Aventuras no mundo das letras também são marcadas por contos de horror, lendas indígenas e poemas com ou sem rimas, entre outros

Papões africanos
Os Tutus são bichos-papões que chegaram ao Brasil nas histórias e cantigas dos africanos trazidos na época da escravidão. Há vários tipos de Tutu: Tutu-Marambá (o da imagem ao lado), Tutu-Zambeta e Tutu-Angolê. O Tutu-Moringa tem a barriga parecida com o bojo de uma moringa e pega criancinhas porque pensa que elas são seus filhinhos roubados.

Histórias miadas
Se os gatos renderam muitos versos para poetas como Fernando Pessoa, eles também ganharam diversas histórias na Folhinha. Os felinos, por exemplo, pularam para estas páginas nos poemas de Ferreira Gullar: "O gato é uma maquininha / que a natureza inventou; / tem pêlo, bigode, unhas / e dentro tem um motor". Depois, os versos foram musicados por Adriana "Partimpim" Calcanhotto.

Seres de arrepiar!
Histórias de vampiros já aterrorizaram muita gente. A lâmia é uma criatura vampiresca, meio mulher, meio serpente, que surgiu na Grécia Antiga. Ela assumia a forma de donzela para seduzir os rapazes.

Gente e bicho
As lendas indígenas são cheias de transformação de gente em bicho. Uma dessas histórias é a de Ci, ou Ceuci, a Mãe do Mato. Em vez de transformar sapos em príncipes, ela transformou toda uma tribo em sapos. Era a tribo de Aru, apaixonado por Ci. Dizem que uma vez por ano a tribo de sapos volta a ser gente.

Versinhos dos grandes
Poetas como José Paulo Paes, Paulo Leminsky e Manoel de Barros escreveram para a Folhinha. Abaixo, trecho do poema "De Ninar", de Cid Campos e Augusto de Campos, publicado em 1994.

"Na água parada
O peixe não faz
Nada
Nada nada nada"

No reino de Andersen
O pai da Pequena Sereia e do Soldadinho de Chumbo completou 200 anos de nascimento em 2005 no caderno. Ele é Hans Christian Andersen (1805-1875). Sua história mais famosa é "O Patinho Feio". A escritora Heloísa Prieto contou aqui que os índios mundurucus têm também uma história de Patinho Feio, mas com um final diferente: "O Patinho Feio conquista o mundo, volta ao galinheiro e é amado, mesmo continuando desengonçado".

O que é crônica?
Resumindo, é uma história do cotidiano. O cronista se inspira no noticiário. Entre 1996 e 1999, o roteirista Fernando Bonassi relatou peripécias do dia-a-dia na Folhinha. Ele falou sobre medo de criança e dengue, reclamou do desemprego, defendeu o Timor Leste e até mandou carta para Papai Noel.

O que você acha do bicho-papão?
"Eu acho que ele é um fracassado; ninguém mais acredita nele."
TOI, então aluno da 3ª série em 1982

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