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Repórter do Folhateen fala sobre a experiência de cobrir um protesto de estudantes
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IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO
Não é legal levar um tiro de borracha na testa. Dói. Na verdade, dói muito.
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Filmava um protesto para uma reportagem especial do caderno Folhateen, quando percebi um princípio de confusão com a polícia: alguém estava sendo preso.
Policiais empunhando espingardas carregadas com balas de borracha tentavam afastar os manifestantes, que apontavam dedos e pediam a libertação do colega. Confusão armada.
Disparando tiros a torto e a direito, conseguiram, em parte, dispersar as pessoas, que, com raiva, começaram a quebrar tudo ao redor.
A solução? Bombas de efeito moral. Essas, sim, são assustadoras. Todos correram, enquanto os disparos continuavam.
Quando me virei para tentar captar a cena, "paft", levei uma bala na testa. Como repórter não é herói, corri e me abriguei em uma galeria.
A adrenalina baixou, o galo na testa cresceu, respirei fundo e fui fazer o meu trabalho: perguntar a um policial (será que ele que atirou em mim?) informações oficiais sobre o ocorrido.
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