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27/06/2011 - 09h20

Onda retrô populariza Instagram, mas preço do iPhone atrapalha

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ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DIOGO BERCITO
IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Click! A blogueira Bruna Vieira, 17, gosta de sapatos coloridos, anel e céu azul. Acorda de manhazinha e, antes de ir para a escola, tira um montão de fotos de tudo isso.

Usuário pioneiro reclama da popularização

Plim! Depois de aplicar um efeito bem retrô na imagem, para deixá-la com cara de álbum de retratos da vovó, Bruna corre para postar o resultado na internet. Diretamente enviado do seu iPhone.

Ela é um dos cinco milhões de adeptos do Instagram pelo mundo (a quantidade por país não é divulgada). Nessa rede social, o "cool" é envelhecer a foto por meio de várias ferramentas, dando ar antigo à imagem. Também é possível compartilhar o retrato em vários cantos da web, como Twitter e Facebook.

Bruna é de Leopoldina (MG), com 50 mil habitantes e nenhum cinema. "Nunca comi ou vi um cupcake. Sou da roça!", brinca sobre a moda de "subir" fotos de bolinhos mais coloridos do que bloco de Carnaval.

Um dos criadores do aplicativo, que existe desde 2010, é o paulista Mike Krieger, 24. Seu nome de verdade é Michel e ele foi estagiário da Microsoft nos EUA, onde fez faculdade.

Reprodução
Uma das fotos publicadas nos últimos meses no Tumblr "Pobregram", que satiriza o aplicativo de iPhone Instagram crédito: Reprodução ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Fotos publicadas no tumblr "Pobregram", que satiriza o aplicativo de iPhone Instagram

Guri em São Paulo, ele tinha "uma câmera super simples, sem flash. A foto saía bem parecida com as do Instagram".

Por enquanto, nem todo mundo pode brincar com o app de Mike. Ele só está disponível para quem pode bancar um iPhone --ele não roda em outros smartphones.

Bruna, por exemplo, pagou "quase R$ 1.800" pelo seu iPhone. Com ele, virou sensação na sua cidadezinha. "Todos ficam babando e pedindo para mexer um pouquinho."

Pof! O preço do iPhone é um soco no bolso da maioria dos brasileiros. Por isso, o Instagram ainda é para poucos. "É meio elitizado... Mais seletivo", reconhece Bruna.

Para o publicitário George Macêdo, 25, "parte dos usuários acaba ostentando, ainda que sem intenção". Em suma: usar Instagram dá status.

"É 'hipster'. Algumas pessoas querem mesmo é vender um estilo de vida", diz.

Daí, George saiu chutando portas com o tumblr-paródia Pobregram. Cheio de ironia, o site reúne imagens "para mostrar o que seria do aplicativo se ele fosse acessível a todos", segundo seu criador.

E dá-lhe foto de PF (prato feito), festa na laje e salgadinhos daqueles que se compra por R$ 1 nas bancas ("flagrantes" nas imagens abaixo).

EXPANSÃO

No escritório do Instagram, até hoje só trabalham outras três pessoas além de Mike.

O quarteto tem planos de expansão. A ideia é lançar versões para internet e Android (concorrente do iPhone) ainda neste ano. Afinal, quanto mais "instagrameiros", como ele chama os fãs do app, melhor.

 
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