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25/01/2007
-
09h02
Editor de Turismo da Folha de S.Paulo
Bogotá é "chévere!", gíria local para "legal": uma metrópole aprazível de 7 milhões de habitantes onde, a despeito dos conflitos armados no país, iniciados em 1964 com o advento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, e da imagem midiática, há hoje, seguramente, menos violência urbana organizada do que nas grandes capitais brasileiras.
Edificada com prédios pétreos e passadistas a 2.640 m de altitude, a capital colombiana é a quarta mais populosa cidade sul-americana --atrás, aliás, de São Paulo, Rio e Buenos Aires.
Fundada em 1538, Bogotá de Santa Fé tem temperatura média anual de 14 ºC e se agita limitada pela cordilheira, cujo ponto alto é o Montesserrat, 3.200 m acima do nível do mar.
O centro histórico é o bairro da Candelária, mais popular, e as regiões dos glutões e do comércio chique se chamam La Cabrera e zona Rosa (onde há bons restaurantes como Balzac, na Calle 83, 12-19; tel.: 00/ xx/57/1/610-6206; H. Sasson, na Calle 83, 12-49; e Pesqueria Jaramillo, no parque La 93, calle 93A, 11A-31; tel.: 00/xx/57/ 1/256-5494).
Com uma praça maior (atual praça Bolívar) e um traçado urbano regular herdado dos espanhóis, tem "calles" e "carreras", que são vias transversais que se estendem de sul a norte.
Os "tigúrios", que são como os bogotanos chamam as favelas, nada "chévere!", ficam na direção oposta à da cordilheira.
Genericamente, diz-se que são dois os estilos arquitetônicos predominantes na capital colombiana: o colonial, mais espanhol, e o republicano, eclético, de inspiração européia.
No bairro da Candelária, onde está a alma da cidade, há prédios públicos, bibliotecas, tabernas, teatros e museus, com destaque para o Donacíon Botero (www.lablaa.org/museobotero.htm), dentro de antiga sede da Casa da Moeda/ Banco da República (na Calle 11, 4-41; tel.: 00/xx/57/1/343-1393).
Na pinacoteca que leva o nome do doador, o pintor Fernando Botero, há obras do artista, conhecido pela representação de figuras "gordas" --e que, nascido em Medellín, tem 74 anos e mora na Itália.
"Procurei adquirir inicialmente quadros que estavam próximos da minha sensibilidade", declarou o pintor, "mas, ao contemplar a possibilidade de formar um acervo e dedicá-lo à Colômbia, decidi dar à coleção caráter didático".
Além de óleos e desenhos, as esculturas que Botero amealhou podem ser confrontadas a qualquer coleção internacional de arte contemporânea.
Entre os autores das obras expostas no museu Donación Botero figuram Marc Chagall, Lucien Freud, Klimt, Fernand Léger, Francis Bacon, De Chirico, Toulouse-Lautrec, Max Ernst, Vuillard, Kokoschka, Calder, Georg Grosz, Henry Moore e Alberto Giacometti.
Ainda no bairro da Candelária, onde vale a pena passear horas a fio, há o teatro Colón, o parque Palomar del Príncipe, a igreja jesuítica de Santo Inácio. A política e as manifestações pulsam na praça Bolívar --esta limitada pelo palácio presidencial, o Capitólio, a catedral e o palácio da Justiça.
Acervos nacionais
Outro acervo sem paralelo está no museu Nacional (www.museonacional.gov.co, na Carrera 7, 28-66; tel.: 00/xx/57/1/334-8366), o museu-palácio a reunir desde objetos pré-colombianos até obras menos conhecidas, saídas do cavalete do próprio Botero nos anos 1950 e 1960.
Aberto em 1824 em estilo colonial para ser uma fortaleza e uma prisão, tem, por exemplo, mapas, moedas, vestuário de época, armamentos, obras clássicas e contemporâneas. Por trás de sua fundação está o próprio Simón Bolívar (1783-1830), alcunhado "o Libertador", que em 1821, investido da presidência da República, enviou para a Europa o seu vice Antonio Zea, cuja missão era obter apoio econômico.
Bolívar, herói nacional colombiano --e igualmente reverenciado como figura histórica e política emblemática na Venezuela "socialista bolivariana" de Hugo Chávez--, teve sua casa bogotana, onde morou esparsamente ao longo de dez anos contando a partir de 1821, transformada num singelo museu (www.quintadebolivar.gov.co), que fica na Calle 20, número 2-91 (tel.: 00/xx/57/ 1/284-6819).
