São Paulo, sábado, 5 de junho de 2010

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Vida de minhoca não é fácil...

Também não é tarefa simples criar o mundo desses seres na animação que tem estreia prevista para julho de 2011

Cristiano Censoni/Divulgação
O protagonista Júnior, em seu quarto, que lembra as formas da arquitetura de Gaudí

GABRIELA ROMEU
ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS (SC)

Se a vida debaixo da terra anda complicada para Júnior, protagonista da animação "Minhocas", nada está tão fácil também para uma equipe de cinema que vive aqui, na superfície.
É que, para contar a aventura desse "minhoco" (ou garoto), os diretores Paolo Conti e Arthur Nunes lideram 50 profissionais na produção do primeiro longa de animação brasileiro com a técnica de "stop motion".
A missão de Júnior é conseguir vencer a adolescência. Já os desafios de quem faz "Minhocas" são muitos outros. A equipe tem que ter fôlego de herói para encarar os números que envolvem a produção: quase cem cenários, centenas de bonecos e adereços e milhares de fotos.
Só para você ter uma ideia: para cada segundo de animação, são feitas pelo menos 24 fotos. Multiplicando esses segundinhos por uns 75 minutos, dá para dizer que os animadores do longa vão clicar bem mais de 100 mil fotos.
Debaixo da terra, o esporte da "minhocada" é o "minhocoball" (praticado com tatu-bola). De volta à superfície, a equipe "brinca" de animar (criar os movimentos) minhocas deslizando por patins, de fazer o Mr. Jumping (um herói da TV) saltar como se fosse mágica ou de dar vida a um vilão cheio de bracinhos.
Qual seria o vilão para o pessoal do estúdio da "minhocada"? Deve ser o tempo. Com o trabalho intenso de sete animadores, gravam uns quatro minutos da animação por mês. Mas tudo bem: os mocinhos sempre vencem no final.

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