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19/11/2010 - 14h09

Estudante critica desvalorização do cinema nacional com humor e vence concurso

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MAYRA MALDJIAN
DE SÃO PAULO

"Nacional não é gênero", explica a moça que trabalha na bilheteria do cinema, poucos segundos antes de ser xavecada pelo cliente que diz gostar de "drama, de comédia, terror, nacional...".

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Com uma dose de humor, "Final Feliz", filme vencedor do concurso cultural "Brasil em Cartaz", joga luz em uma questão curiosa. Os filmes produzidos por aqui, apesar dos diversos gêneros nos quais podem ser classificados, ainda ocupam a categoria "nacional" nas prateleiras brasileiras.

"Um professor meu da faculdade sempre fala sobre isso nas aulas. Oras, existem nacionais de romance, comédia, drama...", explica Beatriz Crespo, 21, a roteirista do curta-metragem.

O filme estreou nas salas da Rede Cinemark em 8 de novembro, quando começou o evento "Projeta Brasil Cinemark 2010" (com sessões de nacionais a R$ 2), e deve ficar em cartaz até ser visto por um milhão de espectadores.

Realizado há dois anos, o concurso é aberto aos estudantes de cinema do Brasil e premia os roteiros que melhor abordam a valorização do cinema nacional.

Hilmar Carrer/Divulgação
O filme "Final Feliz" na tela do Cinemark
O filme "Final Feliz" na tela do Cinemark

Beatriz foi uma dos 174 universitários que inscreveram seus roteiros nessa segunda edição. Aluna do terceiro ano do curso de audiovisual da USP (Universidade de São Paulo), ficou entre os "top 10" na eliminatória. No júri, estavam diretores como Laís Bodanzky e as produtoras Carla Esmeralda e Iafa Britz.

Ao ser classificada, ganhou R$ 30 mil para colocar sua história em prática no período de três semanas. "O resto foi na base do 'se vira', o que é ótimo, para a gente ter noção real do que é uma produção dessas", conta.

"Final Feliz" foi gravado no Cinemark do shopping Market Place, depois da última sessão. "Chegamos às 22h, começamos a gravar às 3h e terminamos tudo às 7h", lembra. "Tivemos que descarregar os equipamentos nas docas do shopping e subir tudo aos poucos de elevador". Dos câmeras aos atores, a equipe foi formada por colegas de classe e da Escola de Artes Dramáticas da universidade.

Além de ter seu filme exibido em diversas salas da Rede Cinemark, Beatriz ganhou R$ 10 mil em dinheiro. "Vou guardar esse prêmio para fazer meu TCC (trabalho de conclusão de curso) no ano que vem. Quero fazer um longa-metragem", conta.

 
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