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Papo de baixinhos e altões
Eles geralmente são os primeiros ou os últimos da fila na escola, mas encaram numa boa a diferença de altura
GABRIELLA MANCINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No começo da fila, o "tampinha, pinguinho, toquinho". No final, o "gigante,
vareta, salsichão". No meio
da fila, alguns engraçadinhos que adoram pegar no
pé dos colegas mais baixos
ou dos mais altos da sala.
O ex-nadador Gustavo
Borges, 32, com 2,02 metros
de altura, colecionou apelidos na infância por conta da
altura. "Já me chamaram de
tudo: bambu, vareta, linguição...", lembra. Sempre sentava no fundão para não tapar a visão dos colegas.
A ginasta Daiane dos Santos, 26, com 1,48 metro de
altura, sempre foi a primeira da fila. "E tinha uns apelidos maldosos e uns carinhosos, tipo "chaveirinho",
mas nunca tive problema
em ser baixinha", diz.
Assim como na infância
de Gustavo e Daiane, o baixinho Henrique Rodrigues
Netto, 6, e a altinha Tainá
Marques, 10, encaram as
mesmas implicâncias. Mas
tiram as piadinhas de letra.
"Se é muito alto, zoam, se
é muito baixo, zoam também. Então, é melhor nem
esquentar", conta Tainá.
Mas por que será que alguns crescem mais e outros
menos? "Há vários fatores
que determinam a estatura.
O principal é o genético,
quer dizer, se os pais são altos, espera-se que os filhos
sejam altos também", diz o
endocrinologista Durval
Damiani, do Hospital das
Clínicas de São Paulo.
Há outros elementos que
influenciam no crescimento. "Se a criança tiver alguma doença, falta de hormônio de crescimento, comer
mal ou não praticar nenhuma atividade física, ela pode
crescer menos", completa.
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