São Paulo, sábado, 8 de maio de 2010

VOCÊ SABIA...

...que os animais brasileiros também podem ser considerados invasores em outros lugares? O sapo-cururu, ou sapo-boi, é um bicho brasileiro que foi levado para a Austrália para comer insetos nas plantações. Ele se multiplicou e virou uma praga por lá, já que não é devorado pelos animais do local. Por ser venenoso e estar em grande quantidade, causa problemas à população.

Tartaruga-tigre-d'água
Nome científico: Trachemys scripta elegans
Habitat: Aquático
Com suas manchinhas vermelhas, essa tartaruga, da América do Norte, foi levada a muitos locais do Brasil para ser criada como bicho de estimação. O problema é que, quando ela cresce e passa a não caber mais no aquário, é abandonada pelos donos. Representa perigo porque compete por alimento e espaço com outras tartarugas e peixes.

Ratazana
Nome científico: Rattus norvegicus
Habitat: Terrestre
Esse bichinho tão pequeno, mas que faz sua mãe subir na cadeira, é natural do Japão, da China e do leste asiático. Chegou ao Brasil dentro de navios na época das grandes navegações, nos séculos 15 e 16. Como eles são agressivos, acabaram expulsando os ratos brasileiros para fora das cidades. Podem transmitir doenças graves, como a leptospirose.

Pombo
Nome científico: Columba livia
Habitat: Aéreo
Quando os europeus começaram a povoar o Brasil, trouxeram os pombos para que o nosso país ficasse parecido com a terra deles, onde esses animais são comuns. Adaptando-se facilmente às cidades, os pombos fazem a maior sujeira e podem transmitir doenças como a histoplasmose, causada por um fungo que ataca os pulmões.

Lagartixa
Nome científico: Hemidactylus mabouia
Habitat: terrestre
A lagartixa também não é um animal brasileiro. Ela veio da África em navios, não se sabe exatamente quando. Os cientistas ainda não detectaram algum problema que ela possa causar ao nosso ambiente. Pelo contrário, ela come insetos que podem transmitir doenças.

Abelha-africana
Nome científico: Apis mellifera
Habitat: terrestre
Quando um enxame de abelhas-africanas ataca uma pessoa ou um animal, pode até matar. Os europeus trouxeram esses insetos para cá, em 1840, porque produzem uma grande quantidade de mel. Mas eles fugiram dos criadores e hoje são comuns no Brasil. São maiores, mais agressivos e voam mais longe do que as abelhas naturais daqui.

Peixe-beta
Nome científico: Betta splendens
Habitat: aquático
Apesar de belo, esse peixinho é um dos mais invocados. Adora uma briga com os outros peixes e luta até a morte. Por isso está sempre sozinho no aquário. Foi trazido da Ásia para ser vendido aqui como bicho de estimação. Se for solto nos rios, será um grande perigo para os peixes brasileiros. Imagina se resolve atacar um deles?

Caramujo-gigante-africano
Nome científico: Achatina fulica
Habitat: terrestre
Você já imaginou comer um bicho gosmento como um caramujo? Pois ele foi trazido para cá na década de 80 para ser servido em restaurantes chiques. Depois de solto no ambiente, virou uma praga espalhada por todo o Brasil, porque se reproduz muito rápido e ataca plantações (além de devorar a comida de outros animais).

Mico
Nome científico: Callithrix jacchus
Habitat: terrestre
Quem nunca quis ter um mico de estimação? Mas um simples arranhão seu pode nos transmitir a raiva, uma doença que pode matar. Mesmo sendo brasileiro, virou um problema no Sul e no Sudeste, para onde foi trazido ilegalmente no século 20.

Teiú
Nome científico: Tupinambis merianae
Habitat: terrestre
Na década de 50, militares levaram dois casais de teiús para devorar os ratinhos de Fernando de Noronha (PE). Mal sabiam eles que o lagarto gosta de dormir à noite, horário em que os ratos fazem a festa. O teiú é um bicho comum em todo o Brasil, mas ele não existia naquela ilha. Hoje ele causa problemas, porque come ovos de aves e tartarugas.

Búfalo
Nome científico: Bubalus bubalis
Habitat: terrestre
O espertalhão foge de sua área de criação e caminha por áreas alagadas, destruindo o lar de outros animais. Foi trazido da Ásia para o Brasil no século 19 para a produção de carne, leite e queijo.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.