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12/10/2006
-
08h41
Enviado especial da Folha a Lisboa
Fast food é coisa que não vinga em Lisboa, tanto que o Outback, próximo ao cais Sodré, está fechado --e um dos raros McDonalds, diante da Antiga Confeitaria de Belém, não é lá muito disputado...
Numa cidade de 620 mil habitantes em que até a praça de alimentação do shopping center Vasco da Gama, no parque das Nações (www.parquedasnações.pt), reúne 40 minirrestaurantes --servindo desde sanduíches fresquinhos de leitão assado até arroz, feijão, ovinho frito e costeleta que parecem caseiros, além de comida asiática, portuguesa, brasileira e uruguaia--, achar iguarias não exige grandes ginásticas.
Em qualquer tasca anônima, é difícil errar; idem nos locais mais sofisticados, onde o padrão gastronômico costuma ser o da excelência.
Lisboa, boa de mesa
Voltando à Antiga Confeitaria de Belém (tel. local 21/363-7423), antiga mesmo, de 1837, as estrelas são os pastéis (de massa folheada tostada e recheio cremoso) e os doces conventuais, servidos das 8h às 23h num labirinto de salas e salinhas forrado de azulejos com cenas lisboetas delineadas em azul e branco. Parada típica para quem visita a torre de Belém e o mosteiro dos Jerônimos, essa doçaria da rua de Belém, 84/92, também serve minigarrafas de vinho e porto.
Entre os bares da capital, o talvez excessivamente turístico A Brasileira (tel. local 21/346-9541), no Chiado/Bairro Alto, fica na rua Garrett, 120-122, e abre das 8h às 2h. Há mesas internas (JK era habituê) e outras na calçada, onde fica uma estátua a lembrar o poeta Fernando Pessoa (1888-1935).
Do outro lado da rua, mais abaixo, a clássica livraria Bertrand do Chiado vale a visita.
Subindo cerca de quatro quadras, a tradicional Cervejaria Trindade (www.cervejariatrindade.pt; tel. local 21/342-3506), aberta das 9h às 1h30, é uma catedral turística e alegre das comidas lisboetas.
Na rua Nova Trindade, 20, esse antigo convento de 1294, que se tornou uma fábrica de cerveja em 1386, tem salões decorados com painéis de azulejos pintados por Luís Ferreira no século 19.
Entre as sopas, há caldo verde e creme de marisco. Os pratos à base de bacalhau e os grelhados vêm em fartas porções. Mas são os frutos do mar que distinguem o cardápio: na Trindade, há um pequeno frigorífico a exibir lagostins do tipo sapateira, caranguejos santola, ostras e camarões-tigre gigantescos, de Moçambique.
Chiquê nas alturas
Ainda no mesmo Bairro Alto, o restaurante Tavares (tel. local: 21/342-1112, reservas@tavaresrico.pt) é, como lembra o e-mail, para bolsos mais recheados. Num refinado salão repleto de espelhos --algo napoleônico-- alcançado ao subir uma escadaria respeitável, na rua da Misericórdia, 39, esse bistrô lusitano remonta a 1784 e prepara salada de camarão com alho e laranja, sopa fria gaspacho, peixes estufados com broa, lombo de porco com polenta e até bifes.
Na visita, o bacalhau à Brás, prato do dia servido de um réchaud, veio frio. Entre as sobremesas, o destaque foi a original sopa fria de pêssegos.
No Rato, em outra área da cidade, o sofisticado Casa da Comida, na travessa das Amoreiras, 1 (tel. local 213/885-376; www.casadacomida.pt), não abre aos domingos o dia todo, nem aos sábados e segundas à hora do almoço. O ambiente é o de uma casa aristocrática, com pátio interno, decorado com móveis antigos e porcelanas da Companhia das Índias. Já a comida, contemporânea, resulta um pouco pomposa --e minimalista! Experimente os raviólis recheados com crustáceos.
