São Paulo, sábado, 14 de março de 2009

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Papo de baixinhos e altões

Eles geralmente são os primeiros ou os últimos da fila na escola, mas encaram numa boa a diferença de altura

GABRIELLA MANCINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No começo da fila, o "tampinha, pinguinho, toquinho". No final, o "gigante, vareta, salsichão". No meio da fila, alguns engraçadinhos que adoram pegar no pé dos colegas mais baixos ou dos mais altos da sala.
O ex-nadador Gustavo Borges, 32, com 2,02 metros de altura, colecionou apelidos na infância por conta da altura. "Já me chamaram de tudo: bambu, vareta, linguição...", lembra. Sempre sentava no fundão para não tapar a visão dos colegas.
A ginasta Daiane dos Santos, 26, com 1,48 metro de altura, sempre foi a primeira da fila. "E tinha uns apelidos maldosos e uns carinhosos, tipo "chaveirinho", mas nunca tive problema em ser baixinha", diz.
Assim como na infância de Gustavo e Daiane, o baixinho Henrique Rodrigues Netto, 6, e a altinha Tainá Marques, 10, encaram as mesmas implicâncias. Mas tiram as piadinhas de letra.
"Se é muito alto, zoam, se é muito baixo, zoam também. Então, é melhor nem esquentar", conta Tainá.
Mas por que será que alguns crescem mais e outros menos? "Há vários fatores que determinam a estatura. O principal é o genético, quer dizer, se os pais são altos, espera-se que os filhos sejam altos também", diz o endocrinologista Durval Damiani, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Há outros elementos que influenciam no crescimento. "Se a criança tiver alguma doença, falta de hormônio de crescimento, comer mal ou não praticar nenhuma atividade física, ela pode crescer menos", completa.

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