São Paulo, sábado, 6 de setembro de 2003

PERFIL

O que pensam as crianças paulistanas

Três em cada dez entrevistados se preocupam com a miséria no mundo, e 27% de meninos e meninas já pensam seriamente na carreira que vão seguir no futuro

KATIA CALSAVARA
DA REDAÇÃO

Está certo e confirmado. Criança é assim mesmo. Gosta de bola, videogame, pega-pega, esconde-esconde. Mas não é só isso. Elas também se mostram preocupadas com os problemas sociais. Em pesquisa inédita, realizada pelo Datafolha em agosto, 329 crianças da cidade de São Paulo foram entrevistadas. Três em cada dez delas (29%) apontam a miséria e as conseqüências decorrentes da pobreza, como a fome e a falta de moradia, como os principais problemas atuais.
Veterinário ou advogado? O futuro profissional já preocupa as crianças. Ser jogador de futebol é o sonho de 7% dos que estudam em escolas públicas e de apenas 1% dos que estão nas particulares. Preparem-se modelos! Nas particulares, 4% das crianças querem ser estilistas de moda.
Que Super-Homem, que nada. Dos quadrinhos à sala de estar, o herói eleito pelas crianças é o pai, com 24%. A mãe foi citada como heroína por 19%. Desses números, entre os alunos das escolas públicas, a mãe é a maior heroína; nas particulares, é o pai.
Boneca, bicicleta. Não tem jeito. Brincar é mesmo a atividade predileta das crianças. Metade (50%) delas aponta as brincadeiras como sua principal diversão.
Para quem acha que ir à escola é um sofrimento, essa atividade vem em segundo lugar e é considerada diversão por 24% das crianças paulistanas. A maioria das que gostam de estudar está em escolas públicas -84 %, contra 71% das que estudam em particulares.
Leia nas páginas seguintes o que mais está na mira desses pequenos pensantes.


Colaborou Mauricio Puls, da Redação.


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