Se eu fosse um celular, pesaria o mesmo que você

Mariana Massarani

Se eu fosse um celular

O primeiro celular não era nada portátil:criado nos anos 40 nos Estados Unidos, pesava 36 kg -quase o mesmo que você.

Só em 1973 surgiu um telefone que dava para levar de um lado para o outro. Mas ainda era peso-pesado: tinha 2 kg, equivalentes a dois sacos de açúcar.

A primeira ligação desse telefone foi feita pelo seu inventor, Martin Cooper, a seu rival Joel Engel. Imagine a "surpresa" de Engel, né? Desenvolver o portátil saiu caro: cerca de R$ 1,8 milhão. Só em 1990 o celular chegou ao Brasil.

E, se você é desses que adora mandar uma mensagem, saiba que isso só foi possível a partir de 1993 -e primeiro só na Finlândia.

O celular funciona assim: transforma a voz da pessoa (que são ondas sonoras) em ondas eletromagnéticas.

Estas, por sua vez, são transmitidas para receptores e transmissores, que recebem e retransmitem tais ondas, até chegarem a outro celular, no qual as ondas são novamente transformadas em sonoras.

Mariana Massarani

Se eu fosse um celular

MIADO DO GATO

É como se fosse um gato bem grande, que tem o rabo nas suas mãos e a cabeça na casa de seu amigo, com quem você está falando. Você puxa o rabo do gato, e seu amigo ouve o miado. A diferença é que aqui não tem o gato!

As ondas emitidas pelos celulares são similares às do micro-ondas. Por isso há quem alerte sobre o risco de contrair doenças, como câncer de cérebro, pelo uso excessivo do celular. Há um estudo, por exemplo, que mostra que pessoas que falam no celular todo dia por 30 minutos, ao longo de dez anos, têm mais chances de ter a doença.

Mariana Massarani

Se eu fosse um celular

Na dúvida, use o aparelho por meio de viva voz ou de dispositivos como aqueles usados por adultos quando estão dirigindo, que deixam as mãos livres.

ALÔ!

Há 4,6 bilhões de usuários de celular no mundo. No Brasil, são 203 milhões, mais de um celular por habitante. Em Salvador, a média é de 1,5 aparelho por pessoa! Muitos celulares funcionam com um cartão SIM. É como uma identidade, que pode ser retirada de um aparelho e colocada em outro, com o mesmo número telefônico.