São Paulo, sábado, 8 de agosto de 2009

Capa/Escola

Nas salas de aula do mundo

Não pense que só a língua que se fala é diferente. Em outros países, professores são chamados pelo sobrenome, há esqui nas viagens, e as crianças aprendem coreografias de torcida organizada

((((LONDRES, INGLATERRA))))
Férias curtinhas
Às vezes, você daria tudo para ter uma folguinha? Luiza Souza, 8, de Londres, na Inglaterra, tem uma semana de folga da escola a cada mês e meio. Em compensação, as férias de verão duram só seis semanas.
A cada três meses, os alunos têm um passeio educativo. Um deles foi para uma fazenda em estilo romano. "Aprendemos a cozinhar como os romanos", conta.
Luiza vai para o colégio a pé ou de patinete. As disciplinas preferidas dela são educação física e matemática, e os professores não são chamados pelo nome, mas por senhor ou senhora, seguido do sobrenome.


((((SANTIAGO, CHILE)))))))))
Torcida organizada
Os passeios escolares de Darinka Marin Ourcilleon, 11, que vive em Santiago, no Chile, variam de cinema a visitas a fábricas de pizza. Já sua irmã Sayen, 8, visita o Corpo de Bombeiros.
Na escola, que é particular, o uniforme é obrigatório. Os professores delas são chamados de "tio" ou "tia", seguido do nome.
Além das matérias que fazem parte da grade curricular, Darinka faz balé e aprende coreografias de torcida organizada.
Já Sayen faz ginástica. Entre as disciplinas preferidas, as duas escolhem matemática e inglês. Darinka gosta também de ciências naturais, e Sayen, de espanhol.

(((((LUANDA, ANGOLA)))))
Solidariedade no currículo
Em Luanda, capital da Angola -país que, como o Brasil, foi colônia de Portugal-, João Victor Guimarães Saraiva, 12, estuda em um colégio particular português. O emblema da escola estampa o uniforme, que é composto de camisa polo azul, calça jeans e tênis.
Fora as disciplinas do currículo básico, ele faz judô e natação. "Participo também das aulas de reforço de francês e português."
No tempo livre, João Victor anda de skate, joga bola e estuda. Ele também faz parte de um grupo que dá apoio a uma comunidade carente.

(((((CADRO, SUÍÇA)))))
Semana Branca e verde
As irmãs Paloma, 12, e Lorena Martinaglia, 10, de Cadro, na Suíça, dedicam-se muito ao reforço do que aprendem em aula. "A gente passa a maior parte do tempo estudando, até nos finais de semana", conta Lorena.
Mas não ficam só na sala de aula. Há passeios como o da Semana Branca, de esqui e acampamento, e a Semana Verde, de caminhadas.
Na escola, que é pública, os professores são chamados pelo nome. Além das aulas tradicionais, elas têm italiano, francês, ginástica rítmica, música, costura e religião.

(((((KIBUTZ MAAGAN MICHAEL, ISRAEL)))))
Bê-á-bá no kibutz
A natureza é muito presente para Noga Linder, 9, de Israel. Ela vive e estuda no kibutz Maagan Michael, uma comunidade agrícola.
Nesses lugares, além de um refeitório comunitário, há piscinas, parquinhos e muitos jardins. Como a escola fica bem pertinho de casa, Noga vai de bicicleta.
Os professores são chamados pelo primeiro nome, e a escola é pública. A garotada leva lanche para o intervalo. Noga aprende a tocar flauta e a jogar tênis e faz dança moderna e artes.

(((HONG KONG, CHINA)))
Fantasia na escola
Os gêmeos Bruno e Gabriela Pessina Graneiro, 7, moram em uma cidade grande: Hong Kong, na China. Mas, com a escola, têm a oportunidade de conhecer lugares menores.
Certa vez, quando estudavam sobre a vida em comunidade, foram de barco para uma vila a 30 minutos dali.
Nas datas comemorativas chinesas, todo mundo vai fantasiado. Depois das aulas, eles fazem outras atividades. "A gente tem futebol e mandarim [idioma falado na China]", conta Bruno. Outras opções são balé, judô, tênis e xadrez.


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