Outro local chique é o restaurante Casa do Leão, no castelo de São Jorge (tel. local 213/887-5952), que serve comida portuguesa tradicional.
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Giro Luso: Degustar bom sabor lisboeta equivale a provar do melhor
SILVIO CIOFFIEnviado especial da Folha a Lisboa
Fast food é coisa que não vinga em Lisboa, tanto que o Outback, próximo ao cais Sodré, está fechado --e um dos raros McDonalds, diante da Antiga Confeitaria de Belém, não é lá muito disputado...
Folha Imagem |
Veleiros na doca de Santo Amaro, na Frente Ribeirinha |
Em qualquer tasca anônima, é difícil errar; idem nos locais mais sofisticados, onde o padrão gastronômico costuma ser o da excelência.
Lisboa, boa de mesa
Voltando à Antiga Confeitaria de Belém (tel. local 21/363-7423), antiga mesmo, de 1837, as estrelas são os pastéis (de massa folheada tostada e recheio cremoso) e os doces conventuais, servidos das 8h às 23h num labirinto de salas e salinhas forrado de azulejos com cenas lisboetas delineadas em azul e branco. Parada típica para quem visita a torre de Belém e o mosteiro dos Jerônimos, essa doçaria da rua de Belém, 84/92, também serve minigarrafas de vinho e porto.
Entre os bares da capital, o talvez excessivamente turístico A Brasileira (tel. local 21/346-9541), no Chiado/Bairro Alto, fica na rua Garrett, 120-122, e abre das 8h às 2h. Há mesas internas (JK era habituê) e outras na calçada, onde fica uma estátua a lembrar o poeta Fernando Pessoa (1888-1935).
Do outro lado da rua, mais abaixo, a clássica livraria Bertrand do Chiado vale a visita.
Subindo cerca de quatro quadras, a tradicional Cervejaria Trindade (www.cervejariatrindade.pt; tel. local 21/342-3506), aberta das 9h às 1h30, é uma catedral turística e alegre das comidas lisboetas.
Na rua Nova Trindade, 20, esse antigo convento de 1294, que se tornou uma fábrica de cerveja em 1386, tem salões decorados com painéis de azulejos pintados por Luís Ferreira no século 19.
Entre as sopas, há caldo verde e creme de marisco. Os pratos à base de bacalhau e os grelhados vêm em fartas porções. Mas são os frutos do mar que distinguem o cardápio: na Trindade, há um pequeno frigorífico a exibir lagostins do tipo sapateira, caranguejos santola, ostras e camarões-tigre gigantescos, de Moçambique.
Chiquê nas alturas
Ainda no mesmo Bairro Alto, o restaurante Tavares (tel. local: 21/342-1112, reservas@tavaresrico.pt) é, como lembra o e-mail, para bolsos mais recheados. Num refinado salão repleto de espelhos --algo napoleônico-- alcançado ao subir uma escadaria respeitável, na rua da Misericórdia, 39, esse bistrô lusitano remonta a 1784 e prepara salada de camarão com alho e laranja, sopa fria gaspacho, peixes estufados com broa, lombo de porco com polenta e até bifes.
Na visita, o bacalhau à Brás, prato do dia servido de um réchaud, veio frio. Entre as sobremesas, o destaque foi a original sopa fria de pêssegos.
No Rato, em outra área da cidade, o sofisticado Casa da Comida, na travessa das Amoreiras, 1 (tel. local 213/885-376; www.casadacomida.pt), não abre aos domingos o dia todo, nem aos sábados e segundas à hora do almoço. O ambiente é o de uma casa aristocrática, com pátio interno, decorado com móveis antigos e porcelanas da Companhia das Índias. Já a comida, contemporânea, resulta um pouco pomposa --e minimalista! Experimente os raviólis recheados com crustáceos.
Outro local chique é o restaurante Casa do Leão, no castelo de São Jorge (tel. local 213/887-5952), que serve comida portuguesa tradicional.
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