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10/10/2006 - 15h40

Brasileiros já correm para garantir pacotes para Natal e Réveillon

FABÍOLA SALANI
da Folha de S. Paulo

Quem deixar para reservar sua viagem de verão ou final de ano na última hora pode ficar sem ir para onde quer. Principalmente em cruzeiros e para o exterior --especialmente para a Europa.

O aquecimento do mercado de turismo e a queda na oferta de vôos para fora do Brasil devido à crise da Varig aceleraram a ocupação dos assentos disponíveis.

Em maio, por exemplo, reservas de pacotes para a Europa só entravam fora da lista de espera a partir de setembro, segundo as operadoras. Agora, dizem agências, há dificuldades para alguns destinos.

A TAM informa, por sua assessoria de imprensa, que nenhum vôo nacional está lotado para o final do ano, mas que há "baixa disponibilidade de assentos" nos vôos para Natal e Maceió nas proximidades de 25 de dezembro e nas partidas para Natal, Maceió e Porto Seguro mais próximas do Réveillon.

Vice-presidente nacional da Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagem), Carlos Alberto Ferreira diz que os turistas estão fazendo suas reservas com maior antecedência e que há dificuldade para conseguir lugares para a Europa para o Natal e o Réveillon.

Na operadora Visual, Europa é o principal problema para confirmação.

"Estamos com dificuldade de conseguir espaço nos aviões para a Europa, principalmente na tarifa de operadora", disse Afonso Gomes Louro, executivo da empresa.

Por conta disso, Louro disse que a Visual aumentou a oferta de pacotes nacionais em 35% para a temporada que se inicia, apostando que os turistas optem por viagens domésticas devido à maior dificuldade em sair do país. Segundo ele, houve neste ano uma maior procura antecipada.

"Tradicionalmente, as reservas para o final do ano começam a esquentar lá para o dia 15 de outubro. Neste ano, o movimento começou mais cedo."

Na TAP, o diretor de marketing para o Brasil, Carlos Antunes, diz que há, sim, assentos disponíveis para novembro e dezembro nos vôos para Portugal. A ocupação está rondando 80% nas partidas de São Paulo e Rio de Janeiro. Ele destaca, porém, que nos assentos de tarifas mais baixas já não há lugar. "Mas os lugares que temos também não são de preços exorbitantes", afirmou. Ele afirma que, na TAP, a procura está dentro do normal.

Maior operadora do país, a CVC tranqüiliza: está com uma média de 50% de ocupação em seus pacotes para o final de ano, segundo seu vice-presidente comercial, Valter Patriani. O número é semelhante ao do início de outubro do ano passado. "Há muitos pacotes disponíveis para todos os destinos para o final do ano e verão", afirmou. Inclusive para a Europa, destino que tem apresentado uma maior dificuldade de reserva com menor antecedência ao longo deste ano.

As vendas aumentaram 20% neste ano, afirma Patriani, mas a oferta também cresceu no mesmo ritmo. A crise da Varig não chegou a afetar a operadora, que trabalha majoritariamente com vôos fretados da TAM --em pacotes nacionais.

Na agência Vivere Viagens, seu diretor, Renato Duarte, afirma que cerca de 60% dos pacotes para o exterior para a alta temporada foram vendidos em meados de agosto, e as poucas vagas restantes estão com valores muito altos.

Destinos mais procurados

Na TAM, os destinos mais procurados para o final do ano são Salvador, Confins (MG), Curitiba, Porto Alegre e Brasília. A companhia ressalta que há também grande busca pelo Rio, mas que, como há vôos de meia em meia hora de São Paulo, a reserva não precisa se dar com tanta antecedência.

Patriani, da CVC, disse que os três destinos mais procurados da temporada de verão são Porto Seguro, Fortaleza e Natal. E afirma que o barateamento do dólar reduziu também o preço dos pacotes nacionais, pois o fretamento de aviões é pago em moeda americana. "O preço médio neste ano está 8% inferior ao dos pacotes do ano passado. Eu tenho casos em que o valor chega a estar 20% inferior neste ano", afirmou.

Cruzeiros

No caso dos cruzeiros --serão 11 navios na costa brasileira neste verão, contra 9 na temporada passada--, há poucas vagas para o Réveillon. Em algumas companhias, esse cruzeiro já está em lista de espera.

Na Costa, a ocupação para os cruzeiros dos dois navios que a companhia traz neste ano para o Brasil está em 86% em média --era de 75% nesta época do ano em 2005. "E nós estamos com uma oferta de cabines 38% maior para esta temporada", lembra René Hermann, diretor-presidente da Costa no Brasil.

A MSC, que traz dois navios ao país neste ano, informa que 60% da ocupação está reservada ou comprada. "Para Natal e Réveillon, posso dizer que estamos com os últimos lugares [disponíveis]", disse Adrian Ursilli, diretor comercial da companhia para o Brasil.

O Réveillon também está "praticamente lotado" nos navios que a Sun&Sea está trazendo, nas palavras de seu diretor, Eduardo Vampré Nascimento. "Nossa média de ocupação está em 60% e as vendas estão 15% maiores do que para essa mesma época do ano passado", diz. A ocupação média dos cinco navios que a CVC traz neste ano ao Brasil está em 50%.

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