São Paulo, sábado, 4 de outubro de 2008

Concurso

Desafio futurista

Finalistas do concurso imaginam um futuro em que estrelas viram veículos e máquinas transformam lixo em sementes

HELOISA PRIETO
ESPECIAL PARA A FOLHINHA

"Inverão" é o nome de um planeta imaginado por Bettina: lá, uma máquina transforma lixo em sementes. Já João sonhou com um brinquedo chamado Pteranodon, que voa e emite sons pré-históricos. Na hora de brincar, pensou Nathalia, nada como um par de sapatos a jato. Na escola, "os conteúdos serão transmitidos por um capacete magnético", escreveu Daniele.
O concurso da Folhinha "Daqui a Mil Anos" desafiou crianças a imaginar o futuro. Em outras palavras, a produzir textos de ficção científica. Isso significa pensar tanto nas origens do universo como no espaço desconhecido, o lugar do homem diante de criaturas diferentes, os E.T.s.
Quem escreve narrativas que acontecem no futuro nunca visitou mundos diferentes. Esse tipo de ficção fala de um sonho -ou pesadelo. Para criá-la, é preciso pensar no presente e, como a escritora Mary Shelley, refletir sobre descobertas científicas marcantes.
Os mestres da ficção científica foram ainda visionários (adivinhos do futuro). Julio Verne (1828-1905), por exemplo, vislumbrou em suas aventuras viagens à Lua. Isaac Asimov (1920-1992), em seus romances, inspirou as leis da robótica. H.G.Wells (1866-1946) falou de questões como a ameaça de guerra nuclear.
Já as crianças da Folhinha, quando imaginaram o futuro, foram otimistas. Quem sabe, como imaginou Pedro, os humanos visitarão as estrelas e as galáxias? Quem sabe falarão o idioma universal: ling ling ló, que, nas palavras de Iara, significa: "crescer e ser feliz"?


Heloisa Prieto é escritora, autora de livros como "Esconderijo" (Companhia das Letrinhas).

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