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Carnaval De bloco em bloco
Desde a época dos entrudos, brincadeiras trazidas pelo portugueses, os foliõs já se divertiam pelas ruas durante a festa carnavalesca
ANNA CAROLINA CARDOSO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Quando tinha nove anos, Fábio Gomes, 13, ficou encantado com o som do ganzá de um bloco que passou perto de sua casa, em Olinda (PE). O menino quis seguir a turma animada do bloco Eu Acho É Pouquinho. Ele não só acompanhou o bloco. Decidiu também entrar na bateria do grupo. Desde então, o Carnaval de Fábio é prolongado. "Todo sábado, desde janeiro, tem ensaio da bateria", diz. O bloco Eu Acho É Pouquinho enche as ruas de Olinda com frevos e sambas há quase 30 anos. Pode participar quem quiser, com a fantasia que escolher. Só há um detalhe: o figurino tem que ter as cores do bloco, vermelho e amarelo. Festa antes da festa Em São Luís (MA), os organizadores do bloco Os Foliões também fazem questão de que as crianças participem da festa e aprendam como ela é feita. Lá, os blocos de tradição têm sambas próprios e competem para ver qual deles é o melhor. Eles são compostos pelos músicos da bateria e pelas balizas, que são as pessoas que vão na frente, fantasiadas, fazendo uma coreografia bem ensaiada. Neste ano, Os Foliões vão contar a lenda grega de Ícaro. Por isso, a fantasia que Taynara Souza, 12, vai usar na avenida tem asas. Ela participa do Carnaval desde que tinha três anos e sempre ajuda na confecção das fantasias. "Não dá para fazer tudo, mas a gente ajuda colando enfeites", conta. O melhor do Carnaval No bloco Ilê Aiyê, em Salvador (BA), as crianças têm aulas de dança e de música o ano todo. Foi assim que Naiane das Neves, 12, que entrou no Ilê Aiyê aos nove anos, aprendeu a tocar três instrumentos: tamborim, chocalho e martelo. "O melhor do Carnaval é você poder mostrar sua fantasia, sua dança, e todo mundo gostar", diz a foliã. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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