma parada rápida, só para registrar em foto bois, ovelhas e cavalos passando lentamente rente ao caminho.
Em outras palavras, viajar para Buenos Aires de carro, embora tenha como objetivo final chegar à capital argentina propriamente dita, significa curtir uma pequena aventura que vai revelar a cultura do Sul do Brasil e como ela se funde às culturas uruguaia e argentina, em passeios pincelados pela história das colonizações espanhola e portuguesa, das pequenas batalhas travadas no campo entre os colonos dos dois reinos, dos índios catequizados, dos imigrantes, das repúblicas reduzidas aos cacos reunidos pelos museus e cemitérios das capitais.
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