São Paulo, sábado, 3 de novembro de 2007

No rastro de casa

Leo Caobelli/Folha Imagem
BEATRIZ MILANE SANTOS, 12, que também se perdeu da mãe no supermercado


TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A praia está lotada, você foi brincar no mar e, na volta, cadê o guarda-sol azul dos seus pais? Ih, tem um monte igualzinho por lá! Nossa, você está perdido.
Nos feriados e no verão, quando há mais gente em praias e parques, é preciso cuidado redobrado para não se perder. E, para que o caminho de casa fique mais curto, pegue um atalho nas dicas do labirinto abaixo.
Henrique Gonzalez Storto, 7, passou um aperto quando estava com a família na praia. Foi só o menino se distrair um pouquinho, ir buscar água no mar, e pronto: cadê a mãe dele?
"Tentei ver se minha mãe estava acenando", diz. Mas não a achou. Bateu um medo, e o menino chorou um bocado. "Fiquei parado, e o papai me achou. Disse para eu não andar mais sozinho."
A mãe do Wallace Vieira da Silva Reis, 9, também já "sumiu" enquanto ele brincava. Estavam todos no parque Ibirapuera, em São Paulo, divertindo-se no último Dia da Criança.
Na hora de ir embora, começou a confusão. Ele foi procurar sua bola, e a mãe, beber água. E os dois acabaram se desencontrando. "Fui até o portão e fiquei um tempão esperando por ela, até que achei um guarda."
Ele foi parar num prédio onde ficam todas as crianças perdidas. Mas demorou três horas para a mãe encontrar o filho. "Na próxima vez, vou combinar de ficar no lugar onde me perdi."
Mas isso não aconteceu só com o Wallace, não. Em outubro, 51 crianças se perderam dos pais no parque Ibirapuera. E, só no dia em que o menino ficou perdido, houve 32 "sumidos".
O parquinho é o lugar em que isso mais acontece. "As crianças acabam se distraindo e perdem os pais de vista", explica o inspetor-chefe da Guarda Civil Metropolitana, Marcos dos Santos Queiroz.

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