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PERFIL
O que pensam as crianças paulistanas
Três em cada dez entrevistados se preocupam com a miséria no mundo, e 27% de meninos e meninas já pensam seriamente na carreira que vão seguir no futuro
KATIA CALSAVARA
DA REDAÇÃO
Está certo e confirmado.
Criança é assim mesmo.
Gosta de bola, videogame, pega-pega, esconde-esconde. Mas não é só isso. Elas
também se mostram preocupadas com os problemas sociais. Em pesquisa inédita,
realizada pelo Datafolha em
agosto, 329 crianças da cidade
de São Paulo foram entrevistadas. Três em cada dez delas
(29%) apontam a miséria e as
conseqüências decorrentes da
pobreza, como a fome e a falta
de moradia, como os principais problemas atuais.
Veterinário ou advogado? O
futuro profissional já preocupa as crianças. Ser jogador de
futebol é o sonho de 7% dos
que estudam em escolas públicas e de apenas 1% dos que
estão nas particulares. Preparem-se modelos! Nas particulares, 4% das crianças querem
ser estilistas de moda.
Que Super-Homem, que nada. Dos quadrinhos à sala de
estar, o herói eleito pelas
crianças é o pai, com 24%. A
mãe foi citada como heroína
por 19%. Desses números, entre os alunos das escolas públicas, a mãe é a maior heroína; nas particulares, é o pai.
Boneca, bicicleta. Não tem
jeito. Brincar é mesmo a atividade predileta das crianças.
Metade (50%) delas aponta as
brincadeiras como sua principal diversão.
Para quem acha que ir à escola é um sofrimento, essa atividade vem em segundo lugar
e é considerada diversão por
24% das crianças paulistanas.
A maioria das que gostam de
estudar está em escolas públicas -84 %, contra 71% das
que estudam em particulares.
Leia nas páginas seguintes o
que mais está na mira desses
pequenos pensantes.
Colaborou Mauricio Puls, da Redação.
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