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07/08/2010 - 12h01

Palavras e imagens de Roger Mello e Eva Furnari

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PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
GABRIELLA MANCINI
ENVIADAS ESPECIAIS A PARATY (RJ)

Quando a escritora Eva Furnari quer inventar histórias, sua cabeça vira um cinema. Busca um lugar bem quieto, desliga rádio e TV, fecha os olhos, e mergulha em sua cabeça como se ela fosse um cineminha. "Ali é como se eu entrasse em contato com o mundo dos sonhos. Só que eu me lembro do sonho, estou acordada e não viajo tanto." A criação, para ela, é sempre um momento de silêncio e de contato com si mesma.

Veja a cobertura completa da Flip 2010

Eva contou essa história no encontro que aconteceu dia 6 de agosto na Flipinha, braço infantil da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). Além dela, o escritor e ilustrador Roger Mello conversaram sobre "Quando imagem e texto contam uma história".

Roger já ilustrou mais de cem livros e é bastante premiado. Eva está completando 30 anos de carreira e tem 57 obras publicadas.

Na conversa com as crianças em Paraty, eles falaram sobre o que vem primeiro, imagem ou palavra?

"Para mim depende", respondeu Roger. "Às vezes a imagem vem primeiro. Sendo que a palavra é uma imagem também."

Para Eva também varia, mas ela acha mais difícil lidar com as palavras do que com a imagem. "Tem certas coisas muito difíceis de escrever porque são visuais. Lidar com as palavras é uma arte, é difícil, a gente faz e refaz o texto, exige muita dedicação", completou.

Roger contou sobre a importância que o livro teve para a sua geração. "Alguns eram proibidos, pessoas eram presas por terem escrito esses livros, então vi como é poderoso esse objeto." Falou também sobre como criou o livro "João Por Um Fio", resultado de uma viagem que fez ao Peru.

Roger é um grande admirador do trabalho de Eva Furnari e também fez perguntas a ela. Quis saber como nasceu o personagem Godofredo, que é "meio ogro", segundo Roger.

"Ele veio num momento de silêncio também. Ele é um ogro, mesmo. Eu sempre tenho esses dois lados, de ogro, de criar tipos estúpidos, e de criar meninas muito delicadas também. Acho que é um conflito que tenho em mim, porque quando sou grossa falo: 'Nossa, meu deus!'. E quando sou muito delicada falo: 'Por favor, seja mais estúpida.' [Risos]."

No final, Eva e Roger vestiram uma luva mágica e desenharam em dupla. Começou com uma bruxa, que logo virou um príncipe e se casou com uma "rinoceronta". As crianças também foram convidadas a participar da criação coletiva.

O resultado ficou assim:

Gabriella Mancini/Folhapress
Roger Mello e Eva Furnari
Roger Mello (à esq.) e Eva Furnari (à dir.) mostram resultado da criação coletiva durante a Flipinha, em Paraty
 

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