Livro e CD mostram o que acontece quando se reúnem instrumentos como tabla, didgredoo e balalaica

GABRIELA ROMEU
EDITORA-ASSISTENTE DA FOLHINHA

Tiktiri, balalaica, djembê e outros amigos musicais viviam quietinhos num museu, onde só se ouviam os passos do vigia do lugar. Mas um dia resolveram botar a boca no trombone.
Sorte de quem curte música. No livro/ CD "Quantas Músicas Tem a Música? Ou Algo Estranho no Museu" (ed. Peirópolis; R$ 38), essa história leva leitores/ouvintes a conhecer canções de vários lugares do mundo e os sons de instrumentos diferentões já no nome.
E quem decidiu "acordar" essa turma foi a educadora musical Teca Alencar de Brito, em parceria com crianças de três a 13 anos, alunas da Teca Oficina de Música, de São Paulo.
Despertos, os instrumentos encararam uma viagem musical. Ensinaram um bocado de canções tradicionais de diversos países.
A tortuga, por exemplo, lembrou-se de um jogo de palmas da Guatemala. A kalimba apresentou uma canção tradicional de Gana, "Ayele". Caixinhas de música se lembraram de "Do Do, l'Enfant Do", canção de ninar francesa.
E aonde a gente chega depois de tantos passeios musicais? "Quando a criança entra em contato com outras sonoridades, outros timbres e outros ritmos, ela amplia o seu conceito do que é música", diz Teca, professora do departamento de música da USP (Universidade de São Paulo). "E, ao conhecer o diferente, ela se abre mais facilmente para o mundo."