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Colômbia: Museus sintetizam riquezas de Bogotá
SILVIO CIOFFIEditor de Turismo da Folha de S.Paulo
Bogotá é "chévere!", gíria local para "legal": uma metrópole aprazível de 7 milhões de habitantes onde, a despeito dos conflitos armados no país, iniciados em 1964 com o advento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, e da imagem midiática, há hoje, seguramente, menos violência urbana organizada do que nas grandes capitais brasileiras.
Edificada com prédios pétreos e passadistas a 2.640 m de altitude, a capital colombiana é a quarta mais populosa cidade sul-americana --atrás, aliás, de São Paulo, Rio e Buenos Aires.
Fundada em 1538, Bogotá de Santa Fé tem temperatura média anual de 14 ºC e se agita limitada pela cordilheira, cujo ponto alto é o Montesserrat, 3.200 m acima do nível do mar.
O centro histórico é o bairro da Candelária, mais popular, e as regiões dos glutões e do comércio chique se chamam La Cabrera e zona Rosa (onde há bons restaurantes como Balzac, na Calle 83, 12-19; tel.: 00/ xx/57/1/610-6206; H. Sasson, na Calle 83, 12-49; e Pesqueria Jaramillo, no parque La 93, calle 93A, 11A-31; tel.: 00/xx/57/ 1/256-5494).
Com uma praça maior (atual praça Bolívar) e um traçado urbano regular herdado dos espanhóis, tem "calles" e "carreras", que são vias transversais que se estendem de sul a norte.
Os "tigúrios", que são como os bogotanos chamam as favelas, nada "chévere!", ficam na direção oposta à da cordilheira.
Genericamente, diz-se que são dois os estilos arquitetônicos predominantes na capital colombiana: o colonial, mais espanhol, e o republicano, eclético, de inspiração européia.
No bairro da Candelária, onde está a alma da cidade, há prédios públicos, bibliotecas, tabernas, teatros e museus, com destaque para o Donacíon Botero (www.lablaa.org/museobotero.htm), dentro de antiga sede da Casa da Moeda/ Banco da República (na Calle 11, 4-41; tel.: 00/xx/57/1/343-1393).
Na pinacoteca que leva o nome do doador, o pintor Fernando Botero, há obras do artista, conhecido pela representação de figuras "gordas" --e que, nascido em Medellín, tem 74 anos e mora na Itália.
"Procurei adquirir inicialmente quadros que estavam próximos da minha sensibilidade", declarou o pintor, "mas, ao contemplar a possibilidade de formar um acervo e dedicá-lo à Colômbia, decidi dar à coleção caráter didático".
Além de óleos e desenhos, as esculturas que Botero amealhou podem ser confrontadas a qualquer coleção internacional de arte contemporânea.
Entre os autores das obras expostas no museu Donación Botero figuram Marc Chagall, Lucien Freud, Klimt, Fernand Léger, Francis Bacon, De Chirico, Toulouse-Lautrec, Max Ernst, Vuillard, Kokoschka, Calder, Georg Grosz, Henry Moore e Alberto Giacometti.
Ainda no bairro da Candelária, onde vale a pena passear horas a fio, há o teatro Colón, o parque Palomar del Príncipe, a igreja jesuítica de Santo Inácio. A política e as manifestações pulsam na praça Bolívar --esta limitada pelo palácio presidencial, o Capitólio, a catedral e o palácio da Justiça.
Acervos nacionais
Outro acervo sem paralelo está no museu Nacional (www.museonacional.gov.co, na Carrera 7, 28-66; tel.: 00/xx/57/1/334-8366), o museu-palácio a reunir desde objetos pré-colombianos até obras menos conhecidas, saídas do cavalete do próprio Botero nos anos 1950 e 1960.
Aberto em 1824 em estilo colonial para ser uma fortaleza e uma prisão, tem, por exemplo, mapas, moedas, vestuário de época, armamentos, obras clássicas e contemporâneas. Por trás de sua fundação está o próprio Simón Bolívar (1783-1830), alcunhado "o Libertador", que em 1821, investido da presidência da República, enviou para a Europa o seu vice Antonio Zea, cuja missão era obter apoio econômico.
Bolívar, herói nacional colombiano --e igualmente reverenciado como figura histórica e política emblemática na Venezuela "socialista bolivariana" de Hugo Chávez--, teve sua casa bogotana, onde morou esparsamente ao longo de dez anos contando a partir de 1821, transformada num singelo museu (www.quintadebolivar.gov.co), que fica na Calle 20, número 2-91 (tel.: 00/xx/57/ 1/284-6819).
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