Você sabe as diferenças entre bruxas boas e más? A 'Folhinha' explica
Amanhã, dia 31 de outubro, é comemorado no Brasil o Halloween ou o Dia das Bruxas.
Crianças (e adultos) vestem fantasias de fantasmas e monstros para participar de festas e assustar quem estiver por perto.
Em 1997, a 'Folhinha' publicou uma reportagem sobre a origem desse dia e sobre como, na Idade Média, era possível diferenciar uma bruxa boa de uma bruxa má.
Confira na íntegra.
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Bruxos se espalham pelo mundo
No dia 31 de outubro é comemorado o Hallowen, nos Estados Unidos e no Brasil, o Dia das Bruxas.
Essa festa nasceu entre os celtas (antigo povo europeu) e marca a virada de ano dos druidas (sacerdotes dos celtas). Para os celtas, o 1º de novembro é o primeiro dia do ano e o Dia do Deus Sol. Eles acreditavam que na mudança de ano eram abertas portas de ligação entre o reino dos mortos e o reino dos vivos.
Imigrantes escoceses e irlandeses levaram a tradição para os EUA, no século 19. As crianças americanas saem às ruas, como bruxas e fantasmas, pedindo doce nas casas.
As poções das bruxas do mal
As bruxas faziam poções para ganhar dinheiro, amor ou beleza. Em troca, pediam parte da alma da pessoa. Quando a vítima aceitava o pacto, elas faziam com que perdesse tudo. Assim, era preciso voltar a sua casa e pedir mais poções.
Aos poucos, as bruxas roubavam a alma inteira do cliente. Quem fosse atacado por uma bruxa má deveria procurar uma bruxa boa para aprender um segredo: quem fazia o mal ganhava outro. O feitiço se virava contra o feiticeiro.
Marisa Cauduro/Folhapress | ||
Foto publicada em 25 de outubro de 1997: Myra Miguez, fantasiada de bruxa, e Ricardo Moran, com fantasia de espantalho |
Bruxas são do mal ou do bem?
"A magia tanto pode ser usada para bem como para o mal", assim diziam os antigos irlandeses, antes do início do caça às bruxas, que começou na Idade Média.
Para saber se uma bruxa praticava a magia branca, bastava olhar para sua casa. Flores, borboletas, animais de estimação e limpeza eram sinais de bondade. Sujeira, sapos, aranhas, mato e espinhos, sinais de maldade.
Quando alguém tentava prejudicar uma bruxa do bem, ela pedia aos seres mágicos que ensinassem bondade ao inimigo. Antes, pregava peças: virava suas roupas do avesso, prendia seu pé numa pegada, para ele aprender que ser bom não é ser bobo.
As bruxas do bem estudavam as ervas para curar doentes, ouviam conselho dos espíritos das árvores, sabiam ver o futuro observando o voo dos pássaros.
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