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Exposição mostra os bastidores dos 25 anos de animação da Pixar
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ANDREIA LEDIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Divulgação |
Woody em seus primeiros traços |
Você já parou para pensar sobre como surgiram os primeiros traços do caubói Woody e do astronauta Buzz Lightyear, os brinquedos do longa-metragem "Toy Story"?
Ou como foi criada a história de "Monstros S.A."? Já se perguntou como foi desenvolvido o super-herói Senhor Incrível, da animação "Os Incríveis"?
Todas essas curiosidades por trás de animações computadorizadas de grande sucesso, como "Vida de Inseto", "Procurando Nemo" e "Carros", podem ser conferidas na exposição "Pixar: 25 anos de Animação", que proporciona um olhar revelador sobre o processo de produção do renomado estúdio de animação da Pixar.
A exibição --que começou no dia 31 de julho deste ano e segue até 9 de janeiro de 2011-- acontece no Museu de Oakland, na Califórnia (EUA).
O espaço conta com mais de 500 trabalhos de animadores e artistas do estúdio, incluindo desenhos a lápis, pinturas em acrílico, guache e aquarela,
Divulgação |
Buzz Lightyear antes de poder voar |
Tem ainda esculturas que formam a espinha dorsal das imagens geradas por computador, que dão vida a personagens cativantes como o ratinho Rémy, o peixe-palhaço Nemo ou o garotinho explorador da natureza Russell.
Um dos destaques da exposição é o divertido Pixar Zoetrope, um dispositivo tridimensional que mostra uma rápida sucessão de imagens com os personagens do filme "Toy Story", criando a representação fantástica de movimento como em uma cena de filme.
Passo a passo
Na mostra, os visitantes podem conferir as várias etapas na elaboração de uma animação.
Primeiro, o roteiro é desenvolvido, ou seja, a história é escrita. Em seguida, é hora de transformar as palavras do roteiro em imagens. Storyboards são desenhados para ajudar a contar a história visualmente. O storyboard (story significa história e board pode ser um quadro) é o nome dado ao roteiro desenhado em uma espécie de quadrinhos.
O terceiro passo é transformar os storyboards em uma animação "teste", que permite aos cineastas fazer ajustes nas seqüências da animação.
Daí os atores são reunidos para gravar as vozes, dando "vida" aos personagens.
Em seguida, é a vez do departamento de arte trabalhar o visual da história, ilustrando cada detalhe dos personagens e dos cenários.
Depois, os personagens, cenários e adereços são esculpidos à mão e digitalizados em três dimensões, ou modelados em 3D (diretamente no computador). Em seguida, são criadas dobradiças nos personagens, que permitem ao animador movimentar o objeto. Para o personagem Woody, por exemplo, foram criados 100 dobradiças para garantir expressões à sua face.
Adiante, o cenário é "vestido", ou seja, são construídos em 3D suportes como cadeiras, cortinas e brinquedos para criar um mundo parecido com o real. Aí começa a etapa de coreografar os movimentos e expressões faciais em cada cena. Isso é feito usando os controles do computador. E ainda tem o sombreamento e a iluminação de personagens e cenários.
A parte final é traduzir as informações do computador --conjuntos, cores, movimento dos personagens-- em um único quadro de filme. Essa etapa é chamada de renderização. Toques finais são adicionados e finalmente o filme está pronto.
Divulgação |
Edna antes de ganhar movimento |
Para Elyse Klaidman, curadora do estúdio Pixar e diretora da Universidade de Artes da Pixar, o objetivo da exposição é aproximar o público do processo de elaboração dos filmes e, principalmente, destacar a importância da imaginação e das habilidades criativas para fazer uma animação.
"As pessoas pensam o mundo da Pixar como algo distante. A maioria acredita que os filmes já começam diretamente no computador. Mas não é assim. Nossos artistas usam lápis e papel, canetas, colagem, argila e outras ferramentas. O que quero é motivar a criatividade, especialmente (mas não exclusivamente) em crianças. Nós queremos inspirá-las a desenvolver ainda mais esse lado mágico e lúdico", afirma.
Para Elyse, o segredo do sucesso dos filmes da Pixar é ser feito por pessoas que pensam e veem o mundo pelos olhos de uma criança. "O que verdadeiramente importa são as observações sobre o mundo e a forma de desenvolver e contar as histórias", conclui.
Ao visitar a exposição e explorar os detalhes das obras que dão origem aos filmes, a impressão é mesmo de que o estúdio de animação da Pixar é uma grande brincadeira de criança, mas feita por gente grande!
Mais informações sobre a exposição em http://museumca.org/exhibit/pixar-25-years-animation
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