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Sem raça nem dono Cães abandonados são problema para moradores de uma cidade, mas há solução BRUNA STALL BLASKIEVICZ ESPECIAL PARA A FOLHINHA Em cidades como Curitiba (PR), os animais abandonados se tornaram um problema de saúde pública. Eles podem causar acidentes de trânsito e transmitir raiva [doença que ataca o sistema nervoso e pode matar" às pessoas e aos bichos. Aos outros animais, esses cachorros também transmitem gripe e doenças causadas por vírus. A veterinária Cristiane Lovis, 25, explica que a castração dos animais é uma maneira eficiente de evitar que outros bichinhos também vivam abandonados. Como a castração custa caro, uma das alternativas é o trabalho desenvolvido por ONGs (organizações não-governamentais) como o Clube das Pulgas. Ela atua em parceria com a prefeitura e com veterinários -que fazem a castração de animais que estão nas ruas. Enfim, um lar Outra opção é a adoção desses cães abandonados. Foi o que aconteceu com a vira-lata Lindinha, de aproximadamente dois anos. "Não fomos nós que a adotamos, ela nos escolheu." É assim que Marielle Blaskievicz, 26, conta como apareceu a cadela Lindinha. Em uma noite fria de inverno, a publicitária lembra que, ao guardar o carro, viu a cadela entrar em sua garagem e, como gosta muito de bichos, não teve coragem de mandá-la embora. Mas, como já tinha quatro cães em sua casa, seu pai não permitiu que ficasse com Lindinha. Marielle teve a idéia de levá-la para o trabalho, onde tinha uma casa de cachorro sem uso. A idéia não deu certo, pois Lindinha fugiu. Como o local era bastante distante de casa, Marielle pensou que não veria a cadela mais. A maior surpresa foi quando Lindinha apareceu dez dias depois na porta da casa. Desta vez, gripada, magra e com os pés machucados. "Nem foi preciso pedir a meu pai. Ele mesmo recolheu a cadelinha e decidiu ficar com ela. Já estava apaixonado", lembra Marielle. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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