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Hitler rendeu Leão de Ouro à Folha; veja propagandas que marcaram época
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DE SÃO PAULO
Ao longo de seus 90 anos, a "Folha de S.Paulo" investiu em propagandas que não apenas divulgavam sua marca, mas firmavam slogans e tinham grande impacto popular.
Com referências que vão de Adolf Hitler ao topete do presidente Itamar, passando por grandes nomes da TV brasileira como Fernanda Torres, a Folha se renovou e inovou no mercado da publicidade, recebendo prêmios de prestígio, como o Leão de Ouro.
Uma das mais marcantes propagandas começava com um pequeno ponto preto na tela da TV e narravas as proezas de um homem. Em alguns segundos, centenas de outros pontos formavam um retrato em branco e preto de Hitler e o narrador alertava: "É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade. Por isso é preciso tomar muito cuidado com a informação no jornal que você recebe. Folha de S.Paulo, o jornal que mais se compra e o que nunca se vende".
O filme, feito pela agência W/Brasil, ganhou inúmeros prêmios de propaganda em 1988, inclusive o Leão de Ouro no Festival de Cannes, o mais importante de todos.
Em 2004, a Folha faz uma homenagem aos 20 anos da campanha Diretas Já, da qual participou ativamente. Um anúncio criado pela agência LewLara compara a evolução do movimento pelas eleições diretas, com a batalha entre o exército do povo e o Exército do governo militar. O narrador conta como o povo, que lutou unido e com o coração, foi invencível. "A campanha que não mudou apenas um jornal, mudou um país", afirma o anúncio.
A parceria entre a Folha e a W/Brasil rendeu mais uma propaganda de sucesso. No comercial "Os Presidentes", o ator Luis Gustavo empresta sua irreverência para resumir quase 50 anos de presidentes do Brasil --de Getúlio Vargas ("foi um bafafá") a Fernando Henrique Cardoso ("que tá aí, querendo ficar mais um pouquinho").
"Bom, é basicamente isso", conclui.
Há exatos dez anos, a Folha comemorou seus 80 anos inovando mais uma vez sua publicidade. Em um anúncio criado pela W/Brasil, a Folha convidou alguns dos maiores nomes do mundo das artes para explicar como toda coisa tem vários lados. Fernanda Torres, rosto das propagandas de 2010, aparece em poses de contorcionista em "A Coisa".
Ao longo dos seus 90 anos, a Folha mudou de cara diversas vezes. Em 2006, uma reforma gráfica repensou o visual do jornal para permitir uma leitura mais dinâmica e maior uso de fotos e infográficos. Para traduzir este conceito ao público, o jornal mostrou seus principais colunistas se arrumando para ficarem mais bonitos. "O maior jornal do país está mais bonito e mais gostoso de ler", garante o narrador, que encerra com um dos slogans mais famosos da Folha: "Não dá para não ler".
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